quinta-feira, 30 de abril de 2009

Bispos falam de familia, casamentos de 2ª união e trabalhadores


Vários assuntos foram tratados na coletiva de imprensa desta quinta-feira, 30, penúltimo dia da 47ª Assembleia dos Bispos. Entre eles, o Manifesto da CNBB em Favor da Família, casamentos de segunda união, sobre os bispos eméritos e também sobre o Documento das Diretrizes para a Formação dos Presbíteros na Igreja do Brasil". Para discutir os assuntos, estiveram presentes, o presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, Dom Orlando Brandes; o Bispo emérito de Blumenau (SC), Dom Angélico Sândalo Bernardino e um dos membros da Comissão Responsável pelo tema central, Dom Leonardo Ulrich Steiner.
Em favor da Família
Dom Orlando explicou que o Manifesto da CNBB em Favor da Família não foi uma nota, mas sim, um manifesto mesmo, para acentuar que a família está sendo agredida. "Há hoje no Congresso mais de 40 projetos contra a vida ou família, e além disso, existem muitas ONGs que pretendem mudar o conceito de família, com as uniões similares à família que estariam sendo interpretadas como família. Então a Comissão tem trabalhado e deixado claro que a família significa uma comunidade de vida fundamentada no matrimônio, na união de um homem e uma mulher".
"Além de ajudar o povo a entender os elementos fundamentais da família, queremos ajudar as pessoas a dar respostas a tantas idéias e críticas que circulam todos os dias por aí, na sociedade ou na nossa cultura", enfatizou o bispo.
Segundo ele, há dois anos foi feita uma pesquisa no Brasil para saber quais os maiores valores de nossa sociedade e "a família veio em primeiro lugar, antes mesmo do dinheiro e do trabalho". A família é a instituição mais antiga da sociedade e, portanto, afirma Dom Orlando, "o Estado está a serviço da familia".E aproveitou para convidar todos para a Peregrinação Nacional em Favor da Família, que acontecerá no dia 24 de maio, das 8h às 12h, no Santuário Nacional de Aparecida (SP). "Nossa Comissão chegou a conclusão de que estaria na hora de fazer uma peregrinação nacional, uma manifestação, um gesto profético em nossos dias, e manifestar aos meios de comunicação a nossa posição em defesa da família". Dom Orlando sugeriu ainda, que os que não puderem ir realizem em suas paróquias este evento, já que ele está em plena comunhão com a CNBB e, ainda mais, que até financiassem para os mais pobres que não podem ir a peregrinação, para que participem.Casamento de segunda União Após o Sínodo de 1994, a Igreja mudou até a forma de falar sobre os casamentos de segunda união, desde então, não se fala mais que eles "estão em pecado", para contemplar melhor a diversidade de situações, mas sim, em situação irregular, explicou Dom Orlando.A Igreja tem a Pastoral Familar, que em seu setor especial, cuida dessas pessoas. "Estamos indo às casas, falamos com elas e dizemos que a Igreja mudou muito sua posição a respeito dessas famílias"."O que se está reafirmando é que as pessoas estão em situação irregular, mas nem por isso deixam a comunhão com a Igreja. Na prática, essas pessoas são convidadas a trabalharem na Igreja. assumirem funções. Elas não podem comungar, e está é uma realidade dolorosa, mas Deus salva a todos, e o sacramento não é a única forma de salvação", disse Dom Orlando. E Dom Angélico acrescentou que os casais que vivem esta situação "podem recorrer ao Tribunal Eclesiástico e, muitos casos podem ter uma solução e ser regularizados com a nulidade matrimonial". Mensagem dia 1º de maioDom Angélico falou sobre a mensagem da CNBB para o Dia do Trabalhador e disse que, como já dizia João Paulo II, "o trabalho é a chave, talvez, a mais importante na solução da problemática social". E a CNBB fez uma nota "clamando por trabalho para todos os homens e todas as mulheres capazes de trabalhar" e convidou a todos os intelectuais a darem as mãos "neste clamor por trabalho e para que haja uma remuneração efetivamente digna". "Nós temos que defender novas frentes de trabalho", enfatizou e recordou que 1º de maio é um dia de luta e de luto, pelos que deram a vida pela dignidade no trabalho. O bispo defendeu ainda que é preciso apoiar as justas reivindicações das classes dos trabalhadores e suas localizações e afirmou "eu acredito que a Economia Mundial possa ser reorientada". Bispos EméritosDom Angélico, emérito há menos de um mês, comentou o pronunciamento feito por ele, ontem, ao bispos, onde pediu concretamente que o assunto "bispos eméritos" esteja na pauta das próximas assembleias. Atualmente 139 bispos são eméritos no Brasil. "Pedimos que hajam encontros dos bispos eméritos em âmbitos regionais, e que, também cada regional tenha um bispo para os acompanhar. Pedimos também que haja uma consideração carinhosa e que essa consideração seja levada à Roma, para que os bispos continuem a pertencer á CNBB", disse. O bispo pediu ainda aos teólogos do Brasil, que aprofundem a situação dos bispos eméritos, e pediu às dioceses que os acolham na fraternidade, no trabalho e nos múltiplos aspectos que envolvem suas vidas".Tema Central da AssembleiaDom Leonardo falou do empenho dos bispos na revisão do Documento sobre a Formação Presbiteral, desde antes da assembleia. "Foi um longo caminho, primeiro foi nomeado uma comissão procurando recolher as experiências formativas, depois foi nomeada uma segunda comissão que procurou reelaborar o Documento a partir dos dados recolhidos. E o que temos agora é fruto das discussões dos grupos feitos na assembleia e das emendas apresentas", explicou. O bispo disse que o documento, em sua primeira parte, fala destes desafios, e, em seguida, coloca a identidade do presbítero, e procura fornecer os meios para sua formação no Brasil. "O Documento não é uma norma, mas são diretrizes que "querem dar direção à formação, dar os meios para que a formação seja frutífera. Para que os padres sejam missionários, pastores".

Dom Angélico fala sobre o bispo emérito na Assembleia da CNBB


Nesta quarta-feira, 29, o bispo emérito de Blumenau (SC), dom Angélico Sândalo Bernardino, fez um comovente pronunciamento em nome dos eméritos durante a 47ª Assembleia Geral da CNBB, em Itaici, Indaiatuba (SP). Dom Angélico questionou a determinação, presente no estatuto das Conferências Episcopais “por determinação superior”, que exclui os eméritos de pertencerem à Conferência Episcopal.
“Tal medida é tida por muitos bispos eméritos como discriminatória, marginalizadora, em Igreja que tanto milita pela inclusão de todos, com especial cuidado pelas crianças e idosos”, disse dom Angélico. “A exclusão não condiz com o sonho – determinação de Jesus, exigindo de nós a comunhão; afirmando-nos ‘vocês todos são irmãos’”, disse.
Para dom Angélico, o bispo emérito precisa de “carinho, ternura, respeito, atenção e amor” além de trabalho pastoral. “Não nos esqueçamos de que Jesus Ressuscitado nos dirá, na aurora da eternidade: Eu era idoso, bispo emérito, e você me acolheu”.
O bispo conclui apresentando à CNBB pelo menos sete pedidos entre eles que, na visita ad limina (visita que os bispos fazem ao papa e aos dicastérios da Santa Sé a cada cinco anos), “os regionais levem ao Santo Padre, à Congregação para os bispos, em nome da comunhão episcopal, a necessidade de não se excluir o bispo emérito da Conferência Episcopal”.
Outro pedido apresentado por dom Angélico é que o assunto “bispos eméritos” continue presente nas outras assembleias da CNBB e que haja encontros regionais e inter-regionais dos eméritos “para aprofundamento de sua vida e ministério”.
Em 2006 foi criada, pela CNBB, uma “Subcomissão” de bispos para acompanharem os bispos eméritos em nome da CNBB. Sob a presidência de dom Esmeraldo Barreto de Farias, esta subcomissão fez uma pesquisa sobre a realidade dos eméritos cujos números dom Angélico apresentou à assembleia. Responderam à pesquisa 98 bispos.
Homenagem
A missa da 47ª Assembleia da CNBB, nesta quinta-feira, 30, foi marcada pela homenagem prestada aos bispos eméritos. Presidida pelo bispo emérito de Mogi das Cruzes (SP), dom Paulo Antonino Mascarenhas Roxo, a celebração contou com a presença de 20 eméritos. Segundo dados da CNBB, no Brasil há 147 bispos eméritos.
Em sua homilia, dom Paulo lembrou que “Deus nos atrai” para seu serviço. Ao final da cerimônia, cada emérito recebeu como lembrança a “Capelinha Missionária”, símbolo da Missão Continental no Brasil.

Assembleias da CNBB vão se transferir para Aparecida



A partir de 2011 as assembleias da CNBB, maior conferência episcopal do mundo, serão realizadas em Aparecida. A decisão foi tomada nesta quarta-feira, 29, pela 47ª Assembleia dos bispos. Em 2010, a reunião será em Brasília por causa do Congresso Eucarístico, organizado pela arquidiocese da capital federal.Realizada há 33 anos na Casa de Retiros Vila Kostka, dos padres jesuítas, em Itaici, Indaiatuba (SP), a Assembleia da CNBB exige uma grande infra-estrutura, começando pela hospedagem. Atualmente, mais de 60 bispos têm que se hospedar em hotéis da cidade por falta de quartos disponíveis na casa.A discussão quanto ao local das assembleias já dura alguns anos. O arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno, apresentou um projeto do Santuário de Aparecida, já em andamento, de construção de instalações com condições para atender à CNBB. São hotéis, auditórios e salas de reuniões para, pelo menos, 500 pessoas.Foram apresentados também outros dois projetos. Um da arquidiocese de Brasília e outro da própria Casa de Retiros Vila Kostka. A maioria dos bispos, no entanto, votou pela saída de Itaici para Aparecida.

CNBB dedica Celebração Eucarística aos bispos eméritos



A Celebração Eucarística desta quinta-feira, 30, na 47ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) presidida pelo Bispo emérito de Mogi das Cruzes (SP) Dom Paulo Antonino Mascarenhas Roxo foi dedicada aos bispos eméritos.
Em sua homilia Dom Paulo ressaltou que os fiéis são atraídos por Deus, que é o Senhor quem os atrai para si. "Não somos nós os protagonistas, pois a ação é do Senhor, é gratuita, livre", assegurou.
Segundo o bispo, a ação do Senhor é muito sutil, quase sedutora em relação ao homem, e, quem sabe, constatou ele, pode até gerar revolta. "Mas longe de nos revoltarmos contra quem nos fez cair em Sua rede, nós agradecemos por um grande amor que precedeu as nossas escolhas", enfatizou.
Em continuidade aos trabalhos da assembleia, nesta manhã os bispos irão discutir sobre a Missão Continental e a Campanha de Evangelização.

Bispo Emérito
Título conferido a um bispo diocesano cuja renúncia foi aceita. Normalmente o bispo diocesano apresenta a renúncia após completar 75 anos de idade

quarta-feira, 29 de abril de 2009

29 de Abril - Santa Catarina de Sena - Virgem e Doutora


Neste dia, celebramos a vida de uma das mulheres que marcaram profundamente a história da Igreja: Santa Catarina de Sena. Esta mulher, que foi reconhecida como Doutora da Igreja, era de uma enorme e pobre família de Sena, na Itália, onde nasceu em 1347.
Tendida à oração, silêncio e penitência, não se consagrou em uma congregação, mas continuou, no seu cotidiano dos serviços domésticos, a servir a Cristo e Sua Igreja, já que tudo o que fazia, oferecia pela salvação das almas. Através de cartas às autoridades, embora analfabeta e de frágil constituição física, conseguia mover homens para a reconciliação e paz como um gigante.
Dotada de dons místicos, recebeu espiritualmente e realmente, as chagas do Cristo; além de manter uma tão profunda comunhão com o pai, que deu origem à sua obra: “O Diálogo”. Comungando também com a situação do seu povo, ajudou em muito, socorrendo o povo italiano, que sofria com uma peste mortífera e, com igual amor socorreu Igreja que, com dois Papas, sofria divisão, até que Catarina, santamente, movimentou os Céus e a terra, conseguindo assim. Banir toda confusão. Morreu no ano de 1380, repetindo: "Se morrer, sabeis que morro de paixão pela Igreja".
Santa Catarina de Sena, rogai por nós!

Aprovado por unanimidade o novo documento sobre a formação dos padres


A Assembleia da CNBB acaba de aprovar, por unanimidade, o novo documento sobre a formação dos padres. Intitulado Diretrizes para a formação dos presbíteros da Igreja no Brasil, o novo documento recebeu o “sim” dos 267 votantes.
“Esta aprovação por unanimidade manifesta a unidade e a comunhão do episcopado brasileiro. Mostra, ainda, a disposição dos bispos em apoiar e acolher de forma efetiva as novas Diretrizes”, comemorou o presidente da Comissão responsável pela elaboração do texto, dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Teresina (PI). Segundo dom Sérgio é muito difícil um documento ser aprovado por unanimidade.
A formação dos padres é o tema central da 47ª Assembleia Geral da CNBB que se realiza em Itaici, Indaiatuba (SP), desde o dia 22. O fim da Assembleia será na sexta-feira, 1º, com uma coletiva de imprensa quando a Presidência da CNBB apresentará aos jornalistas um balanço do encontro que abordou outros temas como a Iniciação Cristã e O Brasil na Missão Continental.
O novo documento aprovado hoje não será divulgado. Ele se manterá em reserva até que seja encaminhado à Congregação para a Educação Católica, em Roma, para obter a aprovação final. Com um pouco mais de 300 parágrafos, o texto foi dividido em três partes e aprovado em sua quarta versão.

Celebração Eucarística homenageia bispos jubilandos de 2009



A Celebração Eucarística desta quarta-feira, 29, na 47ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, foi presidida pelo Arcebispo de Manaus (AM) e vice-presidente da CNBB, Dom Luiz Soares Vieira, que prestou homenagem aos bispos jubilandos que, em 2009, estão completando 25 anos de ordenação episcopal. O arcebispo pregou sobre o livro bíblico Atos dos Apóstolos, referindo-se ao surgimento da comunidade da Igreja, que estava atenta aos ensinamentos dos apóstolos, mas não realizava os sonhos de Deus por completo, visto que não se dava conta de que a Igreja é para o outro, para outros povos, outras culturas. De acordo com o prelado era preciso que aquela comunidade se abrisse, mas isso não aconteceu e, com o tempo, seus membros se dispersaram. Comparando os fatos narrados na primeira leitura aos dias atuais, o arcebispo diz ser necessário que a comunidade saia e leve ao mundo inteiro a Boa Nova do Evangelho, que é Jesus Cristo: a solução para os problemas mais íntimos que o homem tem dentro de si.“A comunidade tem que fazer com que Jesus seja a resposta para os anseios e que todos se salvem e encontrem o caminho de Deus”, ressaltou.O presidente da celebração também fala sobre a importante história de Santa Catarina de Sena, cuja festa é comemorada hoje pela Igreja, recordando aos presentes que Deus é sempre inesperável e que, com o início do ministério episcopal, os bispos também passam a enfrentar o desconhecido. Deus os escolheu para serem servidores da unidade e da comunhão, as quais se fazem no pastoreio, na Palavra e na liturgia, sobretudo na Eucaristia. Durante esta manhã, os 330 bispos se reunirão para dar continuidade ao tema deste encontro: “Formação presbiteral: diretrizes e desafios” e lançar o anuário católico.

Bispos falam sobre Congresso Eucarístico e migrantes na coletiva


A coletiva de imprensa desta tarde, 29, abordou o Congresso Eucarístico de 2010, em Brasília, a nota publicada pela CNBB pelo Dia do Trabalhador, os textos litúrgicos aprovados na Assembleia e a questão da mobilidade humana - migrações e refugiados. Marcaram presença o Arcebispo de Brasília, Dom João Braz de Aviz, o Arcebispo de São Luiz do Maranhão e membro da Comissão de Tradução dos Textos Litúrgicos, Dom José Belisário da Silva, e o Arcebispo de Botucatu (SP) e responsável pelo Setor Mobilidade Humana da CNBB, Dom Maurício Grotto de Camargo. Como é costume, todos os anos a CNBB publica um comunicado sobre o Dia do Trabalhador, explicou Dom João Belisário, e acrescentou que este ano, o dia 1º de maio acontece no contexto da crise econômica mundial, que atinge todos nós, mas de uma maneira especial atinge os trabalhadores. Dom João afirmou ainda que a crise pode dar oportunidades de mudanças necessárias à ordem econômica. "A nota faz soar o clamor dos trabalhadores por vida e dignidade. E os convida a manter viva a fé, a esperança e a alegria em Jesus Ressuscitado", destacou. Sobre a Comissão de Textos Litúrgicos (Cetel), Dom Belisário disse que o textos oficiais traduzidos foram votados pelos bispos nesta tarde, principalmente as orações litúrgicas. "Os textos oficiais são a oração da Igreja. A fé se manifesta na maneira de rezar e a mesma lei que orienta a fé orienta também a nossa oração. Por isso, é importante que os textos que rezamos em nossa assembleia sejam bem trabalhados", declarou o bispo. Dom Mauricio comentou sobre a preocupação da Igreja com os migrantes e refugiados e sua ação evangelizadora e missionária. O bispo destacou que, todos os anos, milhares de pessoas migram ou são obrigadas a migrar por diversas causas, entre elas, a falta de oportunidades, a violência e a situação econômica. Neste contexto, o setor Mobilidade Humana, quer ser presença, com objetivo de promover a acolhida destes migrantes, articular as pastorais para auxiliá-los e, sobretudo, atuar na defesa dos direitos dos migrantes e itinerantes. Segundo ele, o centro das preocupações da Igreja é o tráfico de pessoas que movimenta o terceiro maior volume de dinheiro no mundo, logo após o tráfico de drogas e armas. "Quanto a esta questão, o tráfico de pessoas se diversificou muito, em vista da prostituição e trabalho escravo. É preciso desenvolver um trabalho de prevenção e conscientização, assistência às vítimas e atuar, também, na denúncia, colocando na pauta da mídia. E por fim, uma ação que se refere às políticas públicas que favoreçam a acolhida dos migrantes e as leis referentes a atenção e assistência, além de acompanhamento e punição dos responsáveis", enfatizou.Dom João Braz falou sobre o Congresso Eucarístico que acontecerá em Brasília, no ano que vem, por ocasião da comemoração dos 50 anos da fundação da cidade. "Desde 2004, quando fui para Brasília, pensei como seria o Jubileu de Ouro, que também é da Igreja, para que pudéssemos celebrar de modo especial este acontecimento. Então veio a idéia do Congresso Eucarístico Nacional, uma ocasião em que a Igreja coloca mais publicamente sua fé em Cristo". Esta será a segunda vez que um Congresso Eucarístico acontece na capital brasileira. A primeira foi durante os 10 anos de fundação de Brasília. O encontro acontecerá de 13 a 16 de maio de 2010, na Esplanada dos Ministérios. "É um trabalho intenso e esperamos que seja um momento de manifestação de muita fé", disse Dom João.

Mensagem da CNBB para o Dia do Trabalhador



"Neste ano, o dia 1º de maio acontece no contexto da crise que assola o conjunto da economia mundial. A crise mostra a sua face mais cruel ao se deslocar do capital financeiro para o setor produtivo, dizimando milhares de postos de trabalho, na cidade e no campo".
Este é um dos trechos da mensagem da CNBB para o Dia do Trabalhador, aprovada ontem, 28, pela 47ª Assembleia Geral da Conferência dos Bispos do Brasil, reunidos em Indaiatuba (SP) desde o dia 22.
A Mensagem dos bispos lembra que este tempo de crise representa "oportunidades para as mudanças necessárias em direção a uma nova ordem econômica”. Diz ainda que, “nesse contexto, a Igreja faz ressoar o clamor dos trabalhadores por vida e dignidade".
"A CNBB confirma seu compromisso em favor dos direitos sociais do povo e, em especial, dos direitos trabalhistas e dos esforços para consolidar as suas organizações", diz o texto.

MENSAGEM DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL

PARA O DIA DO TRABALHADOR - 1º DE MAIO

"O salário que vós deixastes de pagar está gritando e o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor" (Tg 5,4).
Ao celebrar o Dia do Trabalhador, a CNBB confirma seu compromisso em favor dos direitos sociais do povo e, em especial, dos direitos trabalhistas e dos esforços para consolidar as suas organizações. Expressa também a solidariedade com todos os desempregados, vítimas da crise ou dos que se aproveitam dela. Os princípios da Doutrina Social da Igreja - a dignidade da pessoa humana, a destinação universal dos bens da terra e a prioridade do trabalho sobre o capital - inspiram alternativas para uma nova ordem econômica, em vista de um mundo justo e solidário.
Neste ano, o dia 1º de maio acontece no contexto da crise que assola o conjunto da economia mundial. A crise mostra a sua face mais cruel ao se deslocar do capital financeiro para o setor produtivo, dizimando milhares de postos de trabalho, na cidade e no campo. Os países e as populações pobres sofrem mais diretamente as conseqüências do atual modelo capitalista de desenvolvimento, incapaz de assegurar a dignidade humana, garantir os direitos sociais básicos e preservar a vida em nosso planeta.
Na origem da crise estão o sistema neoliberal globalizado e a falta de ética na economia e na regulamentação do mercado, gerando corrupção e especulação. O mercado financeiro, na medida em que comanda as relações dos seres humanos entre si e com a natureza, reforça o consumismo comprometendo a justiça social e o equilíbrio ambiental. A crise financeira e econômica é apenas uma parte da crise mais profunda que é social, política, cultural, ambiental, ética e espiritual. Todas essas dimensões devem ser consideradas com coragem e lucidez, na busca de uma saída sustentável.
A crise atinge, sobretudo, os trabalhadores, os pobres, as pequenas e médias empresas. Os bancos recebem verbas milionárias dos governos para salvar o sistema financeiro. No entanto continuam as demissões, levando muitas pessoas a buscarem sua sobrevivência no trabalho informal. Tal situação corre o risco de ser agravada, caso seja aprovada a Proposta de Emenda Constitucional sobre a Reforma Tributária, do modo como está sendo apresentada. Ela atingiria o cerne do sistema de Seguridade Social e reduziria gravemente a proteção de mais de 36 milhões de trabalhadores aposentados e pensionistas.
Os tempos atuais, mesmo difíceis, representam oportunidades para as mudanças necessárias em direção a uma nova ordem econômica. Nesse contexto, a Igreja faz ressoar o clamor dos trabalhadores por vida e dignidade. As aspirações do povo trabalhador, por meio de suas organizações, indicam caminhos para a consolidação dos direitos, tais como: não às demissões, valorização das aposentadorias, queda nos juros, redução da jornada de trabalho sem redução dos salários, reforma agrária e fortalecimento da agricultura familiar e agro-ecológica, combate ao trabalho escravo e degradante, valorização dos movimentos de trabalhadores desempregados, incentivo às iniciativas de economia popular solidária, investimento nas políticas públicas de saúde, educação e moradia.
A CNBB convida trabalhadoras e trabalhadores a manterem viva a fé, a esperança e a alegria em Jesus Cristo Ressuscitado. Que Nossa Senhora Aparecida e São José Operário, o Carpinteiro de Nazaré, intercedam junto a Deus, a fim de que as mais copiosas bênçãos sejam derramadas sobre todos os que, irmanados pelos laços do trabalho, constroem o nosso País.

Indaiatuba- SP, 28 de abril de 2009.

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana-MG
Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus-AM
Vice-Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro-RJ
Secretário Geral da CNBB

terça-feira, 28 de abril de 2009

Dom Helder Câmara brilha na 47ª Assembleia da CNBB





A voz de dom Helder Câmara foi ouvida novamente em sua histórica oração “Mariama”, na noite de ontem, 27, no auditório Rainha dos Apóstolos, na 47ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que acontece até o próximo dia 1º de maio, em Itaici, município de Indaiatuba (SP).
“Dom Helder foi um homem de muita atividade e grandes iniciativas que recebeu de muitos o reconhecimento pela sua atuação em favor da paz e da justiça”, disse o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha. O presidente também citou os prêmios recebidos por dom Helder, os livros publicados e as entidades das quais o arcebispo de Olinda e Recife participou ao longo de sua vida. “Dom Helder foi membro de mais de 40 entidades internacionais. Publicou mais de 20 livros. Cerca de 30 cidades lhe concederam o título de cidadão honorário. Recebeu 25 Prêmios nacionais e estrangeiros. Foi-lhe conferido o título de Doutor honoris causa por mais de 30 Universidades de várias partes do mundo”, lembrou dom Geraldo.
A amiga e colega de trabalho do Dom, como dom Helder era conhecido, Marina Bandeira contou sobre o trabalho do arcebispo no Rio de Janeiro. Um dos trabalhos marcantes, segundo a educadora e ex-secretária do Movimento de Educação de Base (MEB), a Cruzada de São Sebastião, foi uma idealização de dom Helder que consistiu na construção de um conjunto habitacional localizado no bairro do Leblon, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. A obra foi inaugurada em 29 de outubro de 1955.
O arcebispo emérito da Paraíba, dom José Maria Pires, também deu seu testemunho sobre o papel de dom Helder na Igreja do Brasil ao longo do século XX. “Dom Helder ficou marcado pelos grandes contextos sociais de seu tempo, principalmente no âmbito do Regime Militar, pelo qual foi acusado de ser comunista”. De acordo com o arcebispo, dom Helder foi o grande responsável de “projetar nas questões sociais de seu tempo a luz do Evangelho”.
Um dos cantos entoados pelo coral arquidiocesano de Campinas (SP) que emocionou os participantes da sessão foi “O Pastor da Paz”, composição do padre José Freitas Campos, que lembrou a figura de dom Helder. RepercussãoDe acordo com o arcebispo de Brasília, dom João Braz de Aviz, a figura de dom Helder é emblemática e singular no seu modo de ser, um exemplo a ser seguido pelo episcopado brasileiro. “Dom Helder para nós é uma figura em cujo lugar não é possível colocar outra igual. Ele tem uma beleza, uma luz, um profetismo, que ocupou um momento histórico como símbolo eclesial e importante do nosso povo que nós não podemos diminuir, nem esquecer. Precisamos compreender dom Helder de modo profundo porque ele traz de volta um aspecto do Evangelho que nós tínhamos esquecido e deixado de lado. Penso também que, em torno da figura de dom Helder e de sua vocação de bispo e de fé, nós podemos revisar o caminho que nós fizemos em torno da Teologia da Libertação. Em Cristo nós temos que reencontrar essa ligação com o pobre”, sublinhou.
Já o arcebispo de Salvador (BA), cardeal Geraldo Majella Agnelo, definiu a sessão como um momento de recordação e de graça. “Para nós foi um momento de muitas recordações e de muita gratidão a ele. Dom Helder foi um lutador sem medo, sem ficar na escuridão, no esquecimento durante sua vida e sua missão. Ele pregou o Evangelho do amor, do perdão, da misericórdia e esteve sempre ao lado das causas mais difíceis. Nós, que convivemos com dom Helder pessoalmente, podemos resumir esta noite como um momento de recordação e de graça”.

Bispos falam de CEBs e reforma agrária


Na coletiva desta terça-feira, 28, na 47ª Assembleia da CNBB, os bispos falaram sobre as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e sobre a 12ª Intereclesial, encontro que vai acontecer pela primeira vez na Amazônia, entre os dias 21 a 25 de julho. Estiveram presentes, o responsável pelo evento, Dom Moacyr Grechi, o bispo responsável para as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Dom Adriano Ciocca, e o presidente nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom Ladislau Biernaski.Dom Adriano destacou que após um momento de parada para retormar o fôlego, as CEBs tiveram que mudar um pouco o perfil e, hoje, vivem um momento interessante, "estão muito vivas e numa grande fase de renovação". Ao partilhar sua experiência, Dom Moacyr recordou que é bispo há 37 anos na região Amazônia, sendo 27 deles no Acre e, agora, em Rondônia. Disse ainda que, nessa região, as CEBs são os únicos modos de viver as propostas de Jesus Cristo. As comunidades se destacavam por procurar viver o amor fraterno, com partilha e expressões de amor. E fez o convite para a 12ª Intereclesial que será centrada na CEB e o meio ambiente. "Como viver nesta Amazônia tão diferente e levar a frente sua missão eclesial neste ambiente?", indagou. Já Dom Ladislau enfatizou as prioridades da CPT que quer reativar e dinamizar a questão da reforma agrária no país. O bispo lembrou também as bandeiras levantadas pela comissão de lutar pelo fim do desmatamento na Amazônia, para que a floresta seja regenerada, e a luta contra a "contra-reforma" - o avanço do hidro-negócio, as melhores terras para a produção de biocombustíveis e as inferiores para a produção de alimentos. "Se tivermos poucos alimentos, eles vão subir o preço e quem não vai ter acesso serão os pobres", explicou. E destacou também o apoio e trabalho em favor dos sem-terra e as lutas para os que estão na terra possam melhorar sua vida e, assim, permanecer, sem ir para as cidades e encher as periferias

Celebração Ecumênica na 47ª AG



Na noite de ontem, 27, aconteceu no auditório Rainha dos Apóstolos, na cidade de Indaiatuba (SP), uma Celebração Ecumênica com representantes de diversas Igrejas Cristãs. A cerimônia fez parte da programação da 47ª Assembleia Geral da CNBB e acontece todos os anos.
A cerimônia foi presidida pelo arcebispo de Montes Claros (MG) e presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e Diálogo Interreligioso, dom José Alberto Moura. Estiveram presentes representantes das igrejas anglicana, luterana, presbiteriana unida, ortodoxa antioquinas, além de representantes da Coordenadoria Ecumênica de Serviços e da Comunidade Carisma.
O primaz da Igreja Anglicana no Brasil, dom Maurício Andrade fez a reflexão bíblica inspirando-se no apóstolo São Paulo. “Indo ao encontro do bem comum, temos que viver as diferentes realidades das diferentes sociedades para alcançarmos o bem comum. A maior peregrinação do ser humano é a peregrinação interior”, explica dom Maurício.
Prosseguindo a cerimônia, foi rezado um Pai Nosso e, ao final, houve um momento de confraternização entre todos os presentes, onde os participantes se abraçaram e se emocionaram.
Para a coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, ligada a CNBB, Zilda Arns Neumann, a cerimônia marca com satisfação o encontro entre as Igrejas. “Vejo com bons olhos o encontro das Igrejas do Brasil, caminhando juntas, de mãos dadas. Essa Cerimônia Ecumênica me tocou bastante”.
Em entrevista para a CNBB, dom Maurício Andrade explica a importância da participação na cerimônia. “Para nós da Igreja Anglicana é uma alegria e uma importância muito grande participar da 47ª Assembleia Geral da CNBB porque é mais um gesto de caminho do sonho ecumênico. E aqui nos congratulamos com todos os bispos nessa caminhada que é desenvolvida, discutida e aprovada aqui, nesta assembleia. Nesse dia especial, o ecumenismo mostra que é retrato de integração, unidade das igrejas em estarmos juntos, caminharmos num mesmo sentido, por isso a importância única desse evento em Itaici”, relata.
Para dom José Alberto Moura a cerimônia mostra que as Igrejas são parceiras e podem caminhar juntas em busca do bem comum. “Infelizmente podemos estar separados pelas divergências históricas, mas unidos no amor de Deus. Temos que fazer um esforço para nos compreendermos mais, sermos mais fraternos. Se caminharmos sozinhos teremos muitas dificuldades, por isso devemos sempre nos apoiar em nossos irmãos, assim Jesus nos ensinou, e assim devemos agir”, falou o arcebispo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Documento de formação presbiteral em fase final de elaboração







Nesta segunda-feira, 27, na Assembleia Geral da CNBB, os bispos intensificaram os debates em torno do novo documento de orientação para a formação sacerdotal.De acordo com o Arcebispo de Brasília, Dom João Braz de Aviz, o documento está em fase final e terá cerca de 400 itens. As últimas orientações, por exemplo, para a formação de seminaristas é da década de 1980 e dos sarcedotes data de 1995. Com isso, o documento vai incluir as novas questões da formação, preservando os valores essenciais do ministério sacerdotal. Após a redação final, o documento será levado ao Vaticano para aprovação final."O ministério do padre é um dom de Deus para a Igreja e para o mundo. Por isso, deve responder sempre às necessidades colocadas na atualidade", declarou o arcebispo.Durante a elaboração do documento, segundo Dom João Braz, a CNBB envolve, como é característico nas assembleias, todos os bispos e as propostas trazidas das dioceses.

Arquidiocese de Brasília 2010

Além de acolher a próxima Assembleia Geral da CNBB e comemorar seu jubileu de ouro, a Arquidiocese de Brasília, em 2010, vai sediar o XVI Congresso Eucarístico Nacional, de 13 a 16 de maio. O tema do encontro será "Eucaristia, pão da unidade dos discípulos missionários", a partir do qual se refletirá sobre a Eucaristia como a presença de Jesus que une as comunidades e os carismas. "Jesus atrai os diferentes dons sem desfazer a diversidade, mas unindo todos na mesma família", ressaltou o arcebispo da capital.E a partir do lema "Fica conosco, Senhor", o congresso pretende despertar nos cristãos a necessidade de clamar a presença do Cristo, em meio à deficiência de valores da sociedade. Dom João Braz afirmou que "Jesus deve ser a nossa esperança que nos faz olhar para os problemas e saber que a Eucaristia aponta uma aurora diante dos crepúsculos da sociedade".Na organização do evento estão envolvidas, aproximadamente, duas mil pessoas e o congresso será precedido pela Assembleia dos bispos. O prelado também recorda que no dia 3 de maio de 2010, quando os bispos estarão reunidos em assembléia, se completarão 53 anos da primeira Missa celebrada em Brasília, como um dos primeiros atos oficiais da criação do distrito federal.

Dom Erwin pede que causa indígena não fique esquecida


Povos indígenas e a Missão continental foram os temas principais da coletiva de imprensa desta segunda-feira, 27, que contou com a presença do presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e Bispo da Prelazia do Xingu (PA), Dom Erwin Kräutler; do presidente da Comissão do projeto "O Brasil na Missão Continental e Bispo de Ponta Grossa, Dom Sérgio Braschi, e do presidente do Regional Nordeste 2 da CNBB (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte e Bispo de Olinda (PE), Dom Antônio Muniz. Dom Erwin comentou sobre sua colocação na assembleia, no sábado de manhã, e recordou a situação vivida na Raposa Serra do Sol, destacando que foi uma vitória após longos anos de lutas. Contudo, a demarcação da terra indígena não significa que a questão esteja resolvida, pois outras áreas indígenas demarcadas continuam a ser invadidas. Pediu ainda que a causa indígena não ficasse esquecida pela imprensa. No relatório, distribuído à imprensa esta tarde, o bispo apresenta as condições precárias em que vivem os índios no Brasil, o descaso diante das inúmeras epidemias que atingem os povos indígenas, a discriminação, o aumento do número de assassinatos e recordou que a Constituição Brasileira defende os direitos dos índios: "eles são cidadãos brasileiros legítimos e, entretanto, vivem outra cultura. Não podemos permitir que eles sejam regidos pelos mesmos parâmetros que a sociedade ocidental. Eles tem outras culturas, outras tradições, no entanto, pertencem ao Brasil".
E disse que continua "defendendo os povos indígenas como vítimas, pois são secularmente agredidos, e se alguma vez acontece algum revide, eu creio que não dá pra julgar sem saber quem provocou isso".O bispo criticou a atitude da justiça em colocar em liberdade um dos mandantes da brutal morte de Irmã Dorothy, visto que ele foi condenado diante de evidências irrefutáveis. Disse que "há mais gente que encomendou e é responsável pela morte da irmã". Questionado sobre sua postura em relação ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Dom Erwin definiu o programa do governo de autoritário, pois determina as ações e investimentos sem consultar as pessoas interessadas, as que moram perto dos projetos. "Acho que todo brasileiro e brasileira tem direito de opinar. Quando se trata de uma cidade que vai ser inundada, o morador tem direito de falar se quer ou não", enfatizou. O Pará é o estado mais rico do Brasil, "na Serra dos Carajás, diariamente, milhões de toneladas de minério estão sendo exportados. Mas qual a dádiva? Qual a contribuição que o próprio Pará recebe? O PAC é feito em Brasília e incide sobre o Brasil sem consultar os povos atingidos". Missão ContinentalDom Sergio falou sobre o projeto "O Brasil na Missão Continental" e destacou que o objetivo é despertar o impulso da consciência missionária e para a defesa da vida em nosso continente. "Encontramos tantas ameaças e a violência traz um grande desafio e uma grande convocação para nós, que somos discípulos, para que possamos defender e trazer uma vida digna para os povos indígenas, para todas as pessoas, para os que moram nas periferias". O bispo explicou o "permanente estado de missão", convite da Missão Continental. "Não se trata de algo momentâneo, se trata de provocar um estado permanente de difusão da Boa Nova de Cristo. Por isso que precisamos fazer formação. Nós vivemos ainda uma mentalidade de tradição, prática tradicional e, sobretudo, uma pastoral que 'Aparecida' chama de mera manutenção. Temos que nos voltar para fora, isso supõe a busca dos que estão afastados, que foram batizados, mas não estão inseridos nas graças que Cristo nos traz. Supõe uma conversão pessoal e uma conversão pastoral, passar para uma outra atitude do modo como vivemos".

CNBB faz memória a dez bispos falecidos





Os bispos reunidos em Itaici (SP) retomaram hoje, 27, os trabalhos da 47ª Assembleia da CNBB, interrompidos no sábado pela manhã por causa do dia de espiritualidade. Durante toda a manhã, os bispos estudam a terceira versão das novas diretrizes da formação dos presbíteros, documento que será aprovado pela Assembleia.Na missa, às 7h, presidida pelo bispo de Uruguaiana, dom Aloísio Dilli, foi feita a memória dos dez bispos que morreram desde a última assembleia dos bispos. “Nossos Irmãos falecidos, em vida, alimentaram constantemente a esperança de plena comunhão com o Senhor, o Ressuscitado. Assim cremos que esteja acontecendo. É o mesmo Senhor que agora está entre nós, que ainda peregrinamos neste mundo! Está na assembléia reunida na fé, no anúncio da Palavra, em cada pessoa identificando-se de modo particular com os pequeninos, os pobres, os que sofrem e os que são mais necessitados (PdeC 23); e estará conosco, sobretudo, ao partirmos o Pão da vida”, disse dom Dilli.Faleceram, desde a última assembleia, dez bispos eméritos: dom Paulo Eduardo Andrade Ponte, arcebispo emérito de São Luís do Maranhão; dom José de Almeida Batista Pereira, bispo emérito de Guaxupé (MG); dom Olívio Aurélio Fazza, bispo emérito de Foz do Iguaçu (PR); dom Bruno Maldaner, bispo emérito Frederico Westphalen (RS); dom José Bezerra Coutinho, bispo emérito de Estância (SE); dom Augusto Petró , bispo emérito de Uruguaiana (RS); dom Antônio Sarto, bispo emérito de Barra do Garças (MT); dom Affonso Felippe Gregory, bispo emérito de Imperatriz (MT); dom José Carlos de Lima Vaz, bispo emérito de Petrópolis (RJ); dom Benedito Domingos Vito Coscia, bispo emérito de Jataí (GO).

Arquidiocese de São Paulo acolhe bispos do Brasil em dia de peregrinação








Cerca de 300 bispos saíram em peregrinação na tarde deste domingo, 26, da Casa de Retiros Vila Kostka, em Itaici, município de Indaiatuba (SP), para a catedral da Sé, em São Paulo (SP), que aguardava lotada os prelados. Presidida pelo núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri, a celebração concluiu o retiro da CNBB, orientado pelo bispo emérito de Uruguaiana, dom Ângelo Salvador Domingos, que proferiu a homilia na catedral de São Paulo.
Dom Ângelo trouxe o exemplo do apóstolo Paulo para os dias de hoje caracterizando-o como “dedicado missionário que possibilita a descoberta da riqueza do amor de Cristo que a nós se entregou”. Recordando a Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, que aconteceu em maio de 2007, em Aparecida (SP), o bispo emérito de Uruguaiana destacou a importância da Igreja recepcionar o Documento de Aparecida (DAp) e assumir o caráter missionário.
“Aparecida nos convida para o grande desafio de progredir e nos transformar de Igreja comunidade para Igreja Missionária, integradora. A grande diferença nesse processo é que a Igreja que antes era voltada a nós passa a voltar-se aos outros”, sublinhou o bispo.
Logo após a celebração, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Lyrio Rocha, agradeceu a dom Ângelo pelo “inspirador retiro” e disse ser o bispo um exemplo “pela sua coragem de fé”. O núncio apostólico acentuou sua alegria com a conclusão do retiro, que contou com a participação dos fiéis de São Paulo. Já o anfitrião, o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, disse ter sido a celebração um momento de graça dos bispos e do povo da arquidiocese de São Paulo.
“Foi um momento bonito do Ano Paulino em que os bispos da CNBB puderam celebrar em peregrinação com o povo de São Paulo, na catedral onde o apóstolo é venerado como patrono da nossa arquidiocese. Portanto, é muito significativo, dentro do contexto do dia de espiritualidade da Assembleia, que falava justamentedo apóstolo Paulo e da missão do bispo. Foi um momento de graça, de estímulo e de um testemunho bonito para o nosso povo”, disse dom Odilo.
Para o bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo, dom Pedro Luiz Stringhini, celebrar o terceiro domingo da Páscoa, na catedral da Sé, foi um momento de muita alegria e muita graça para todos os presentes e para aqueles que acompanharam pela TV em todo o Brasil.
“Foi muito bonito os bispos e o povo se encontrarem. A iniciativa do nosso cardeal, dom Odilo Scherer, foi gratificante para os presentes e todos que acompanharam pela televisão. Dom Odilo tem sido atencioso em celebrar o Ano Paulino. Esse momento reforçou a celebração desse Ano, principalmente para nós que temos o apóstolo Paulo como padroeiro da nossa arquidiocese”, afirmou dom Stringhini.
O bispo de Catanduva (SP) e referencial do Setor Leigos da CNBB, dom Antônio Celso de Queirós, também acentuou que a peregrinação representou um momento de encontro do episcopado com o povo da arquidiocese de São Paulo. “Foi uma bela celebração com a qual o povo vibrou muito. A missa fechou muito bem o retiro dos bispos, mais do que em outros anos, que não teve uma peregrinação dessas”. Ainda de acordo com dom Celso, a peregrinação reforçou a unidade dos bispos em torno da CNBB

domingo, 26 de abril de 2009

III Domingo da Páscoa - Ano B


Leituras : 1ª Leitura At 3,12-15.17-19 Salmo Responsorial 4 2ªLeitura 1Jo 2,1-5 Evangelo Lc 24,35-48

— O Senhor esteja convosco! — Ele está no meio de nós! — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.— Glória a vós, Senhor!Naquele tempo, 35os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”.40E, dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles. 44Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. 45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: “Assim está escrito: ‘O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, 47e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”. -Palavra da Salvação. - Glória a vós, Senhor.

Igreja tem cinco novos santos

Santa Catarina Volpicelli
Santa Gertrudes Comensoli

São Nuno de Santa Maria Álvares Pereira


São Bernardo Tolomei

Santo Arcangelo Tadini



O Papa Bento XVI presidiu esta manhã, na Praça São Pedro, à canonização de cinco novos santos: os italianos Arcangelo Tadini, Bernardo Tolomei, Gertrudes Comensoli e Catarina Volpicelli, e o português Nuno de Santa Maria Álvares Pereira.
O rito de canonização, em latim, realizou-se no início da missa, após o ato penitencial. O Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Dom Angelo Amato, acompanhado pelos postuladores das causas, pediu que os cinco bem-aventurados sejam inscritos no "álbum dos Santos" e "possam ser invocados por todos os cristãos".
Foi lida uma breve biografia de cada um dos novos santos e cantada a Ladainha de todos os santos. Bento XVI proferiu então a fórmula de canonização, e as relíquias dos novos santos foram depostas junto ao altar. Prosseguindo o rito, Dom Angelo Amato pediu que fosse redigida a Carta Apostólica sobre as canonizações, e Bento XVI respondeu "Decernimus", isto è, "Ordenamo-lo".
Como nas mais solenes celebrações presididas pelo Papa, o Evangelho foi cantado duas vezes, em latim e em grego.
Em sua homilia, o papa ressaltou aspectos salientes de cada um dos novos cinco santos da Igreja, citando alguns deles como exemplos éticos na atual e grave crise econômica mundial. O Papa comentou as leituras do dia e sublinhou a centralidade do mistério pascal, e da Eucaristia, para os cinco novos santos.São Nuno
A Praça estava repleta de milhares de peregrinos, muitos deles vindos de Portugal para celebrar seu novo santo, São Nuno, que foi um general da batalha de Atoleiros, herói da independência portuguesa. Em 1422, ficou viúvo e sua única filha se casou com o filho do Rei João. Ele entrou então para um convento carmelita, como um simples irmão, e assumiu o nome de Frei Nuno de Santa Maria.
"Sinto-me feliz por apontar à Igreja inteira esta figura exemplar nomeadamente pela presença duma vida de fé e oração em contextos aparentemente pouco favoráveis à mesma, sendo a prova de que em qualquer situação, mesmo de caráter militar e bélica, é possível atuar e realizar os valores e princípios da vida cristã, sobretudo se esta é colocada ao serviço do bem comum e da glória de Deus", proclamou o pontífice.Bernardo Tolomei
Por sua vez, Bernardo Tolomei, que viveu no século XIV, na Itália central, foi o "iniciador de um singular movimento monástico beneditino. Nele, observou o Papa, sobressai o amor pela oração e pelo trabalho manual. Sua vida foi uma existência eucarística toda consagrada à contemplação, que se traduzia em humilde serviço ao próximo", recordou Bento XVI.Caterina Volpicelli
Milhares de devotos vieram também de Nápoles homenagear a sua bem-aventurada Caterina Volpicelli, fundadora das Servas do Sagrado Coração, no século XIX. "Um modelo do compromisso cristão para construir uma sociedade aberta à justiça e à solidariedade, superando o desequilíbrio econômico e cultural que continua a existir em grande parte de nosso planeta", definiu o Papa.Padre Arcângelo Tadini
Em seguida, Bento XVI ressaltou o exemplo do Padre Arcângelo Tadini, "homem integralmente de Deus, pronto a deixar-se guiar pelo Espírito Santo, e que ao mesmo tempo, era disponível a colher as urgências da época e encontrar os remédios a ela". Por isso, tomou iniciativas concretas e corajosas: organizou a Sociedade Operária Católica de Mutuo Socorro, e o pensionato para as trabalhadoras. Em 1900, fundou a Congregação das Irmãs Operárias da Santa Casa de Nazaré, que evangelizavam o ambiente de trabalho dividindo as fadigas.Gertrudes Comensóli
Concluindo a homilia, o papa se referiu à italiana Gertrudes Comensóli, que "desde pequena sentiu uma particular atração por Jesus presente na Eucaristia. A adoração de Cristo eucarístico tornou-se o objetivo principal de sua vida; a condição habitual da sua existência: Diante da Eucaristia, Santa Gertrudes compreendeu a sua vocação e missão na Igreja: dedicar-se sem reservas à ação apostólica e missionária, especialmente a favor da juventude".
Enfim, o Papa agradeceu a Deus pelo dom da santidade que resplandece nos cinco novos canonizados:
"Deixemo-nos atrair pelo seu exemplo, deixemo-nos guiar pelos seus ensinamentos, para que a nossa existência também se torne um cântico de louvor a Deus, seguindo os passos de Jesus, adorado com fé no mistério eucarístico e servido com generosidade em nosso próximo".Regina Coeli
Após a cerimônia, o papa rezou com os fiéis a oração mariana Regina Coeli, dirigindo antes, como o faz habitualmente, algumas palavras aos fiéis. Bento XVI expressou seu reconhecimento ao Governo italiano, presente com várias delegações, e a todos os peregrinos vindos de toda a Itália.Dia da Universidade Católica do Sagrado Coração
O Papa lembrou o Dia da Universidade Católica do Sagrado Coração, que se celebra hoje, quando decorrem 50 anos da morte de seu fundador, Padre Agostino Gemelli.Saudação em português
O Papa fez a sua saudação à delegação oficial, aos bispos e a todos os compatriotas do novo santo, São Nuno: "Deixou-nos assim uma nobre lição de renúncia e partilha, sem as quais será impossível chegar àquela igualdade fraterna característica duma sociedade moderna, que reconhece e trata a todos como membros da mesma e única família humana. Em particular saúdo os Carmelitas, a quem um dia se prendeu o olhar e o coração deste militar crente, vendo neles o hábito da Santíssima Virgem e no qual depois ele próprio se amortalhou. Ao desejar a abundância dos dons do Céu para todos os peregrinos e devotos de São Nuno, deixo-lhes este apelo: 'Considerai o êxito da sua carreira e imitai a sua fé'".
Bento XVI desejou a todos um bom domingo e concedeu a sua benção.

sábado, 25 de abril de 2009

Bispos escolhem capital que sediará Congresso Eucarístico Nacional de 2015



Vários comunicados foram feitos nas sessões da manhã deste sábado, 25, no auditório Rainha dos Apóstolos da Vila Kostka, em Itaici, Indaiatuba (SP), na 47ª Assembleia dos Bispos. Entre os assuntos, candidatura de dioceses para o Congresso Eucarístico de 2015, temas litúrgicos, de família, Mensagem para o Trabalhador, Campanha da Fraternidade 2010, Campanha Ficha Limpa.
Um dos destaques da sessão foi o lançamento da candidatura de dioceses para a realização do Congresso Eucarístico Nacional de 2015. As arquidioceses de João Pessoa (PB) e de Belém (PA) se manifestaram interessadas em sediar o evento. A eleição já ocorreu e o resultado será divulgado na próxima semana. “João Pessoa quer ter a honra de sediar um evento tão importante para a Igreja no Brasil”, disse dom Aldo Pagoto.
“Queremos sediar os Congresso porque naquele ano Belém irá comemorar os 400 anos do município e de evangelização presentes naquelas terras”, disse o administrador arquidiocesano de Belém, padre Raimundo Possidônio Carrera da Mata, confirmando a candidatura da capital paraense. O próximo Congresso Eucarístico, a 16ª edição do evento, ocorrerá em Brasília, entre os dias 13 e 16 de maio de 2010.
Para o dia 1º de maio, os bispos estão preparando uma mensagem, em que manifestarão solidariedade aos trabalhadores reafirmando sua posição em favor dos direitos sociais do povo brasileiro.
O secretário-executivo da Campanha da Fraternidade, padre José Adalberto Vanzella, apresentou a temática da Campanha de 2010, cujo tema é “Economia e Vida” e lema “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. Padre Vanzella explicou que a Campanha será ecumênica e organizada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic). “O objetivo da CF-2010 é unir as igrejas para construir uma sociedade mais justa, consciente e discernida. Queremos conscientizar a sociedade para a centralização do dinheiro em torno de metas para o social”, antecipou o secretário.
Outro tema que entrou em pauta foi a questão das áreas indígenas apresentadas pelo bispo do Xingu (PA), dom Erwin Kräutler. Ele falou sobre as dificuldades que passam os indígenas em defender sua cultura e terras.
A ex-secretária-executiva do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Suylan Midlej, apresentou o número de assinaturas da Campanha Ficha Limpa. Ela fez questão de ressaltar que 77,8% das assinaturas recolhidas até agora chegaram das dioceses de todo o Brasil.

Papa nomeia cardeais para celebrações do Ano Paulino











Por ocasião do encerramento do ano dedicado ao Apóstolo Paulo, que se fará de modo simultâneo em diversos "lugares paulinos", o Papa Bento XVI nomeou sete cardeais como seus enviados especiais.
Veja os nomes dos cardeais indicados e as respectivas regiões onde representarão o Santo Padre: Terra Santa: Cardela Walter Kasper, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

Malta: Cardeal Ennio Antonelli, presidente do Pontifício Conselho para a Família.

Chipre: Cardeal Renato Raffaele Martino, presidente do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz".

Turquia: Cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religoso.

Grécia: Cardeal Jozef Tomko, prefeito emérito da Congregação para a Evangelização dos Povos.

Síria: Cardeal Antonio María Rouco Varela, arcebispo de Madri.

Líbano: Cardeal André Vingt-Trois, arcebispo de Paris.

E para as celebrações de conclusão do Ano Jubilar, convocado pelo Papa para o VII centenário da devoção a Nossa Senhora da Europa, marcado para 5 de maio, em Gibraltar, foi nomeado o prefeito emérito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal José Saraiva Martins.

Bispos participam de Missa Maronita na Assembleia de Itaici





A Missa deste sábado, 25, foi celebrada pelo bispo maronita da Igreja no Brasil, Dom Edgard Madi, e concelebrada pelo Bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), Dom Antônio Augusto Dias Duarte e o Bispo Administrador Apostólico Pessoal da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, Dom Fernando Arêas Rifan, descendete de libanês-maronita.Em sua homilia, Dom Edgar explicou que o rito maronita é da Igreja católica do Oriente, e que ela apresenta uma liturgia própria. "A liturgia maronita apresenta uma estrutura própria, conservou a língua de Jesus e as orações dos apóstolos", disse. O bispo contou um pouco da história da Igreja Maronita, e destacou a fidelidade ao Papa Bento XVI. No Brasil todas as Igrejas orientais dependiam do arcerbispo do Rio de Janeiro até 1968. Neste ano o Papa concedeu autonomia a algumas Igrejas orientais, criou Eparquias, que são bispados, cada um com seu bispo. Na CNBB, há quatro Igrejas Orientais, representadas: a Igreja Ucraniana Católica, Igreja Grega Católica Melquita, Igreja Armênia Católica e Igreja Maronita.
E agradeceu os bispos do Brasil por ajudar a conservar a presença maronita no país. "Os senhores abrem os corações e as Igrejas para acolherem o povo maronita e mantém nas suas dioceses a nossa presença que assim não se extinguirá. Vocês fazem acontecer o que o Papa João Paulo II dizia e desejava "Que a Igreja respire com dois pulmões, o pulmão ocidental e o pulmão oriental". Vamos continuar esse trabalho para conservar o corpo da Igreja saudável, ajudando a respirar com os dois pulmões", concluiu pedindo a Deus que "ajude a Igreja do Brasil a crescer e ser presente onde houver fiéis".