sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Dom Richard Williamson pede perdão por suas declarações




Dom Richard Williamson, um dos quatro bispos da Fraternidade de São Pio X a quem o Papa levantou a excomunhão, pediu perdão ontem, quinta-feira às vítimas do Holocausto e à Igreja pelas declarações nas quais ele tinha negado a amplidão desse crime contra a humanidade.
Em uma declaração publicada ao regressar a Londres, depois de ter sido ameaçado de expulsão pelo governo da Argentina, o prelado explica que o Santo Padre e seu superior, o Bispo Bernard Fellay, pediram que ele reconsiderasse as declarações que fez a um canal de televisão da Suécia quatro meses atrás, pois suas conseqüências foram muito fortes.
Segundo explica, "ao observar essas conseqüências, posso dizer verdadeiramente que lamento ter feito essas declarações, e se tivesse sabido com antecedência todo o dano e as feridas que provocariam, especialmente à Igreja, como também aos sobreviventes e entes queridos das vítimas da injustiça vivida sob o Terceiro Reich, não as teria feito".
O prelado afirma que na televisão sueca limitou-se a dar "uma opinião, opinião de uma pessoa que não é historiador, uma opinião formada vinte anos atrás em virtude de dados que então estavam disponíveis, e que desde então eu tinha raramente expresso em público". "A todos aqueles que ficaram honestamente escandalizados pelas minhas declarações, diante de Deus lhes peço perdão", afirma Dom Richard Williamson.

Dom Orani é o novo Arcebispo do Rio de Janeiro




O Papa Bento XVI nomeou Dom Orani João Tempesta Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, transferindo-o da arquidiocese de Belém, no Pará, onde está desde dezembro de 2004. Ele vai suceder o Cardeal Dom Eusébio Oscar Scheid, que renunciou ao governo da Arquidiocese do Rio conforme o cânon 401, parágrafo 1º do Código de Direto Canônico que prescreve a renúncia do bispo ao completar 75 anos. A nomeação foi anunciada hoje, 27, ao meio dia, horário de Roma. Normalmente, as nomeações para bispos no Brasil são anunciadas nas quartas-feiras.Dom Orani Nasceu em São José do Rio Pardo (SP), religioso da Ordem Cisterciense, foi ordenado padre em 1974 e bispo de São José do Rio Preto (SP) em 1997 e, sete anos depois, em 2004, é transferido para a Arquidiocese de Belém. Atual vice-presidente do Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá), Dom Orani é presidente, pela segunda vez consecutiva, da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação, Cultura e Comunicação da CNBB. É membro dos Conselhos Permanente, Episcopal de Pastoral e Econômico da CNBB. No Rio de Janeiro, Dom Orani contará com a colaboração de seis bispos auxiliares, entre os quais o secretário geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Novo seminário deve ser inaugurado em abril com a presença do Núncio Apostólico





















A inauguração do novo seminário diocesano está prevista para o dia 21 de abril e deve contar com a presença do Núncio Apostólico, Dom Lorenzo Baldisseri. O seminário abrigará os estudantes de Filosofia e de Teologia e está sendo construído em Campinas, em terreno próximo à PUC – Pontifícia Universidade Católica de Campinas onde os seminaristas estudam. As obras de construção prosseguem em bom ritmo e praticamente estão dentro do cronograma previsto, embora as chuvas intensas tenham dificultado os serviços. Os dois pavilhões – para os seminaristas da Filosofia e para os da Teologia – estão em fase final e suas dependências internas já estão recebendo a pintura. Cada pavilhão contém dormitórios, capela, sala de estudo, quarto e escritório para o reitor e outras dependências. As dependências comuns para todos os seminaristas serão a cozinha e o refeitório, também em fase final. Sobre eles serão construídos o auditório e a biblioteca. No terreno entre os pavilhões e o refeitório, vai ser construída outra capela, mais ampla, para as celebrações comuns e festivas. Inicialmente estava decidida só a construção dos alicerces, mas Dom Fernando determinou que ela fosse levantada, deixando para uma segunda fase apenas o seu acabamento.Segundo diretores da empresa Impernell Engenharia Ltda., responsável pelas obras, o seminário deverá estar concluído até o final de março, possibilitando sua inauguração oficial no dia 21 de abril.

Diocese de Piracicaba comemora 65 anos de criação










A Diocese de Piracicaba está comemorando 65 anos de criação. No dia 26 de fevereiro de 1944, ela foi criada pelo Papa Pio XII , através da bula “Vigil Campinensis Ecclesiae”. Sua instalação solene ocorreu no dia 11 de junho do mesmo ano, pelo Núncio Apostólico Dom Bento Aloisi Masella.Atualmente a diocese está dividida em seis regiões pastorais e compreende 57 paróquias, 4 quase-paróquias e 2 santuários marianos.Dividida em 15 municipíos. Conta com o trabalho de 57 padres diocesanos, 51 padres religiosos e 30 diáconos permanentes. Nela estão presentes 10 congregações religiosas masculinas, 13 femininas e 1 que compreende os ramos masculino e feminino. A diocese conta, ainda, com o trabalho de pastorais, novas comunidades, movimentos, associações apostólicas, entidades sociais e outros organismos.

Bula papal


VIGIL CAMPINENSIS ECCLESIAE antistes, venerabilis frater Paulus a Tarso Campos, mente evolvens suam dioecesim nimio redundare territorio ac proinde perutile fore, ad maius dominici gregis bonum assequendum eumdemque facilius gubernandum, illam bipartire novamque exinde dioecesim erigi alteri pastori, committendam ut id ab Apostolica Sede efficiatur enixis precibus expostulavit." (O zeloso bispo da Igreja de Campinas, o venerável irmão Paulo de Tarso Campos, considerando que sua diocese se tornou um território muito grande, e por isso é útil, para promover o maior bem do rebanho do Senhor e para mais facilmente poder ele ser governado, dividi-la e então se constituir uma diocese confiada a outro pastor, pediu com grandes instâncias que assim fosse decidido se fazer pela Santa Sé Apostólica). des sociais e outros organismos.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A Paz é Fruto da Justiça - Is 32,17


" A Paz é Fruto da Justiça" - Com esse lema, a CNBB motiva a CF/2009, que tem como tema: “Fraternidade e Segurança Pública”. Não há necessidade de justificar essa opção, porque a violência domina o Brasil, tento nas capitais como no interior, e cresce assustadoramente, resistindo a medidas já tomadas para o seu combate. O poder constituído apresenta projetos, da cabeça do povo saem sugestões, mas a sociedade brasileira ainda está muito distante de uma solução que resgate a tranqüilidade do povo e conduza os brasileiros para uma cultura de Paz.
A proposta da CF/2009 proclama, por meio do seu lema, que a violência é conseqüência da injustiça nas suas varias manifestações, também no que toca á igualdade. Infelizmente vivemos numa realidade profundamente injusta e desigual. A diferença entre o salário mínimo e os salários máximos vai muito além do admissível, permitindo que poucos tenham muito e muitos possuam pouco ou mesmo nada. Esse cenário social gera revolta manifestada nas formas mais brutais de agressividade. O combate á violência passa obrigatoriamente pela pratica da Justiça.
Há mais de meio século, quando as pessoas não viviam tão inseguras e temerosas como hoje, o Papa Pio XII já anunciava que a Paz é Fruto da Justiça. E agora, na primeira década do novo século, os bispos do Brasil compreendem que a luta pela Paz só será vitoriosa quando os povos e os governantes, os privilegiados e os excluídos fraternalmente se unirem para estabelecer a Justiça como primeira pedra da nova sociedade.

Segurança pública é tema da Campanha da Fraternidade




Com a Quarta-feira de Cinzas, a Igreja inicia a Quaresma, tempo litúrgico em preparação à Páscoa, a festa mais importante dos cristãos. É um tempo de oração, meditação, penitência e caridade, convidando todos à conversão. No tempo da Quaresma, a Igreja no Brasil celebra a Campanha da Fraternidade. É um projeto de evangelização libertadora que ressalta o valor da fraternidade, o espírito comunitário, apresentando a cada ano um tema específico, tratado à luz do projeto de Deus.Este ano, a Campanha da Fraternidade tem como tema “Fraternidade e segurança púbica” e como lema “A paz é fruto da justiça”. A CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil “pretende debater a segurança pública com a finalidade de colaborar na criação de condições para que o Evangelho seja mais bem vivido em nossa sociedade por meio da promoção de uma cultura de paz, fundamentada na justiça social.” (Texto-base da CF – apresentação)Os meios de comunicação noticiam diariamente casos de violência, injustiças que deixam nossa sociedade mais insegura, tornando a convivência entre as pessoas cada vez mais difícil. A CF quer ser um meio de conscientização de todos para que se crie uma cultura de paz.

OBJETIVO - Segundo o texto-base, o objetivo geral da CF “é suscitar o debate sobre a segurança pública e contribuir para a promoção da cultura da paz nas pessoas, na família, na comunidade e na sociedade, a fim de que todos se empenhem efetivamente na construção da justiça social que seja garantia de segurança para todos. A paz buscada é a paz positiva, orientada por valores humanos como a solidariedade, a fraternidade, o respeito ao ‘outro’ e a mediação pacífica dos conflitos, e não a paz negativa, orientada pelo uso da força das armas, a intolerância com os ‘diferentes’ e tendo como foco os bens materiais.” (Texto-base, 4)Para que o objetivo geral seja atingido, são propostos objetivos específicos, como: – desenvolver a capacidade de reconhecer a violência na sua realidade pessoal e social; – denunciar a gravidade dos crimes contra a ética, a economia e as gestões públicas, assim como a injustiça presente nos institutos da prisão especial, do foro privilegiado da imunidade parlamentar para crimes comuns; – fortalecer a ação educativa e evangelizadora, objetivando a construção da cultura da paz;– denunciar a predominância do modelo punitivo presente no sistema penal brasileiro, expressão de mera vingança, buscando-se meios para aplicação da justiça restaurativa; – desenvolver ações que visem à superação das causas e dos fatores da insegurança; despertar o agir solidário para com as vítimas da violência; – apoiar as políticas governamentais que valorizam os direitos humanos. (cf. texto-base, 5)

GESTO CONCRETO - A Campanha da Fraternidade também contempla um gesto concreto de partilha e solidariedade. No Domingo de Ramos, dia 5 de abril, realiza-se em todo o Brasil o Dia Nacional da Coleta da Solidariedade. Todas as doações realizadas nas igrejas do país são encaminhadas à respectiva diocese; esta, por sua vez, encaminha 40 por cento do total para o Fundo Nacional de Solidariedade da CNBB, que realiza diversos projetos sociais
CARTAZ - Um grupo da Agência Oficina Design & Comunicação, de Campinas, elaborou o cartaz da CF. O grupo foi vencedor do concurso nacional promovido pela CNBB, do qual participaram 47 cartazes.“O conceito principal da imagem é mostrar que a paz pode ser conseguida em qualquer nível cultural ou econômico e a cultura é uma forte ferramenta para conseguirmos a paz”, explicam os autores do cartaz vencedor Adauto Henrique Cavalcante e Luís Gustavo Cavalcante, de Mogi Mirim, e Nathália Bellan, Ana Paula Couto, Bianca Uehara Trava e Fernando Ribeiro Moretti, de Campinas.

HISTÓRICO DA CF - Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal (RN), com adesão de outras três dioceses e apoio financeiro dos bispos norte-americanos. No ano seguinte, 16 dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um grande projeto anual de evangelização. A CF foi lançada, em nível nacional, no dia 26 de dezembro de 1963, sob o impulso renovador do espírito do Concílio Vaticano II e realizada pela primeira vez na Quaresma de 1964. Teve como tema “Igreja em Renovação” e como lema, “Lembre-se: você também é Igreja”.A Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização para ajudar os cristãos e as pessoas de boa vontade a viverem a fraternidade em compromissos concretos no processo de transformação da sociedade. É grande instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão, renovação interior e ação comunitária como a verdadeira penitência em preparação à Páscoa. É momento de conversão, de prática de gestos concretos de fraternidade.Tendo como motivação de fundo o mandamento do amor fraterno que os cristãos receberam de Jesus, a CF visa despertar e nutrir o espírito comunitário e a solidariedade na busca do bem comum. Tem como finalidade educar para a vida fraterna, a justiça e a caridade, que são exigências centrais do Evangelho. Também tem por meta a renovação da consciência sobre a responsabilidade de todos na promoção humana e na edificação de uma sociedade justa e solidária A CF propõe temas de reflexão e conversão relativos às várias situações sociais e existenciais do povo brasileiro, que requerem mais fraternidade.

Mensagem do Papa por ocasião da Campanha da Fraternidade




O Papa Bento XVI enviou uma mensagem ao Presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana (MG), por ocasião da Campanha da Fraternidade 2009:
"Ao iniciar o itinerário espiritual da Quaresma, a caminho da Páscoa da ressurreição do Senhor, desejo uma vez mais aderir à Campanha da Fraternidade que, neste ano de 2009, está destinada a considerar o lema "A paz é fruto da justiça". É um tempo de conversão e de reconciliação de todos os cristãos, para que as mais nobres aspirações do coração humano possam ser satisfeitas, e prevaleça a verdadeira paz entre os povos e as comunidades.
Meu Venerável predecessor, o Papa João Paulo II, no Dia Mundial da Paz de 2002, ao ressaltar precisamente que a verdadeira paz é fruto da justiça, fazia notar que "a justiça humana é sempre frágil e imperfeita" devendo ser "exercida e de certa maneira completada com o perdão que cura as feridas e restabelece em profundidade as relações humanas transtornadas".
O Documento final de Aparecida, ao tratar do Reino de Deus e a promoção da dignidade humana, recordava os sinais evidentes da presença do Reino na vivência pessoal e comunitária das Bem-aventuranças, na evangelização dos pobres, no conhecimento e cumprimento da vontade do Pai, no martírio por causa da fé, no acesso de todos os bens da criação, e no perdão mútuo, sincero e fraterno, aceitando e respeitando a riqueza da pluralidade, e a luta para não sucumbir à tentação e não ser escravos do mal.
A Quaresma nos convida a lutar sem esmorecimento para fazer o bem, precisamente por sabermos como é difícil que nós, os homens, nos decidamos seriamente a praticar a justiça - e ainda falta muito para que a convivência se inspire na paz e no amor, e não no ódio ou na indiferença. Não ignoramos também que, embora se consiga atingir uma razoável distribuição dos bens e uma harmoniosa organização da sociedade, jamais desaparecerá a dor da doença, da incompreensão ou da solidão, da morte das pessoas que amamos, da experiência das nossas limitações.
Nosso Senhor abomina as injustiças e condena quem as comete. Mas respeita a liberdade de cada indivíduo e por isso permite que elas existam, pois fazem parte da condição humana, após o pecado original. Contudo, seu coração cheio de amor pelos homens levou-o a carregar, juntamente com a cruz, todos esses tormentos: o nosso sofrimento, a nossa tristeza, a nossa fome e sede de justiça. Vamos pedir-lhe que saibamos testemunhar os sentimentos de paz e de reconciliação que O inspiraram no Sermão da Montanha, para alcançar a eterna Bem-aventurança.
Com estes auspícios, invoco a proteção do Altíssimo, para que sua mão benfazeja se estenda por todo o Brasil, e que a vida nova em Cristo alcance a todos em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural, derramando os dons da paz e da prosperidade, despertando em cada coração sentimentos de fraternidade e de viva cooperação. Com uma especial Bênção Apostólica”.

Papa nomeia novo Bispo para Cristalândia, TO







O papa Bento XVI nomeou hoje, 25, o padre Rodolfo Luis Weber, novo bispo de Cristalândia (TO). Padre Rodolfo vai substituir Dom Heriberto Hermes, que apresentou sua renúncia por motivos de idade. Padre Rodolfo, do clero da arquidiocese de Porto Alegre (RS), até então era pároco da Igreja de Nossa Senhora das Graças, em Gravataí. Padre Rodolfo Luís WeberNasceu em 30 de agosto de 1963, na cidade de Bom Princípio, arquidiocese de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul. Fez os estudos primários no Seminário de Bom Princípio, filosofia no Seminário Nossa Senhora da Conceição, em Viamão, e teologia no Instituto de Teologia da Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre. Obteve a Licença em Filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma.
Foi ordenado padre em 5 de janeiro de 1991, pela arquidiocese de Porto Alegre. Foi sucessivamente Vigário paroquial da Paróquia de Santo Antônio (1991-1992); Vice Reitor do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, em Viamão (1993-1997) e de 2000 a 2007 Reitor do mesmo prestigioso Seminário. Desde 2008 é Pároco da Paroquia de Nossa Senhora das Graças, em Gravataí.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

23 de Fevereiro - São Policarpo - Bispo e Mártir




O santo deste dia é um dos grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano. São Policarpo foi ordenado bispo de Esmirna pelo próprio São João, o Evangelista. De caráter reto, de elevado saber, amor à Igreja e fiel à ortodoxia da fé, era respeitado por todos no Oriente. Com a perseguição aos cristãos, o santo bispo de 86 anos, escondeu-se até ser preso e levado para o governador, que pretendia convencê-lo de ofender a Cristo. Policarpo, porém, proferiu estas palavras: "Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido dele. Como poderei rejeitar Àquele a quem prestei culto e reconheço o meu Salvador". Condenado à morte no estádio da cidade, ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos". São Policarpo viveu o seu nome – poli=muitos, carpo=fruto – muitos frutos”, que foram regados com suor, lágrimas e, no seu martírio nos anos 155, regado também com sangue.São Policarpo, rogai por nós!

O "Pasce oves mea"


Como se isso tudo não bastasse, temos ainda o trecho soleníssimo em que Cristo confia o seu rebanho a Pedro, dando-lhe portanto seu poder de jurisdição sobre os cristãos.

A Pedro, e a ninguém mais, é confiado o pastoreio das ovelhas e dos cordeiros, a que nosso Senhor pede três vezes a confirmação de Pedro, e três vezes o confirma: "Disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes? Respondeu-lhe Pedro: Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo. Disse-lhe (Jesus): Apascenta os meus cordeiros. Disse-lhe outra vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo. Disse-lhe (Jesus): Apascenta os meus cordeiros. Disse-lhe pela terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Ficou triste Pedro, porque pela terceira vez, disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo. Disse-lhe (Jesus): Apascenta as minhas ovelhas." (S. João, XXI, 15-17)

Ora, Cristo não possuía nem cordeiros nem ovelhas. O que Ele confia a Pedro é seu rebanho de almas, constituindo-o seu pastor.

Aqui novamente temos Pastor e pastor, pois Nosso Senhor é o bom pastor. Alguns tentam reduzir esse episódio a uma mera reconciliação do Apóstolo com Cristo, após a tríplice negação de Pedro na casa de Anás e Caifás, antes da crucificação de Cristo. Porém, esquecem-se que após a Ressurreição, é a Pedro que Cristo aparece primeiro (São Lucas XXIV, 34), mostrando que a traição não fizera Pedro perder sua primazia: Cristo continua considerando Pedro o primeiro.

Cristo, sem dúvida, fez Pedro compreender o horror do pecado e o perigo de não se fugir da ocasião de pecado. O Evangelho nos conta que Pedro chorou amargamente. De fato, que dor não deve ter experimentado o Apóstolo, ao cair num pecado justamente contrário à virtude que mais vemos presente nele: a defesa pública da verdade, o desafiar o respeito humano. Aliás, essa virtude ele que irá praticar em grau heróico a partir de então, dando sua vida pela expansão da Igreja.

Unicamente em relação a Pedro, portanto, vemos a significativa mudança do nome, a sempre testemunhada primazia entre os Apóstolos, o pagamento do tributo, o uso exclusivo de sua casa em Cafarnaum e de sua barca, a promessa solene de ser fundamento da Igreja, a entrega das chaves do reino dos céus, a nomeação para o pastoreio dos fiéis.

E há aqueles ainda que não vêem diferenças entre os doze apóstolos!

Para esses, resta a esperança da promessa de Cristo, de que poderia das pedras fazer filhos de Abraão. Para isso, porém, terão que aceitar que Cristo, de um filho de Abraão, fez Pedra.

São Pedro, após a ascensão de Cristo, assumirá seu dever de pastor universal, conduzindo a Igreja nascente. Após sua morte, será substituído, no decorrer dos séculos, pelos seus legítimos sucessores, os papas, até a consumação dos tempos, sob a assistência infalível de Cristo.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

VII Domingo Comum - Ano B




Leituras : 1ª Leitura Is 43,18-19.21-22.24-25 Salmo Responsorial 40(41) 2ª Leitura 2Cor 1,18-22 Evangelho Mc 2,1-12

— O Senhor esteja convosco!— Ele está no meio de nós.— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos.— Glória a vós, Senhor!1Alguns dias depois, Jesus entrou de novo em Cafarnaum. Logo se espalhou a notícia de que ele estava em casa. 2E reuniram-se ali tantas pessoas, que já não havia lugar, nem mesmo diante da porta. E Jesus anunciava-lhes a Palavra. 3Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens. 4Mas não conseguindo chegar até Jesus, por causa da multidão, abriram então o teto, bem em cima do lugar onde ele se encontrava. Por essa abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado. 5Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados”. 6Ora, alguns mestres da Lei, que estavam ali sentados, refletiam em seus corações: 7“Como este homem pode falar assim? Ele está blasfemando; ninguém pode perdoar pecados, a não ser Deus”. 8Jesus percebeu logo o que eles estavam pensando em seu íntimo, e disse: “Por que pensais assim em vossos corações? 9O que é mais fácil: dizer ao paralítico: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te, pega a tua cama e anda?’10Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem, na terra, poder de perdoar pecados, — disse ao paralítico: — 11eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama, e vai para tua casa!”12O paralítico então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de todos. E ficaram todos admirados e louvavam a Deus, dizendo: “Nunca vimos uma coisa assim”. Palavra da Salvação - Glória á Vós Senhor

22 de Fevereiro - Cátedra de Pedro



“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela.” Mt 16,18
Hoje é o Dia da Cátedra de São Pedro. Não sabemos bem como se originou essa festa. Mas é certo que existe uma inscrição, datada de 370 - portanto, há mais de 1.600 anos - atribuída ao Papa São Dâmaso, falando de uma cadeira portátil, dentro do Vaticano, e que é considerada a “cátedra” do Apóstolo Pedro.
Hoje, dessa cadeira restam apenas algumas relíquias de madeira, conservadas e honradas, num lugar onde o grande artista Bernini levantou um monumento grandioso, em honra do primeiro Papa, a Basílica de São Pedro.
Escavações, feitas por cientistas de diversas nações, também provam que os restos mortais de São Pedro se encontram debaixo do mesmo Vaticano, que se torna, assim, símbolo de unidade da Igreja. A celebração de festa da Cátedra de São Pedro tem o significado e o apelo à unidade dos cristãos, sob a guia do Papa, representante visível de Cristo.
O Evangelho nos une a Pedro, mas também a todos os apóstolos e membros da Igreja.

Papa pede orações pelo seu ministério como sucessor de Pedro



Na manhã deste domingo, 22, festa da Cátedra de São Pedro, o Papa Bento XVI, antes da recitação do Ângelus, pediu orações para que possa exercer fielmente o papel que a Providência lhe confiou como Sucessor do Apóstolo Pedro, pela unidade da Igreja. O Papa começou citando o Evangelho do dia, especialmente o episódio do paralítico perdoado e curado. Enquanto Jesus pregava, disse o Papa, foram-lhe apresentados vários doentes, entre os quais um paralítico, que jazia há anos em uma maca. Ao vê-lo, o Senhor disse: “Filho, os seus pecados lhe são perdoados”.Porém, alguns dos presentes ficaram escandalizados ao ouvir tais palavras. Então, Jesus replicou: “Para que saibam que o Filho do Homem tem o poder de perdoar os pecados na terra, digo-lhe: levante-se, tome a sua maca e vá para casa”. E o paralítico foi embora curado. E o Papa acrescentou:"Esta narração evangélica mostra que Jesus tem o poder não só de sarar o corpo doente, mas também de perdoar os pecados; ou melhor, a cura física é sinal do restabelecimento espiritual que produz o seu perdão”. Com efeito, recordou o Santo Padre, o pecado é uma forma de paralisia do espírito, da qual somente o poder do amor misericordioso de Deus pode nos libertar, nos permitindo levantar e retomar o caminho do bem.
Festa da Cátedra de São Pedro Para além da celebração dominical – observou o Papa – ocorre, neste dia 22 de Fevereiro, a festa da Cátedra de São Pedro: "A Cátedra de Pedro simboliza a autoridade do Bispo de Roma, chamado a desempenhar um peculiar serviço em relação a todo o Povo de Deus.Logo depois dos martírio de São Pedro e São Paulo, foi reconhecido à Igreja de Roma o papel primacial em toda a comunidade católica, papel já atestado no século II por Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lyon. Este singular e específico ministério do Bispo de Roma foi reafirmado pelo Concílio Ecuménico Vaticano II. "Na comunhão eclesiástica – conforme Constituição Dogmática sobre a Igreja – existem legitimamente Igrejas particulares, que gozam de tradições próprias, permanecendo íntegro o primado da Cátedra de Pedro, que preside à comunhão universal da caridade, tutela as legítimas variedades e, ao mesmo tempo vela, para que o que é particular, não só não prejudique a unidade, mas sim a reforce. Esta festa me oferece a ocasião para vos pedir que me acompanheis com as vossas orações, para que possa desempenhar fielmente a alta responsabilidade que a Providência Divina me confiou como Sucessor do Apóstolo Pedro".
"Que Maria nos abra o coração à conversão"

Ao concluir a recitação das Ave-Marias, Bento XVI convidou a dirigir o olhar para Maria, que nestes dias foi celebrada em Roma sob a invocação de Nossa Senhora da Confiança. Ocasião para o Papa recordar o iminente início da Quaresma:“A ela pedimos que nos ajude a entrar com as devidas disposições de espírito no tempo da Quaresma, que terá início na próxima quarta-feira, com o sugestivo rito das Cinzas. Que Maria nos abra o coração à conversão e à escuta dócil da Palavra de Deus”. Por fim, Bento XVI saldou os diversos grupos de peregrinos, em suas respectivas línguas, concedendo a todos a sua Bênção Apostólica.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Bento XVI define data para canonização de dez beatos





No final do Consistório Ordinário Público, que aconteceu neste sábado de manhã, no Vaticano, sob a presidência do Papa Bento XVI, para a canonização de dez Beatos, foram divulgadas as datas destas solenes celebrações, que serão realizadas em Roma.
No terceiro domingo do Tempo Pascal, 26 de abril, serão canonizados o Beato Nuno de Santa Maria (Nuno Álvares Pereira), juntamente com o padre Arcângelo Tadini, fundador das Irmãs Operárias da Santa Casa de Nazaré, o Abade Bernardo Tolomei, fundador da Congregação de Santa Maria de Monte Oliveto, da Ordem de São Bento; e ainda duas religiosas italianas, Gerturde Comensoli (fundadora das Irmãs do SS Sacramento) e Catarina Vopicelli, fundadora das Servas do Sagrado Coração.
Os outros Beatos serão canonizados no domingo 11 de outubro: o Padre Damião de Veuster, apóstolo dos leprosos na ilha de Molokai; o bispo polaco Sigimundo Felinnski, fundador de um instituto religioso feminino; o espanhol Francisco Coll e Guitart, também ele fundador de uma congregação feminina; a francesa Marie de la Croix Jugan, fundadora das Irmazinhas dos Pobres; e finalmente o espanhol Rafael Baron, da Ordem Cisterciense Nuno Álvares Pereira será canonizado em Roma, no domingo 26 de abril.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

CF - 2009




A Igreja Católica no Brasil promove, mais uma vez, a Campanha da Fraternidade. Neste ano de 2009 o tema versa sobre a “Fraternidade e a Segurança Pública”. A promoção da Campanha da Fraternidade, ultrapassados 40 anos desta prática, é uma promoção da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, convocando as comunidades de fé e congregando, em mutirão e cooperação, diferentes segmentos da sociedade brasileira em torno de uma questão da mais alta importância para a vida de todos. A Igreja pretende, pois, com esta Campanha, debater sobre a segurança pública com a finalidade de contribuir, à luz do Evangelho de Jesus Cristo, fonte inesgotável de valores e princípios, para que a sociedade avance no compromisso e na promoção da cultura da paz. Uma cultura da paz fundamentada e comprometida com a justiça social. A Igreja, pois, com sua ação evangelizadora, adentra em questões complexas que estão configurando as feições da sociedade brasileira contemporânea. Injustiças e violências estão grassando por todo lado na terra de Santa Cruz. A sociedade se torna cada vez mais um palco de inseguranças, gerando um sério comprometimento na convivência humana.
É preciso reverter este quadro. É uma aposta que não pode ser, absolutamente, descartada. Pelo contrário, é preciso enraizar as motivações e produzir lucidez gerando convicções para que um novo cenário seja desenhado como pano de fundo para a sociedade. Esta aposta numa reversão deste quadro complexo que se apresenta hoje não se conseguirá apenas com reformas paliativas, escondendo no seu bojo os interesses cartoriais de grupos e a desonestidade de tantos manipulando legislações, devorando os bens dos pobres e criando cercas para delimitar campos de defesas para as minorias privilegiadas. A revolução que o cenário violento e injusto posta na sociedade brasileira só poderá ter reversões substantivas na medida em que o ponto de partida for uma referência ética e moral. O Evangelho de Jesus Cristo é esta referência. Supõe sua escuta atenta e humilde.
A Campanha da Fraternidade, então, é promovida durante o tempo quaresmal para que o apelo à conversão, convite próprio e especial deste tempo, abra os ouvidos e o coração de todos para melhor enxergar os desafios múltiplos e complexos da realidade. Não basta apenas discorrer, analisar e explicar acerca da violência que amedronta na vida da sociedade. Nem também é qualificado lamentar a respeito de situações e acontecimentos. É preciso promover uma sensibilização produtora de gestos concretos e comprometimentos mais efetivos no coração e na vida das pessoas, levando-as a reconhecer a violência na sua realidade pessoal e social. A consideração das configurações estruturais e conjunturais da violência não dispensa o confronto de cada pessoa com sua própria responsabilidade. Ora, o problema da violência e a promoção da cultura da paz dependem e exigem uma postura própria de cada pessoa.
Esta dimensão de comprometimento pessoal se desdobra na direção do compromisso de denunciar a gravidade dos crimes contra a ética, a economia e as gestões públicas. Este âmbito, é uma convicção social, é um lamaçal terrível. Assim como noutros âmbitos importantes, a Igreja propõe, pela força do Evangelho e de seu compromisso ético, fortalecer a ação educativa e evangelizadora para alavancar a promoção e a cultura da paz. Ora, é preciso crescer na conscientização acerca da negação de direitos como causa de violência. A superação da violência é, pois, uma tarefa prioritária na sociedade brasileira. Esta tarefa não será realizada e suas metas não serão alcançadas sem o comprometimento efetivo de todos os segmentos da sociedade brasileira. Bem assim, não se mantém num ritmo adequado às exigências e demandas faltando uma iluminação ética incidente e interpeladora.
Esta iluminação ética a Igreja Católica tem como oferta, depositária que é do mandato do seu Senhor para o anúncio do Evangelho. Se é verdade que a segurança pública é dever do Estado, também é direito e responsabilidade de todos. Todas as pessoas aspiram por segurança e estão preocupadas com o problema da falta de segurança pública manifestada na violência no trânsito, no tráfico de drogas, nos cárceres, no tráfico de armas e de pessoas, nas desigualdades sociais, na miséria e na fome, na corrupção. Ao promover a Campanha da Fraternidade 2009 a Igreja Católica se engaja e trabalha para convencer a sociedade inteira acerca da convicção de que a cultura da paz é o maior patrimônio de uma sociedade e que sua conquista não depende apenas e não se resume em discursos ou mesmo só em conjunto de propostas. Na verdade, é um investimento maciço numa mentalidade que determine e modifique o modo de pensar e agir das pessoas. Na verdade, é uma cultura. Este é o compromisso de uma Igreja perita em humanidade! - Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Papa alerta para formação de seminaristas na América Latina





O Papa Bento XVI se reuniu, nesta sexta-feira, 20, com os representantes da Assembléia Plenária da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL). O objetivo do encontro foi abordar temas relacionados com a formação de aspirantes ao seminário.Em seu discurso, o Papa recordou as temáticas enfrentadas pela Assembléia Plenária da Pontifícia Comissão para a América Latina que examinou, nos dias passados, os desafios ligados à atual situação da formação sacerdotal nos seminários:"As recomendações pastorais desta Assembléia deverão ser um ponto de referência imprescindível para iluminar a missão dos bispos da América Latina e do Caribe no delicado campo da formação sacerdotal".Nos seminários, formadores e professores – declarou o Santo Padre – devem se distinguir "pela sua capacidade acadêmica e pela sua fidelidade à Igreja".
Discípulos e missionários de Jesus Cristo
O Pontífice, em seguida, sublinhou como os anos de seminário são tempo decisivo para o discernimento e a preparação:"Hoje mais do que nunca, é preciso que os seminaristas, com a justa predisposição da alma e sem qualquer outro interesse, aspirem ao sacerdócio movidos unicamente pela vontade de serem autênticos discípulos e missionários de Jesus Cristo, capazes, em comunhão com os seus bispos, tornar presente Cristo no seu ministério e no seu testemunho de vida".Nos tempos de seminário – disse o Papa – deve ser reforçado nos seminaristas o desejo de enraizarem-se profundamente em Cristo:“Por isso, é de suma importância cuidar da sua formação humana, espiritual, intelectual e pastoral, como também realizar uma adequada escolha dos seus formadores e professores, que deverão se distinguir pela sua capacidade acadêmica, pelo seu espírito sacerdotal e pela sua fidelidade à Igreja, de modo que saibam infundir nos jovens o que o povo de Deus necessita e espera de seus pastores”. Bento XVI recordou ainda a sua visita, em 2007, a Aparecida:"Conservo uma grata recordação da minha permanência em Aparecida, onde vivemos uma experiência de intensa comunhão eclesial, com o único desejo de acolher o Evangelho com humildade e difundi-lo generosamente".O pensamento do Papa, ao final, se dirigiu a Dom Cipriano Calderón Pólo, que foi vice-presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina e faleceu recentemente. "O Senhor o terá recompensado pela sua abnegação e o seu fiel serviço à Igreja", disse o Santo Padre.A Pontifícia Comissão para a América Latina foi instituída em 1958 pelo Papa Pio XII com a finalidade de reforçar o trabalho pastoral da Igreja na América Latina.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Dom Helder







Celebramos o centenário de nascimento de Dom Helder Pessoa Câmara, que tomou a alcunha de profeta nordestino, vivamente reconhecido no Brasil e no exterior. Por ocasião da visita do Papa João Paulo II, em 1980, no Recife, o Papa afirmou efusivamente: “Dom Helder é o amigo dos pobres. Por isso é meu amigo também”.
A obra de Dom Helder comporta, em primeiro plano, os seus gestos e iniciativas. Suas práticas podiam ser acompanhadas pelo que falava e escrevia. Inesquecíveis, gravadas no coração e na memória do povo, suas alocuções, pela Rádio Olinda, ficaram famosas. A voz do pastor ressoa em suas tiradas com saborosa e inigualável presença de espírito. À inteligência com que Deus o dotou acrescentava-se sempre o bom humor e a enérgica tenacidade de afirmar verdades irrefutáveis.
O pensamento ou o nome de Dom Helder foram utilizados por gente da esquerda e da direita, ora distorcendo a intenção dos seus pensamentos, ora manipulando-os a favor de uma ou outra ideologia tendenciosa. Na vida tudo vem a descoberto. Quem utilizou o nome e o pensamento de Dom Helder para justificar tendências suspeitas, entretanto, não conseguiu praticar o que ele praticou. Houve quem quis imitá-lo. Utilizando-se dos ditos do profeta, reduziram-nos a uma falácia. Assim como produtos piratas, toda imitação tem pouca credibilidade, nenhuma consistência e dura quase nada.
A obra de Dom Helder, o profeta, permanece no espírito e nas atitudes fundamentais daqueles que seguem de perto Jesus Cristo e procuram vivenciar os valores do seu Reino de amor, justiça e paz. Como todo profeta, foi incompreendido por muitos e seguido por multidões. Um dos sinais do verdadeiro profeta é o discernimento, não a adivinhação.
Geralmente, o que acompanha o autêntico profeta é a visão magnânima sobre o presente, investindo no futuro melhor. O profeta genuíno possui, antes de tudo, uma perspectiva de fé e de esperança que não decepciona, nem o deixa cair no desânimo nem permite que as pessoas se desencorajem. Para além do cumprimento da profecia encontra-se a abertura de perspectivas e de iniciativas coerentes, baseadas em valores perenes e não em modas peregrinas.
Há algumas afirmações de Dom Helder que ilustram tudo o que estamos querendo dizer. Uma delas é esta: “Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo”. Outra é característica de um lutador, que começa a vencer o seu próprio egoísmo para servir aos outros: “Somente as grandes humilhações nos levam ao recesso íntimo de nós mesmos, lá onde as fontes interiores nos banham de luz, de alegria e de paz”. Para completar, ainda um terceiro pensamento: “As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leve-as no coração”. -Dom Aldo Di Cillo Pagotto

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Cardeal Arinze prega retiro quaresmal ao Papa e Cúria Romana














"O sacerdote encontra Jesus e O segue." Este é o tema dos exercícios espirituais da Quaresma no Vaticano, que se realizarão de 1° a 7 de março, na presença de Bento XVI e da Cúria Romana.O tema dos exercícios espirituais foi divulgado nesta quarta-feira, 18, pela Prefeitura da Casa Pontifícia. As pregações serão feitas, na Capela Redemptoris Mater, pelo prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, o Cardeal nigeriano Francis Arinze.Os encontros terão início com a Adoração Eucarística, seguida celebração das Vésperas, a primeira meditação, a Adoração Eucarística e bênção.Nos dias seguintes, haverá meditações, celebração das Laudes, Vésperas, Adoração Aucarística e bênção.Durante os exercícios, todas as audiências serão canceladas, inclusive o tradicional encontro das quartas-feiras com os peregrinos, para a Audiência Geral.

Dom José Negri é o novo Bispo de Blumenau




O bispo auxiliar de Florianópolis (SC), dom José Negri, é o novo bispo de Blumenau (SC). Sua transferência foi anunciada nesta quarta-feira, 18, pelo papa Bento XVI, que aceitou a renúncia de dom Angélico Sândalo Bernardino, 76, em conformidade com o cânon 401, parágrafo 1o, que prescreve a renúncia do bispo ao completar 75 anos.
Natural de Milão, Itália, dom José Negri, 49, é da Congregação do Pontifício Instituto Missões Exterior (PIME) e foi ordenado bispo em 5 de março de 2006. Fez os estudos de filosofia e teologia no Seminário do PIME, na Itália, tendo sido ordenado padre em 1986, em Milão.
A CNBB, por meio de sua assessoria de imprensa, cumprimenta Dom José Negri pela nova missão, desejando que seja frutuoso seu pastoreio junto à diocese que lhe é confiada. Ao mesmo tempo, agradece a dom Angélico por seu testemunho de amor e de serviço ao povo de Deus presente na diocese de Blumenau.