sábado, 26 de fevereiro de 2011

Diocese de Piracicaba completa 67 anos de Criação

Território Diocesano
Catedral Diocesana

Bula de Criação - "Vigil Campinensis Ecclesiae"

Dom Fernando Mason - Bispo Diocesano

A Diocese de Piracicaba comemora 67 anos de criação. Em 26 de fevereiro de 1944, através da bula “Vigil Campinensis ecclesiae”, o Papa Pio XII criou a Diocese de Piracicaba, em território desmembrado da Diocese de Campinas. A instalação solene ocorreu no dia 11 de junho do mesmo ano, em cerimônia presidida pelo Núncio Apostólico Dom Bento Aloisi Masella.

Diocese é uma região da Igreja católica confiada ao governo de um bispo. Segundo o Concílio Vaticano II, “é a porção do povo de Deus confiada a um bispo para que a pastoreie em cooperação com o presbitério, de tal modo que, unida a seu pastor e por ele congregada no Espírito Santo mediante o Evangelho e a Eucaristia, constitua uma Igreja particular, na qual verdadeiramente está e opera a una, santa, católica e apostólica Igreja de Cristo.” (Decreto “Christus Dominus”, 11)

A Diocese de Piracicaba está dividida em 7 regiões pastorais, compreende 60 paróquias, 4 quase-paróquias e 2 santuários marianos. Nela estão presentes 10 congregações religiosas masculinas, 12 femininas e 1 que compreende os ramos masculino e feminino. A diocese conta, ainda, com o trabalho de pastorais, novas comunidades, movimentos, associações apostólicas, entidades sociais e outros organismos.

BISPO DIOCESANO – O governo da nossa diocese está confiado a Dom Fernando Mason, que é o quinto bispo diocesano. Ele foi nomeado bispo de Piracicaba pelo Papa Bento XVI em 25 de maio de 2005. A posse canônica ocorreu no dia 24 de julho do mesmo ano, em solene celebração realizada na Catedral de Santo Antônio.

Dirigida por Dom Fernando, a diocese conta com o trabalho de 58 padres diocesanos, 50 padres religiosos e 30 diáconos permanentes. E também com o trabalho do bispo emérito Dom Eduardo Koaik e de Dom Aloísio Hilário de Pinho, orionita, bispo emérito de Jataí (GO), que reside em Rio Claro.

TERRITÓRIO E POPULAÇÃO – A extensão territorial da diocese abrange 4.676 km2. Sua população é de 903.034 habitantes (segundo dados do IBGE-2010).15 Municípios compõe o território da Diocese: Águas de São Pedro, Capivari, Charqueada, Corumbataí, Ipeúna, Mombuca, Piracicaba, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Bárbara D´Oeste, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra e São Pedro.

Compreende 15 municípios: Águas de São Pedro, Capivari, Charqueada, Corumbataí, Ipeúna, Mombuca, Piracicaba, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Bárbara D´Oeste, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra e São Pedro.

Fonte: Diocese de Piracicaba

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Descubra a essência da santidade de João Paulo II


Há pouco mais de dois meses para a Beatificação do Papa João Paulo II, começam a multiplicar-se os eventos de natureza eclesial e cultural ao redor do mundo com o objetivo de preparar para a cerimônia.

Nesta sexta-feira, 25, o postulador da Causa de Beatificação de Karol Wojtyla (nome de batismo do Papa polonês), padre Slawomir Oder, participou da Conferência "O segredo e a essência da santidade de João Paulo II", junto ao Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, em Roma. O encontro foi promovido pelo Centro de Estudos João Paulo II, estrutura do Ateneu que recolhe publicações e escritos do e sobre o futuro Beato.

"Aquilo que caracteriza, no entanto, a [santidade da] figura de João Paulo II, como emerge das cartas do processo de Beatificação, são essencialmente duas dimensões. A sua dimensão de homem de oração, de homem de Deus, e a dimensão da sua ânsia apostólica, o seu ser missionário de Cristo. De fato, urgia nele aquela caridade de Cristo que o incentivava a levar o Senhor a todos os lugares", explica o postulador.

A seguir, confira uma entrevista de padre Oder à Rádio Vaticano, na qual ele fala sobre os preparativos para o acontecimento e a experiência com João Paulo II:

Padre Slawomir Oder – Não há dúvidas de que, antes de tudo em nível humano, trata-se de uma grande emoção. Para mim, a Causa de Beatificação de João Paulo II foi, sem dúvida, uma aventura espiritual que assinalou a minha pessoa e constitui um marco na minha vida. Ter, portanto, a consciência de ter podido contribuir com a realização desta realidade extraordinária, de termos chegado ao ponto em que chegamos, me dá um sentido de satisfação, de alegria frente ao Senhor.

Rádio Vaticano – Seguramente, há muitos aspectos importantes deste processo para a Causa de Beatificação. Se o senhor tivesse que citar aquilo que mais lhe marcou nestes anos...

Padre Oder – Seguramente a sua espiritualidade, o seu modo de rezar, o seu modo de ser. Da figura de João Paulo II atrai, sem dúvidas, a profundidade da sua vida espiritual. Uma expressão que o define muito bem é "homem de Deus", "homem de oração". E isso é um aspecto que levarei comigo no coração, um tesouro para mim, para o meu sacerdócio. Além disso, o processo é feito também por encontros com pessoas que escrevem os testemunhos. Nesse caso, aquilo que me marcou foi a proximidade deste grande homem de Deus – este grande místico, podemos dizer – da vida de tantas pessoas. Ele entrou nos corações, nas nossas famílias, e ali permaneceu. O afeto que se percebe dos testemunhos que ainda chegam à sede da postulação faz compreender que Papa Wojtyla é uma pessoa viva nos nossos corações, nos nossos sentimentos.

RV – Chegamos ao tema da Conferência no Regina Apostolorum, um tema com um título já muito ambicioso: "O segredo e a essência da santidade de João Paulo II". É obviamente muito difícil responder a essa pergunta. Mas qual foi a essência desse testemunho de santidade?

Padre Oder – Efetivamente, restituir com uma frase – ainda que com uma conferência – um quadro completo desse personagem é impossível. Aquilo que caracteriza, no entanto, a figura de João Paulo II, como emerge das cartas do processo de Beatificação, são essencialmente duas dimensões. A sua dimensão de homem de oração, de homem de Deus, e a dimensão da sua ânsia apostólica, o seu ser missionário de Cristo. De fato, urgia nele aquela caridade de Cristo que o incentivava a levar o Senhor a todos os lugares. O ponto comum desses dois aspectos é o seu amor por Cristo. Ele amou o Senhor porque se sentiu profundamente amado por Ele, por isso não podia fazer outra coisa senão responder com essa profundiade de vida espiritual e com essa abertura do seu coração ao mudo.

RV – Quais frutos se poderão colher desta Beatificação de primeiro de maio?

Padre Oder – Penso no seguinte: nos anos deste processo, tive a nítida sensação de que quem o fez foi, na realidade, o Senhor: é Ele que dita os seus tempos, o seu modo de agir, muitas vezes surpreendente. Por isso, estou convencido de que o Senhor, através da bondade da mensagem de João Paulo II, semeará nos corações de tantas pessoas muitos frutos espirituais. Mas aquilo que seguramente será um elemento comum, como eu espero e desejo, é o suscitar a esperança, a renovada esperança de que João Paulo II foi justamente chamado a ser testemunha, e ele o é. É a esperança que o mundo não dá, mas a dá somente a amizade com o Senhor, com Cristo.

Fonte: Rádio Vaticano

Padroeira da Argentina poderia ser retirada do Congresso Nacional


A imagem da padroeira da Argentina, a Virgem de Luján, poderia ser substituída no Salão dos Pasos Perdidos do Congresso Nacional, em Buenos Aires, por um espaço mais genérico e multirreligioso.

A proposta foi apresentada pelo deputado socialista e vice-presidente do Bloco Nuevo Encuentro Popular y Solidario, Sergio Ariel Basteiro. A organização Para Hacerse Oír-Hablemos Claro, comprometida na defesa das raízes cristãs do país latinoamericano, enviou uma carta aberta ao político, contestando a iniciativa como "discriminatória" contra os católicos devido a um mal entendido conceito de laicidade do Estado.

"É a mais recente de uma série de tentativas análogas, promovidas em diversas partes de nosso país, destinadas a remover os símbolos religiosos dos lugares públicos", observa a organização argentina. Segundo Para Hacerse Oír, há uma frequente confusão entre o conceito de Estado laico ou não confessional e aquele de Estado agnóstico ou laicista.

"No primeiro [laico], definem-se os âmbitos de competência jurídica, enquanto no segundo [laicista] busca-se promover leis contra toda a manifestação religiosa em âmbito público. E, para chegar a esse objetivo, não se teme sequer a remoção da consciência coletiva dos valores religiosos, da cultura e da tradição que formam a identidade nacional", indica a carta.
Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Para que haja bons sacerdotes é preciso formar bons seminaristas


ROMA, terça-feira, 22 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - Como obter resultados positivos na formação espiritual dos seminaristas? Como fazer para que os candidatos ao sacerdócio tenham maior clareza vocacional? O subjetivismo e a secularização representam um desafio para as novas gerações de sacerdotes?

Estas e outras questões foram discutidas durante a semana de estudo La formazione spirituale personale nei seminari (A formação espiritual pessoal nos seminários), realizada de 7 a 11 de fevereiro, no centro de formação sacerdotal da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma.

O evento contou com a presença do cardeal Zenon Grocholewski, prefeito da Congregação para a Educação Católica, da Santa Sé.

Reitores de seminários, diretores espirituais e outros formadores, provenientes de diversas dioceses, contextos culturais e eclesiais puderam compartilhar ideias sobre como formar melhor aqueles que serão os sacerdotes das próximas gerações.

Algumas intervenções

Dom Francesco Cavina, da secretaria de Estado do Vaticano, em sua palestra sobre as primícias eclesiais nos candidatos para o sacerdócio, referiu-se aos novos desafios que os seminários de hoje enfrentam: enquanto, antigamente, muitos sacerdotes cresciam em famílias grandes, num ambiente católico, e descobriam sua vocação muito cedo, agora pertencem a famílias pequenas, muitas vezes de pais divorciados, nas quais não necessariamente receberam uma educação católica, e que fizeram sua opção em uma idade já madura.

O prelado apresentou algumas estatísticas que mostram como, hoje, muitos dos novos seminaristas provêm de grupos de jovens paroquiais e diocesanos, movimentos eclesiais, ou jornadas mundiais da juventude.

Por sua parte, Enrique da Lama, da Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, abordou o tema do acompanhamento espiritual, da necessidade da amizade, da consciência como esse sacrário interior da mente e do espírito.

Ele também se referiu ao tema da solidão em que o homem de hoje vive e alertou sobre o perigo de confundir a direção espiritual com uma consulta psicológica. Esclareceu que é essencial ver o homem em sua unidade biopsicoespiritual.

Da Lama disse que a direção espiritual deve centrar-se "no valor da amizade, no respeito à soberania da própria consciência e na ação do Espírito Santo", ao invés de limitar-se apenas a um simples acompanhamento ou aconselhamento esporádico.

Para Paul O' Callaghan, professor de teologia dogmática na Universidade da Santa Cruz, a vida espiritual do sacerdote é forjada especialmente no seminário.

Meios para a formação

Os oradores salientaram a necessidade de recorrer a documentos como a Pastores dabo vobis, do Papa João Paulo II, e a Carta aos seminaristas, de Bento XVI.

Os participantes tiveram a oportunidade de discutir a questão da relação com os superiores ou formadores, a quem decidiram chamar de "educadores", esclarecendo que quem forma é o Espírito Santo.

Disseram que o principal inimigo da vocação ao sacerdócio, mais que os pontos de discordância com as autoridades, é a vida dupla ou a hipocrisia.

Direção espiritual e fragilidade humana

O curso também abordou o tema da fragilidade emocional e psicológica, com duas intervenções: de Dom José María Yanguas, bispo de Cuenca (Espanha), e do psiquiatra Franco Poterzio.

Ambos se referiram à questão do desafio da imaturidade dos adolescentes e jovens (narcisistas, fracos, tristes e instáveis), que se prolonga em adultos inconstantes e dependentes. Estes são tópicos que devem ser abordados com frequência nos seminários.

A maneira de quebrar este círculo é procurar nos candidatos ao sacerdócio "a harmonia interna e externa do homem que integrou razão, vontade, sentimentos e instintos", sem descuidar da correção, quando necessário.

O último dia do curso foi dedicado ao tema da formação da plena maturidade espiritual; os assistentes e expositores puderam concluir que alguns meios para responder a este desafio são a oração e a caridade pastoral, que ajudam a construir personalidades "estruturadas em torno do sentido oblativo da vida, praticando constantemente as virtudes, através de critérios claros e com um coração felizmente centrado em Cristo".

(Carmen Elena Villa)

Fonte: Zenit

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Papa Bento XVI divulga mensagem para a Quaresma 2011



A partir da quarta-feira de cinzas, dia 9 de março, a Igreja inicia o tempo da Quaresma, em preparação à Páscoa. O papa Bento XVI divulgou na manhã de hoje, terça-feira, 22, a Mensagem para Quaresma 2011. Na mensagem, o papa cita a importância do Batismo na vida do cristão e a Quaresma, como ocasião para essa reflexão.

“Um vínculo particular liga o Batismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva”, diz Bento XVI, num dos trechos da mensagem.

O Papa ressalta a relevância do Batismo como sendo uma atual fonte de conversão: “O Batismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do batizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo”.

No texto, o papa afirma ainda a importância da palavra de Deus como direção para viver “com o devido empenho este tempo litúrgico precioso. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus?”.

“Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Batismo”, assim termina a mensagem do papa Bento XVI para a Quaresma 2011.

Leia o texto na íntegra:

“Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes” (cf. Cl 2, 12).

Amados irmãos e irmãs!

A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).

1. Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Batismo, quando, “tendo-nos tornado partícipes da morte e ressurreição de Cristo” iniciou para nós “a aventura jubilosa e exaltante do discípulo” (Homilia na Festa do Batismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010).

São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidas vezes sobre a singular comunhão com o Filho de Deus realizada neste lavacro. O fato que na maioria dos casos o Batismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência «os mesmos sentimentos de Jesus Cristo», é comunicada gratuitamente ao homem.

O Apóstolo dos gentios, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que se realiza com a participação na morte e ressurreição de Cristo, indicando a meta: que assim eu possa “conhecê-Lo, a Ele, à força da sua Ressurreição e à comunhão nos Seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos” (Fl 3, 10- 11). O Batismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do batizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo.

Um vínculo particular liga o Batismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II convidaram todos os Pastores da Igreja a utilizar «mais abundantemente os elementos batismais próprios da liturgia quaresmal» (Const. Sacrosanctum Concilium, 109). De fato, desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Batismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8,).

Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: deveras eles vivem o Batismo como um ato decisivo para toda a sua existência.

2. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é batizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele.

O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição dos homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma clara chamada a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso» (Hb 6, 12), no qual o diabo é ativo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.

O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de ser conduzida, como os apóstolos Pedro, Tiago e João, «em particular, a um alto monte» (Mt 17, 1), para acolher de novo em Cristo, como filhos no Filho, o dom da Graça de Deus: «Este é o Meu Filho muito amado: n’Ele pus todo o Meu enlevo. Escutai-O» (v. 5).

É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor. O pedido de Jesus à Samaritana: “Dá-Me de beber” (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da “água a jorrar para a vida eterna” (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos “verdadeiros adoradores” capazes de rezar ao Pai “em espírito e verdade” (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, “enquanto não repousar em Deus”, segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.

O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: ”Tu crês no Filho do Homem?”. “Creio, Senhor” (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como “filho da luz”.

Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: “Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?” (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: “Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» (v. 27).
A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele. A fé na ressurreição dos mortos a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência:

Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança. O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas batismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos “da água e do Espírito Santo”, e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à ação da Graça para sermos seus discípulos.

3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Batismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a “terra”, que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a “palavra da Cruz” manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus cáritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).

No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida.

Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projetos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.

Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciamos no dia do Batismo. A oração permite-nos também adquirir uma nova concepção do tempo: de fato, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que “as suas palavras não passarão” (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele “que ninguém nos poderá tirar” (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.

Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela ação do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.
Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Batismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas ações. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.

Vaticano, 4 de Novembro de 2010



Fonte: CNBB

Igreja celebra hoje Festa da Cátedra de Pedro


A Liturgia latina celebra, neste dia 22 de fevereiro, a Festa da “Cátedra” de São Pedro. Trata-se de uma tradição muito antiga, testemunhada em Roma desde os finais do século IV, que dá graças a Deus pela missão confiada ao apóstolo Pedro e a seus sucessores. Na basílica de São Pedro, em Roma, encontra-se o monumento à “cátedra” do apóstolo, obra do escultor italiano Gian Lorenzo Bernini, executada em forma de grande trono de bronze, sustentada pelas estátuas de quatro doutores da Igreja, dois do Ocidente, Santo Agostinho e Santo Ambrósio, e dois do oriente, São João Crisóstomo e Santo Atanásio.

Mas por que é celebrada a “cátedra” de Pedro? A ela a tradição da Igreja atribui um forte significado espiritual e reconhece um sinal privilegiado do amor de Deus, Pastor bom e eterno, que quer reunir toda sua Igreja e guiá-la pelo caminho da salvação.

A “cátedra” literalmente quer dizer a sede fixa do bispo, localizada na Igreja mãe de uma diocese que, por este motivo, é chamada “catedral”. Ela simboliza a autoridade do bispo e, em particular, de seu “magistério”, ou seja, do ensinamento evangélico que ele, enquanto sucessor dos apóstolos, está chamado a transmitir à comunidade cristã.

Qual foi, então, a “cátedra” de São Pedro? Ele, escolhido por Cristo como “rocha” sobre a qual a Igreja seria edificada (cf. Mateus 6, 18), começou seu ministério em Jerusalém, depois da ascensão do Senhor e de Pentecostes. A primeira “sede” da Igreja foi o Cenáculo, em Jerusalém. É provável que naquela sala, onde também Maria, a Mãe de Jesus, rezou junto aos discípulos, se reservasse um posto especial a Simão Pedro.

Em seguida, a sede de Pedro foi Antioquia, cidade situada no rio Oronte, na Síria, hoje Turquia. Naqueles tempos era a terceira cidade do Império Romano depois de Roma e de Alexandria do Egito. Daquela cidade, evangelizada por Barnabé e Paulo, onde “pela primeira vez os discípulos receberam o nome de “cristãos” (Atos 11, 26), Pedro foi o primeiro bispo da Igreja.

Depois, a Providência levou Pedro a Roma. Portanto, encontramo-nos com o caminho que vai de Jerusalém (Igreja nascente) a Antioquia (primeiro centro da Igreja, que agrupava pagãos) e também unida à Igreja proveniente dos judeus. Depois, Pedro dirigiu-se a Roma, centro do Império, onde concluiu com o martírio sua carreira ao serviço do Evangelho.

Por esse motivo, a sede de Roma, que havia recebido a maior honra, recebeu também a tarefa confiada por Cristo a Pedro: estar a serviço de todas as Igrejas particulares para a edificação e a unidade de todo o Povo de Deus. A sede de Roma, depois dessas migrações de São Pedro, foi reconhecida como a do sucessor de Pedro, e a “cátedra” de seu bispo representou a do apóstolo encarregado por Cristo de apascentar todo seu rebanho. A cátedra do bispo de Roma representa, portanto, não só seu serviço à comunidade romana, mas também sua missão de guia de todo o Povo de Deus.
Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

João Paulo II mostrou como viver as doenças santamente


CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - "Uma das principais razões pelas quais estamos convencidos da santidade de João Paulo II" é "a forma como ele viveu a sua longa doença".

Isso foi afirmado ontem pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, no último editorial de Octava Dies, informativo semanal do Centro Televisivo Vaticano.

O porta-voz vaticano lembrou que "foi João Paulo II quem quis que a Igreja comemorasse anualmente um Dia Mundial do Doente, em fevereiro, no dia dedicado a Nossa Senhora de Lourdes", referindo-se às celebrações do último dia 11 em todo o mundo católico.

A doença, segundo ele, "é parte essencial da experiência humana; e também está, necessariamente, no coração de toda experiência da fé".

"Ela afeta toda pessoa, quer diretamente, no seu corpo e mente, quer em pessoas próximas e queridas, ou no ambiente circundante, e envolve as profundezas da alma, desafiando amor, a esperança, a própria fé."

Por isso, acrescentou, "Jesus Cristo, com a sua atenção aos que sofriam, com a sua Paixão e Morte, é a palavra de consolo mais confiável para os doentes, e assim deve tentar ser toda a Igreja, num espírito de solidariedade e de amor em cada dimensão da comunidade humana".

A este respeito, e diante da próxima beatificação de João Paulo II, o Pe. Lombardi se referiu a ele como a uma "grande testemunha da doença vivida na fé".

"A maneira como ele a viveu - para si e para nós - é uma das principais razões pelas quais estamos convencidos de sua santidade - sublinhou. Como Jesus, que carrega a cruz, ele também é um grande amigo e defensor de todos os doentes."

Mas a tarefa dos cristãos não está só no "conforto", e sim também no "compromisso", acrescentou.

Citando palavras da encíclica Spe Salvi, do Papa Bento XVI, Lombardi lembrou que "a grandeza da humanidade determina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre", pois "uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem e não é capaz de contribuir, mediante a compaixão, para fazer com que o sofrimento seja compartilhado e assumido, mesmo interiormente, é uma sociedade cruel e desumana".

"O sofrimento é um convite e pode gerar amor. Muito amor. Sem ele, não conheceríamos as profundezas do amor. Peçamos a graça de entendê-lo e vivê-lo para crescer em humanidade", concluiu.

Fonte: Zenit

Paulo VI entendeu aonde se dirigia o homem ocidental


ROMA, segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - Quarenta anos após a publicação da encíclica Humanae Vitae, quando fica claro o fracasso da revolução sexual, um livro que discute o valor das normas morais propostas por Paulo VI foi apresentado na última sexta-feira, 18 de fevereiro, na Universidade Lateranense, em Roma.

O estudo intitula-se: "Protetores da vida. Atualidade da encíclica Humanae Vitae", uma obra dirigida pela professora Lucetta Scaraffia, da Universidade La Sapieza.

Na apresentação, intervieram várias personalidades, entre elas Dom dal Covolo, que lembrou que a Humanae Vitae, uma encíclica publicada em 29 de julho de 1968, "torna-se mais atual à luz das novas descobertas científicas".

"Naquela época, a encíclica encontrou resistência até mesmo dentro da própria Igreja", disse ele.

Mas o texto "se mantém atual e restitui à sexualidade seu profundo significado espiritual, como um verdadeiro ícone do amor trinitário", explicou.

Por outro lado, a jornalista Ritanna Armeni, conhecida por sua participação em manifestações contra o aborto, declarou-se leiga não-crente, sem pretensões filosóficas.

Sua opinião é de que "a encíclica assumiu um significado profético", pois "prediz o homem moderno". A jornalista, entretanto, mostrou-se crítica com relação à posição da Igreja sobre questões como a coabitação pré-marital e a união entre pessoas do mesmo sexo.

O editor do jornal Il Foglio, Giuliano Ferrara, expressou sua opinião como um não-crente, mas antiabortista convicto. Considerou que havia uma base lógica, razão pela qual publicou a encíclica em seu jornal: "Eu pensei que seria possível agir diante da rejeição da vida, que não pode ser reduzida e maltratada até esse ponto".

O Pe. Hermann Geisler, FSO, da Congregação para a Doutrina da Fé, indicou como "as diferentes contribuições deste livro evidenciam", que "a Humanae Vitae, como toda a moral católica, é um grande ‘sim' à vida, à dignidade da pessoa e sobretudo ao amor conjugal".

Isso foi feito, disse ele, com cinco "sins": "ao projeto verdadeiramente humano; à dignidade da mulher e dos filhos; ao amor conjugal; à paternidade responsável e, portanto, também um ‘sim' a Deus Criador", disse.

Na conclusão de sua intervenção, qualificou a Humanae Vitae como "um dos documentos mais proféticos do magistério pontifício pós-conciliar".

A diretora da obra, professora Lucetta Scaraffia, recordou que ainda prevalece uma dificuldade de análise, devido a que 40 anos "ainda é um tempo muito breve, enquanto a Igreja vê tudo com uma sabedoria milenar".

Mas sublinha que, neste período, foram quebradas "as promessas de muitas utopias do século XX". Os opositores aos princípios da encíclica prometiam "uma família mais feliz, maridos mais atentos para não perderem suas esposas, uma sociedade mais feliz e pacífica". Em vez disso, vimos "como se tornou fraca a qualidade humana da sociedade".

A professora concluiu recordando que "Paulo VI tinha entendido aonde se dirigia a sociedade ocidental".

(Sergio Mora)

Fonte: Zenit

Papa vai canonizar três beatos em outubro


O Papa Bento XVI marcou a data da cerimônia de canonização de três beatos: será no domingo, dia 23 de outubro - Dia Mundial das Missões - , na Praça de São Pedro.

O anúncio foi realizado na manhã desta segunda-feira, 21, durante um Consistório Ordinário Público. A cerimônia foi presidida pelo Pontífice e aconteceu na Sala do Consistório do Palácio Apostólico Vaticano, durante a celebração da Hora Sexta (parte da Liturgia das Horas que acontece ao meio-dia), às 9h (horário de Brasília - 12h em Roma).

Os beatos a serem canonizados são:

- o Arcebispo de Parma e fundador da Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as missões estrangeiras (Missionários Xaverianos), Dom Guido Maria Conforti. Foi um luminoso exemplo de missionariedade. "Para mim, a atualidade dessa figura está no fato da sua santidade e, portanto, naquilo que foi recordado pelo Papa João Paulo II: o missionário, para sê-lo verdadeiramente, deve ser santo", afirma o Superior Geral dos Missionários Xaverianos, padre Rino Benzoni;

- o padre e fundador da Congregação dos Servos da Caridade e do instituto das Filhas de Santa Maria da Providência, Luigi Guanella. Viveu na Itália, no século XIX, e dedicou-se aos carentes e deficientes. "É Deus quem faz", respondia ele a quem pedia que sintetizasse a sua obra. "Diria que o santo verdadeiro leva dentro de sua carne as necessidades urgentes e os sofrimentos dos pobres. [...] Hoje é festa para nós, certamente, que somos filhos espirituais, mas também é festa dos pobres, porque padre Guanella sempre foi próximo dos marginalizados", afirma o postulador da Causa de Canonização, padre Mario Carrera;

- a virgem e fundadora da Congregação das Servas de São José, Bonifacia Rodríguez de Castro. Nasceu em Salamanca (Espanha), em 1837, em uma família de humildes artesãos. A partir de sua experiência, fundou uma Congregação para o apoio às mulheres operárias. Um projeto corajoso, mas que foi rechaçado pelo clero diocesano. Desprezada pelas suas próprias irmãs de Congregação, não respondeu às ofensas, mas viveu no silêncio e confiança em Cristo. Somente depois de sua morte, em 1905, caíram as calúnias contra ela e foi reconhecida sua santidade.


Fonte: Canção Nova

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Número de sacerdotes e batizados no mundo aumenta, revela Anuário


Entre 2008 e 2009, o número de católicos no mundo aumentou 1,3% (de 1,166 para 1,181 bilhão). Já o total de sacerdotes cresceu 0,34% (de 409.197 para 410.593). Os dados fazem parte do Anuário Pontifício, divulgado na manhã deste sábado, 19.

O volume revela várias novidades sobre a vida da Igreja Católica no mundo. Confira as principais.


Fiéis batizados

O aumento absoluto de fiéis foi de 15 milhões, mas a distribuição do número de católicos é diferente da populacional – isto é, nem sempre a maior concentração de pessoas é sinônimo de quantidades maiores de cristãos.

Nas Américas, de 2008 a 2009, a população total correspondeu a 13,6% do total de habitantes no planeta. Por sua vez, o continente concentra 49,4% da população católica do mundo. Na Ásia, onde os habitantes correspondem a 60,7% da população mundial, o número de católicos está na ordem de 10,7% do total. na Europa, onde o número de habitantes é apenas três pontos percentuais inferior à América, a população católica corresponde a apenas 24% - praticamente metade do número de fiéis presentes nas Américas. Tanto para os países africanos quanto para os da Oceania, o peso da população sobre o total mundial não difere muito do número de católicos (15,2% e 0,8%, respectivamente, para a África e Oceania).


Clero

A população sacerdotal permanece com uma onda de crescimento moderada, iniciada no ano 2000, após um longo período de resultados bastante decepcionantes. O número dos sacerdotes, seja diocesanos, seja religiosos, aumentou 1,34% ao longo dos últimos 10 anos, passando de 405.178 em 2000 para 410.593 em 2009.

O aumento deriva do crescimento de 0,08% do clero religioso e ao aumento de 0,56% do diocesano. O decrescimento percentual afetou somente a Europa (-0,82% para os diocesanos e -0,99% para os religiosos), dado que nos outros continentes o número de sacerdotes como um todo aumentou. Com exceção da Ásia e da África, o clero religioso diminuiu em todos os lugares.

Já o número de Bispos no mundo passou – de 2008 a 2009 – passou de 5002 a 5065, com um aumento de 1,3%. O continente mais dinâmico é o africano (1,8%), seguido da Oceania (1,5%), enquanto Ásia (0,8%) e Américas (1,2%) estão abaixo da média geral. Para a Europa, o aumento é de cerca de 1,3%.

Os diáconos permanentes aumentaram 2,5%, passando de 37.203 em 2008 para 38.155 em 2009. A presença dos diáconos melhorou na Oceania e na Ásia em ritmos elevados: na Oceania, onde os diáconos não chegam ainda a 1% do total, o aumento foi de mais de 19%, chegando a 346 diáconos em 2009. Na Ásia, o incremento foi de 16%.

Mas o aumento mais considerável registra-se também nas áreas onde a presença já é quantitativamente mais relevante. Nas Américas e na Europa, onde, em 2009, residiam cerca de 98% dos diáconos permanentes do mundo, o crescimento foi de, respectivamente, 2,3% e 2,6% com relação a 2008.

O número dos candidatos ao sacerdócio no mundo cresceu 0,82%, passando de 117.024 em 2008 para 117.978 em 2009. Grande parte desse aumento atribui-se a Ásia e a África, com ritmos de crescimento de 2,39% e 2,20%, respectivamente. A Europa e as Américas registraram uma contração, respectivamente, de 1,64% e 0,17% no mesmo período.

Uma diminuição foi registrada entre os religiosos professos. Em 2008, eram 739.068; em 2009, eram 729.371. A crise, portanto, permanece, exceto na África e Ásia, onde há um aumento nos números.


Estrutura

Em 2010, foram erigidas pelo Santo Padre 10 novas Sedes Episcopais, 1 Exarcado Apostólico e 1 Vicariato Apostólico. Também foram elevadas: 1 Diocese a Sede Metropolitana; 2 Prelaturas a Dioceses; 2 Prefeituras e 1 Administração Apostólica a Vicariatos Apostólicos.

Os dados estatísticos, referentes ao ano de 2009, fornecem uma análise sintética das principais dinâmicas referentes à Igreja Católica nas 2956 circunscrições eclesiásticas do planeta.


O Anuário

O Annuarium Statisticum Ecclesiae (Anuário Estatístico da Igreja) informa sobre os aspectos salientes que caracterizam a atividade da Igreja Católica nos diversos Países e nos Continentes em particular.

O Anuário Pontifício 2011 foi apresentado ao Papa Bento XVI na manhã deste sábado, 19, pelo secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, e pelo Substituto da Secretaria de Estado para Assuntos Gerais, Dom Fernando Filoni.

A redação do novo Anuário esteve aos cuidados do encarregado do Escritório Central de Estatística da Igreja, monsenhor Vittorio Formenti, do professor Enrico Nenna e de outros colaboradores.

Já o complexo trabalho de imprensa foi, por sua vez, gerenciado pelos padres Pietro Migliasso, SDB, Antonio Maggiotto,SDB, e Giuseppe Canesso, SDB, respectivamente Diretor-Geral, Diretor-Comercial e Diretor-Técnico da Tipografia Vaticana. O volume estará disponível em brave para venda nas livrarias.

O Santo Padre agradeceu pela homenagem, mostrando vivo interesse pelos dados ilustrados e desejando expressar Sua gratidão a todos aqueles que colaboraram para a nova edição do Anuário.
Fonte: Canção Nova com Boletim da Santa Sé

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Eleição de João Paulo II, "Choque" que mudou a história


Apresentado em Roma livro sobre começo do seu pontificado


ROMA, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - "Que coragem tiveram esses cardeais para eleger um Papa de um país que está o outro lado da Cortina de Ferro!": esta foi a primeira reação do então secretário de Estado da Santa Sé, Dom Agostino Casaroli, durante o anúncio, na Praça de São Pedro, da eleição de Karol Wojtyla.

Esta foi uma das recordações comentadas pelo cardeal Giovanni Battista Re, prefeito da Congregação para os Bispos, por ocasião da apresentação, em 16 de fevereiro, em Roma, do livro "Choque Wojtyla - O começo do pontificado" (Shock Wojtyla - L'inizio del pontificato), publicado na Itália pela editora San Paolo, com a coordenação de Marco Impagliazzo, professor de História Contemporânea na Universidade para Estrangeiros de Perúgia.

O livro, através de 15 ensaios de vários autores, analisa as reações, em diferentes níveis - mundo católico, opinião pública, meios de comunicação, diplomacias, relações internacionais -, encontradas em todo o mundo, após o anúncio de 16 de outubro de 1978.

Este volume é o primeiro de uma série que, com o apoio do Serviço Nacional para o Projeto Cultural, da Conferência Episcopal Italiana, pretende reconstruir historicamente o pontificado de João Paulo II.

Choque histórico

"Chegou a hora - disse, na apresentação do livro, Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Sant'Egidio e autor da ideia deste projeto - de passar do patrimônio dos sentimentos despertados em todos nós pelo pontificado de Wojtyla à investigação histórica."

João Paulo II, de acordo com Riccardi, "não foi apenas um choque, mas também a terapia diante de duas crises fundamentais do cristianismo em 1978". Uma na Europa Oriental, onde "o medo inspirado pelo comunismo fazia pensar que a Igreja já não poderia fazer nada, e onde Wojtyla representou, no entanto, uma esperança".

E outra no Ocidente, "onde se havia afirmado a ideia de uma crise incontrolável do cristianismo frente ao secularismo, com relação à qual a eleição do Papa polonês demonstrou como a instituição milenar da Igreja ainda era capaz de juventude".

Choque diplomático

O acontecimento de 16 de outubro de 1978 foi capaz de mudar as relações internacionais. "Certamente - disse Lucio Caracciolo, diretor da revista geoestratégia italiana Limes -, isso marcou o fim da ostpolitik ["Política do Leste" em alemão, N. do T.] da Santa Sé", que, diante dos países do Leste atrás da Cortina de Ferro, "tornou-se muito mais incisiva e focada na figura do Papa, quem não aceitava o status quo, e teve um impacto único e talvez exclusivo na história. Enquanto nas chancelarias da Europa "prevalecia a prudência, na certeza de que a União Soviética duraria muito tempo, Wojtyla via com outros olhos uma outra época".

"As diplomacias, diante de uma mudança, reagiram com uma atitude conservadora, negando que coisas novas poderiam acontecer", constatou Caracciolo, concluindo: "A lição de João Paulo II nos diz, no entanto, que coisas novas podem acontecer".

Choque para a Polônia

Poucos podem afirmar isso com tanta certeza quanto o povo polonês. "O primeiro choque - lembrou Hanna Suchocka, primeira-ministra polonesa sob a presidência de Lech Walesa e hoje embaixadora no Vaticano - foi a imagem de Wojtyla no dia da sua eleição, que surgia da escuridão, levantando os braços para saudar a multidão na Praça de São Pedro."

"Foi um choque ainda maior para as autoridades comunistas - acrescentou Suchocka. Hoje sabemos disso devido aos documentos que estavam sendo preparados para estabelecer contato com o Papa que fosse eleito no conclave, ignorando a mediação da Igreja polonesa e, ‘acima de tudo', do arcebispo de Cracóvia, Wojtyla..."

Quando se anunciou a eleição de João Paulo II, procuraram encontrar elementos positivos, dizendo: "Melhor um papa distante que um primaz próximo", mas sabiam "quão perigoso era para o sistema, pois ele conhecia seus pontos fracos e não era influenciável". A eleição de Wojtyla "mostrou as duas faces da sociedade polonesa: o temor dos comunistas e a incontrolável festa popular que lotou as ruas".

E, no dia da eleição, "João Paulo II, ignorando o protocolo, convidou a ‘não ter medo'. Ninguém conseguia compreender a profunda influência destas primeiras palavras: tudo isto foi o choque inicial, que se tornou uma constante em um pontificado que mudou a Igreja e o mundo".

Choque surgido da fé

O cardeal Giovanni Battista Re tem a mesma opinião: "'Não tenham medo', 'abram as portas a Cristo': Nessas frases se resume a linha de todo o pontificado de João Paulo II", bem como na frase que ele pronunciou em Varsóvia, em sua primeira viagem à Polônia: "Não se pode excluir Cristo da história".

"Tudo o que motivou João Paulo II - enfatizou Re - influenciou a política e a história, mas nascia da fé."

"Nele, impressionava o perfil humano, a capacidade de falar às multidões, a profundidade do seu pensamento, o conhecimento do mundo graças à escuta de tantas pessoas, o fascínio dos jovens por ele."

Mas, sobretudo, "impressionava a intensidade da sua oração. (...) Como ele disse no santuário da Mentorella - concluiu o cardeal Re -, a primeira tarefa do Papa consiste em orar. Esta afirmação correspondia à sua mais profunda convicção".

(Chiara Santomiero)

Fonte: Zenit

Presidência da CNBB é recebida pela Presidenta Dilma Rousseff

Os bispos da Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Lyrio Rocha (presidente), dom Luis Soares Vieira (vice-presidente) e dom Dimas Lara Barbosa (secretário geral), foram recebidos em audiência, nesta quinta-feira, 17, pela presidenta da República, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. A audiência começou por volta das 15h30 e durou pouco mais de 40 minutos.

A CNBB conversou com a presidente sobre trabalhos sociais de fronteiras como assistência aos aidéticos, aos dependentes químicos, pessoas com deficiência, filantropia. Outros temas que fizeram parte da pauta foram a erradicação da miséria e da fome, economia solidária, agricultura familiar.

A Presidência da CNBB discutiu também com a presidente Dilma a questão dos povos indígenas e quilombolas, água para a população do nordeste, reformas política e agrária e o Código Florestal.

Segundo o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, a presidente Dilma acolheu com muita atenção os assuntos apresentados pela CNBB. Ao final da audiência, a presidente pediu a dom Geraldo que benzesse a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que ela traz junto à sua mesa de trabalho.

Fonte: CNBB

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Bento XVI já tem a mochila da JMJ 2011


Os preparativos para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2011 correm em bom ritmo para receber os jovens de todo o mundo.

No ano passado, o Papa recebeu o boné da JMJ. Na última semana, recebeu outro dos elementos característicos da JMJ: a mochila. O Santo Padre foi o primeiro a recebê-la, diretamente das mãos do Arcebispo de Madrid, Cardeal Antonio María Rouco Varela, recebido em audiência no Vaticano na segunda-feira, 14.

A mochila entregue ao Papa é igual ao modelo produzido exclusivamente para o encontro.

Elementos da mochila

A mochila, da mesma forma que nas Jornadas precedentes, será entregue a todos os participantes inscritos. Nela haverá terço, livro do peregrino, guia da JMJ, o YouCat – catecismo adaptado para os jovens -, bem como um passe que permitirá os deslocamentos nos transportes públicos da cidade, um boné e um leque.

Além desses elementos, os inscritos terão acesso aos atos culturais da Jornada, entradas prioritárias para os atos principais, assim como um seguro de acidentes que abrangerá a sua estadia na JMJ.

Os participantes também podem colaborar para que os jovens de países menos favorecidos possam viajar até Madrid e desfrutar da Jornada, acrescentando 10€ à sua inscrição para que ninguém que queira participar nesta JMJ fique de fora.
Fonte:Canção Nova com JMJ2011Madrid.com

Papa nomeia três novos Bispos para o Brasil


Mons. Teodoro Mendes - Nomeado Bispo Auxiliar de Belém - PA

Mons. José Francisco Falcão - Nomeado Bispo Auxiliar do Ordinariado Militar
Dom Emanuel Messias - Nomeado Bispo Diocesano de Caratinga-MG

O papa Bento XVI nomeou nesta quarta-feira, 16, três novos bispos para o Brasil. Aceitando a renúncia de dom Hélio Gonçalves Heleno, bispo da diocese de Caratinga (MG), em conformidade com o cânon 401§ 1 do Código de Direito Canônico (motivo de idade), Bento XVI nomeou para sucedê-lo dom Emanuel Messias, bispo de Guanhães (MG).

O papa nomeou ainda, a pedido do bispo do Ordinariado Militar do Brasil, dom Osvino José Both, o padre José Francisco Falcão de Barros, como bispo auxiliar do Ordinariado Militar. Atualmente, o padre José Francisco é pároco da paróquia São Vicente de Paulo, em Palmeira dos Índios e Capelão da Polícia Militar do Estado de Alagoas.

Já a arquidiocese de Belém do Pará contará com os serviços de um bispo auxiliar. Trata-se do padre Teodoro Mendes Tavares, que exercia seu trabalho em Central Falls, nos Estados Unidos.

Dom Emanuel Messias

Natural de Salinas (MG), dom Emanuel Messias foi ordenado bispo em 4 de abril de 1998, em Governador Valadares (MG), onde trabalhou até ser nomeado bispo de Guanhães. Estudou Filosofia em Mariana (MG) e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma, Itália. Além disso, é especialista nas Sagradas Escrituras, pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma.

Como bispo, é responsável pela Dimensão Bíblico-catequética do Regional Leste 2 da CNBB (Espírito Santo e Minas Gerais).

Monsenhor José Francisco Falcão

Paróco da paróquia de São Vicente de Paulo (AL) desde 1993, monsenhor José Francisco Falcão de Barros nasceu em 24 de março de 1965 em Paulo Jacinto (AL) e se formou em Filosofia e Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (RJ). Tem Mestrado e Doutorado em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, em Roma, Itália. É membro do Conselho Presbiteral, do Colégio dos consultores e Capelão da Polícia Militar do estado de Alagoas.

Monsenhor Teodoro Mendes

O novo bispo auxiliar de Belém do Pará, monsenhor Teodoro Mendes Tavares, nasceu na Ilha de Santiago, Cabo Verde, no dia 7 de janeiro de 1964. Formado em Filosofia , Teologia e Licenciatura pela Universidade Católica Portuguesa, foi ordenado padre em 11 de julho de 1993. Chegou ao Brasil em 1994 para exercer a “Missão Amazônia”, e em 2003, tornou-se Superior Maior dos Missionários Espiritanos na Amazônia.Tem Mestrado sobre Ecumenismo pela Trinity College - Universidade de Dublin, Irlanda, e diploma Superior de Estudos Franceses Modernos (Aliança Francesa). Integrante da Congregação do Espírito Santo (CSSp), atualmente, exerce seu ministério em Central Falls, nos Estados Unidos da América.
Fonte: CNBB

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Peregrinação internacional à Fátima marca beatificação de JPII



A beatificação do Papa João Paulo II será destacada em diversas partes do mundo. O futuro beato, que tinha especial devoção à Nossa Senhora de Fátima, vai ser recordado em um celebração internacional, no dia 13 de maio, Festa da Virgem de Fátima.

Nesta terça-feira, 15, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) anunciou a realização da cerimônia, que vai ser presidida pelo Arcebispo de Boston (EUA), Cardeal Sean O’Malley.

De acordo com o secretário da CEP, padre Manuel Morujão, o encontro internacional de 13 de maio é a ocasião mais adequada para “viver em festa” esse acontecimento.

Falando aos jornalistas, após a reunião do Conselho Permanente do organismo episcopal, o sacerdote se referiu ao falecido Papa polaco como “alguém exemplar na santidade”. "É um motivo grande para fazermos festa pela beatificação do nosso Papa”, acrescentou.

O padre Manuel Morujão adiantou que na cerimónia de beatificação, no Vaticano, a CEP estará presente, representada por um delegação de dezenas de bispos portugueses.
João Paulo II esteve no Santuário de Fátima em 1982, 1991 e, pela última vez, em 2000, quando beatificou os videntes Francisco e Jacinta Marto.
Fonte: Agência Ecclesia

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Santuário de Fátima festeja Beatos Francisco e Jacinta



O Santuário de Fátima realiza no domingo, 20, uma festa com especial participação das crianças da comunidade local para celebrar a memória litúrgica dos Beatos Francisco e Jacinta.

Neste dia em que se faz memórias de “duas crianças protagonistas e embaixadoras da mensagem de Fátima para o Mundo”, as celebrações iniciam com a recitação do rosário, na Capelinha das Aparições, e depois haverá “uma procissão com as imagens de Francisco Marto e de Jacinta Marto para Igreja da Santíssima Trindade, onde será celebrada a eucaristia”, destaca o comunicado do Santuário .

A animação musical estará a cargo dos meninos e meninas da “Schola Cantorum: Pastorinhos de Fátima”, o coro infantil do Santuário de Fátima.

Nesse mesmo dia, o mesmo coro apresentará um concerto, no Auditório do Centro Missionário Allamano, oferecido pelos Missionários da Consolata, que será dirigido pelo Maestro Paulo Lameiro.

Na noite do sábado, 19, haverá a recitação do rosário, na Capelinha das Aparições, seguindo com uma procissão de velas até à Basílica de Nossa Senhora do Rosário, onde terá lugar uma Vigília de Adoração, junto aos túmulos dos Beatos Francisco e Jacinta Marto.

Francisco Marto

Nasceu em 11 de Junho de 1908, em Aljustrel. Faleceu no dia 4 de Abril de 1919, na casa de seus pais. Muito sensível e contemplativo, orientou toda a sua oração e penitência para "consolar a Nosso Senhor".

Os seus restos mortais ficaram sepultados no cemitério paroquial até ao dia 13 de Março de 1952, data em que foram trasladados para a Basílica da Cova da Iria, lado nascente.

Jacinta Marto

Nasceu em Aljustrel, no dia 11 de Março de 1910 e morreu em 20 de Fevereiro de 1920, no Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa, depois de uma longa e dolorosa doença, oferecendo todos os seus sofrimentos pela conversão dos pecadores, pela paz no mundo e pelo Santo Padre.

Em 12 de Setembro de 1935 foi solenemente trasladado o seu cadáver do jazigo da família do Barão de Alvaiázere, em Vila Nova de Ourém, para o cemitério de Fátima, e colocado junto dos restos mortais do seu irmão Francisco.

No dia 1 de Maio de 1951, foi feita a trasladação dos restos mortais de Jacinta para o novo sepulcro preparado na Basílica da Cova da Iria, lado poente.

Canonização

O processo de beatificação dos Videntes de Fátima, Francisco e Jacinta Marto, depois das primeiras diligências feitas em 1945, foi iniciado em 1952 e concluído em 1979.

Em 15 de Fevereiro de 1988, foi entregue ao Santo Padre João Paulo II e à Congregação para a Causa dos Santos a documentação final levou o Santo Padre a proclamar "beatos" os dois videntes de Fátima, a 13 de Maio de 2000.

Espera-se agora a conclusão do processo de canonização.
Fonte: Agência Ecclesia

Bento XVI poderá visitar Índia para a Canonização de Madre Teresa



Os bispos da Índia esperam a visita do Papa Bento XVI ao país e a expectativa é que ela aconteça por ocasião da canonização da Beata Madre Teresa de Calcutá, cujo processo se encontra em fase avançada.

A viagem foi cogitada após as várias visitas do Arcebispo emérito de Westminster, Cardeal Cormac Murphy O'Connor, enviado especial do Papa ao país, nas comemorações do 25º aniversário da viagem apostólica do Papa João Paulo II à Índia.

O prelado, nos últimos dez dias de viagem, refez a peregrinação histórica de 1986, despertando grande interesse pela vinda de Bento XVI, não só para a minoria cristã, mas também para outras denominações que se reuniram em seminários e conferências organizadas para a ocasião.

Cardeal Cormac visitou cinco cidades - Nova Délhi, Ranchi, Calcutá, Mumbai e Kochi, no Estado de Kerala - e cada etapa foi caracterizada por um tema específico, relacionado ao trabalho pastoral de João Paulo II. Em particular, o Arcebispo de Ranchi, Cardeal Toppo Telesforo, expressou seu desejo de ver o Papa na Índia em breve: “Se Madre Teresa será canonizada na Índia, provavelmente o Papa poderá vir aqui para a cerimônia”, disse durante uma coletiva de imprensa.

Precisamente em Calcutá, o Cardeal O'Connor visitou a casa geral das Missionárias da Caridade, em Ranchi, no Estado central de Jharkhand, onde Madre Teresa está sepultada. O enviado do Papa também se encontrou com comunidades tribais que, frequentemente, sofrem as consequências da exploração dos recursos naturais por parte das grandes empresas. Finalmente, em Nova Délhi e Mumbai, foram inauguradas algumas estátuas de bronze do Papa João Paulo II, na Nunciatura Apostólica e em catedrais.
Fonte: Rádio Vaticano

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A nobre simplicidade das Vestimentas Litúrgicas



Por Uwe Michael Lang, C.O.*

ROMA, domingo, 13 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - A tradição bíblica aclama Deus como "o próprio autor da beleza" (Sb 13,3), glorificando-o pela grandeza e pela beleza das obras da criação. O pensamento cristão, com base sobretudo na Sagrada Escritura, mas também a filosofia clássica como auxiliar, desenvolveram o conceito de beleza como uma categoria teológica.

Este ensinamento ressoa na homilia do Papa Bento XVI na Missa de dedicação da igreja da Sagrada Família, em Barcelona (7 de novembro de 2010): "A beleza é também reveladora Deus porque, como Ele, a obra bela é pura gratuidade, convida à liberdade e arranca do egoísmo". A beleza divina manifesta-se de forma totalmente particular na liturgia sagrada, também através das coisas materiais das quais o homem, feito de alma e corpo, tem necessidade para alcançar as realidades espirituais: o edifício de culto, os ornamentos, paramentos, imagens, música, a própria dignidade das cerimônias.

A propósito disso, deve ser lido o quinto capítulo sobre "A dignidade da celebração litúrgica", na última encíclica do Papa João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia (17 de abril de 2003), que afirma que o próprio Cristo quis um ambiente digno para a Última Ceia, pedindo aos discípulos que a preparassem na casa de um amigo que tinha uma "sala grande e disposta" (Lc 22, 12; cf. Mc 14, 15). A encíclica recorda também a unctio de Betânia, um acontecimento significativo que precedeu a instituição da Eucaristia (cf. Mt 26; Mc 14, Jo 12). Frente ao protesto de Judas, de que a unção com o óleo precioso era um "desperdício" inaceitável, tendo em conta as necessidades dos pobres, Jesus, sem diminuir a obrigação de caridade concreta para com os necessitados, declara seu grande apreço pelo ato da mulher, porque a sua unção antecipa "essa honra de que seu corpo permanecerá digno, mesmo depois da morte, indissoluvelmente ligado ao mistério da sua Pessoa" (Ecclesia de Eucharistia, n. 47). João Paulo II conclui que a Igreja, como a mulher de Betânia, "não temeu ‘desperdiçar', investindo o melhor dos seus recursos para exprimir o seu estupor de adoração diante do dom incomensurável da Eucaristia" (ibid., n. 48). A liturgia exige o melhor das nossas possibilidades, para glorificar Deus Criador e Redentor.

No fundo, o cuidado atento das igrejas e da liturgia deve ser uma expressão de amor ao Senhor. Mesmo em um lugar onde a Igreja não tem grandes recursos materiais, não podemos negligenciar este dever. Já um Papa importante do século XVIII, Bento XIV (1740-1758), em sua encíclica Annus qui (19 de fevereiro de 1749), dedicada principalmente à música sacra, pediu ao seu clero que as igrejas fossem bem conservadas e equipadas com todos os objetos sagrados necessários para a digna celebração da liturgia: "Ressaltamos que não falamos da suntuosidade e da magnificência dos templos sagrados, nem da preciosidade dos ornamentos sagrados, sabendo que nós também não podemos tê-los em todo lugar. Falamos da decência e da limpeza que ninguém está autorizado a negligenciar, sendo a decência e a limpeza compatíveis com a pobreza".

A constituição sobre a Sagrada Liturgia, do Concílio Vaticano II, pronunciou-se de forma semelhante: "Ao promover e incentivar uma arte verdadeiramente sagrada, busquem mais uma nobre beleza do que o mero luxo. Isso tem que ser aplicado também às vestes sagradas e ornamentos" (Sacrosanctum Concilium, n. 124). Esta passagem se refere ao conceito da "nobre simplicidade", introduzido pela Constituição no n. 34. Este conceito parece originário do arqueólogo e historiador de arte Johann Joachim Winckelmann, alemão (1717-1768), segundo o qual a escultura grega clássica foi caracterizada pela "nobre simplicidade e serena grandeza". No início do século XX, o conhecido liturgista inglês Edmund Bishop (1846-1917) descreveu o "gênio do rito romano" como distinguido pela simplicidade, sobriedade e dignidade (cf. E. Bishop, Liturgica Historica, Clarendon Press, Oxford 1918, pp. 1-19). A esta descrição não falta mérito, mas é preciso estar atentos à sua interpretação: o rito romano é "simples" em comparação com outros ritos históricos, como os orientais, que se distinguem por sua grande complexidade e suntuosidade. Mas a "nobre simplicidade" do rito romano não deve ser confundida com uma mal-entendida "pobreza litúrgica" e com o intelectualismo, que podem levar à ruína a cerimônia, fundamento do culto divino (cf. a contribuição fundamental de São Tomás de Aquino na Summa Theologiae III, q. 64, a. 2; q. 66, a 10; q. 83, a.4).

A partir destas considerações, é evidente que as vestes sagradas devem contribuir "para o decoro da ação sagrada" (Instrução Geral do Missal Romano, n. 335), especialmente "na forma e no material utilizado", mas também, embora de forma mesurada, nos ornamentos (ibid., n. 344). O uso das vestimentas litúrgicas expressa a hermenêutica da continuidade, sem excluir nenhum estilo histórico particular. Bento XVI apresenta um modelo em suas celebrações, quando usa tanto vestes de estilo moderno como, em alguma ocasião solene, as "clássicas", também usadas por seus antecessores. Isto segue o exemplo do escriba, convertido em discípulo do reino dos céus, comparado por Jesus com um chefe de família que tira do seu tesouro nova et vetera (Mt 13,52).

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* Uwe Michael Lang é consultor do Ofício de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.

Fonte: Zenit