sábado, 8 de maio de 2010

Assembleia Geral da CNBB abre espaço para o ecumenismo


Na noite de ontem, 7, no plenário da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), onde está em andamento a 48ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), aconteceu a tradicional celebração ecumênica com representantes de diversas Igrejas Cristãs.

A cerimônia foi presidida pelo arcebispo de Montes Claros (MG) e presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e Diálogo Interreligioso, da CNBB, dom José Alberto Moura e coordenada pelo padre Elias Wolff, assessor da CNBB, da mesma Comissão que dom Moura. Estiveram presentes representantes das Igrejas: Anglicana, Luterana, Presbiteriana Unida, Evangélica Quadrangular e Ortodoxa Antioquina.

Dom José Alberto Moura saudou os presentes, em especial agradeceu a vinda dos convidados e disse que todos são bem-vindos, pois, “são filhos e filhas do mesmo Pai”. “Queremos viver um amor mais intenso, aprofundado e extenso, para que todo o mundo creia que realmente vale à pena seguir esse Jesus que nos ensina a sermos solidários, fraternos, unidos, para implantarmos a vida plena de Jesus. Que todos sejam bem-vindos, pois somos filhos do mesmo Pai”.

A homilia foi feita pelo presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), pastor sinodal Carlos Möller, que destacou o ecumenismo da atual Campanha da Fraternidade e a união entre as Igrejas. “Como é bom e agradável que o povo de Deus viva unido como se todos fossem irmãos (Salmo 133.1) ,em especial pela realização conjunta da CFE 2010 que, a exemplo de 2000 e 2005 ,reforça os laços de nossas Igrejas no caminho da unidade e das ações pastorais conjuntas. A realização da CF Ecumênica é, sem dúvida, um testemunho muito significativo da CNBB que coloca um de seus maiores projetos de evangelização, sua Campanha da Fraternidade, para realização conjunta, coordenada pelo Conic. Expresso, portanto, meu profundo reconhecimento diante desta Assembleia e reitero o meu muito obrigado”, destacou.

O pastor Carlos Möller fez uma reflexão sobre a Igreja ao longo de séculos de modificações. “O momento atual da Igreja é diferente, os tempos são outros. Atualmente a Igreja não é mais aquela estrutura de resistência como fora no passado, e a sociedade empurra a Igreja para outros desafios. Ela deixou de ser um ‘baluarte da resistência’ e passou a ser destinatária de toda, e muitas vezes infundada, desconstrução crítica. A Igreja de Cristo no Brasil hoje é perguntada pela sua posição diante das mudanças climáticas, da água como direito humano e bem divino, da terra, do diálogo interreligioso, para citar alguns exemplos”.

Prosseguindo a cerimônia, foi rezado o Pai Nosso Ecumênico e, ao final, houve um momento de confraternização entre todos os presentes, onde os participantes se abraçaram e se emocionaram.

Para dom José Alberto Moura a cerimônia mostra que as Igrejas são parceiras e podem caminhar juntas em busca do bem comum. “Infelizmente podemos estar separados pelas divergências históricas, mas unidos no amor de Deus. Temos que fazer um esforço para nos compreendermos mais, sermos mais fraternos. Se caminharmos sozinhos teremos muitas dificuldades, por isso devemos sempre nos apoiar em nossos irmãos, assim Jesus nos ensinou, e assim devemos agir”, finalizou o arcebispo.

Participação
Estiveram presentes, além do pastor sinodal, Carlos Möller e do arcebispo de Montes Claros (MG), dom José Alberto Moura, o moderador da Igreja Presbiteriana Unida, pastor Enoc Teixeira; a pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular, Diva Chagas; pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Cibele Kuss; padre da Igreja Ortodoxa Antioquina, Dimitrios Nikolayïdis e o bispo primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, dom Maurício Andrade.

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