sábado, 30 de abril de 2011

O milagre que tornou possível a beatificação de João Paulo II


A cura inexplicável de uma religiosa francesa que sofria de mal de Parkinson abriu o caminho para a beatificação do Papa João Paulo II, morto em 2005 após um longo calvário provocado justamente pelas conseqüências da doença.
A freira francesa, Marie Simon-Pierre, enfermeira de profissão, segundo a Congregação para a Causa dos Santos, curou-se inexplicavelmente depois de orações e pedidos dirigidos a João Paulo II, poucos meses após a morte do pontífice.

Para a beatificação, primeiro passo, no longo caminho até a canonização, é demonstrar que o candidato a santo intercedeu por um milagre.

Coincidência

Marie Simon-Pierre, na época com 40 anos, trabalhava em um hospital de Aix-en-Provence, no sul da França, quando foi diagnosticada em 2001 com Parkinson.

Em 2007, a religiosa decidiu contar à imprensa como havia melhorado "milagrosamente" depois que a doença se agravou, em 2005, ano da morte de João Paulo II.

Após dias de rezas e pedidos de toda a comunidade ao papa polonês, Marie Simon-Pierre conta ter deixado de sentir os sintomas da doença na madrugada entre os dias 2 e 3 de junho.
"Eu me senti completamente transformada. Senti que estava curada", contou.

O caso da freira, que viu João Paulo II uma única vez em 1984, foi submetido à análise da Congregação da Causa dos Santos, que examinou e aprovou o milagre, após consultas junto a um conselho de especialistas médicos e teólogos.

O processo sofreu atrasos porque a congregação vaticana fez questão de considerar qualquer possível objeção, submetendo o caso a vários peritos.

De acordo com Dom Slawomir Oder, encarregado da documentação para a canonização de João Paulo II, a religiosa enferma seguiu o conselho de sua madre superiora, que sugeriu que ela escrevesse em um pedaço de papel o nome de João Paulo II.

Depois de uma "súplica extrema" e ao longo de uma "noite de pregação", Marie Simon-Pierre teria então se curado, segundo Oder, destacando que entre os documentos que comprovam o milagre estão exemplos da caligrafia da religiosa antes e depois da cura misteriosa.
"A mudança na letra é impressionante: de ilegível a normal", afirmou.

Ciência

Para não deixar dúvidas sobre a confiabilidade de seu depoimento, a religiosa se submeteu também a um exame psiquiátrico, contou Oder.

O prelado explicou ter escolhido o milagre da francesa entre outros atribuídos a João Paulo II para demonstrar que o papa sentia na própria pele "a batalha pela dignidade da vida". Em 19 de dezembro de 2009, o Papa Bento XVI aprovou "as virtudes heroicas" de Karol Wojtyla.

O processo de beatificação foi iniciado por Bento XVI dois meses depois da morte de seu predecessor, um prazo excepcionalmente breve.

Durante as dezenas de homenagens fúnebres a João Paulo II na praça de São Pedro, em Roma, milhares de fiéis clamaram pela canonização do pontífice.

Uma vez beatificado, é preciso provar que João Paulo II intercedeu em um segundo milagre para que seja canonizado. (RB/AFP)
Fonte: CNBB/Rádio Vaticano

Celebração da Eucaristia era o coração das viagens de JPII


"Ofereceu o seu corpo pela Igreja, para levar a unidade e a comunhão entre todos os fiéis, em todo mundo". O presidente do Pontifício Comitê para os Congressos Eucarísticos Internacionais, Arcebispo Piero Marini, recorda assim João Paulo II. Uma visão de quem esteve ao seu lado, de fevereiro de 1987 até seu falecimento, como Mestre das Celebrações Litúrgicas.

"Era um celebrante exemplar da Eucaristia. Realmente, eram momentos de comoção, muitas vezes cheguei às lágrimas, vendo na África, na Ásia, toda aquela gente que celebrava com o Papa, que se aproximava dele. Vi em todo o mundo aquela que era a liturgia que o Vaticano II queria na redescoberta daquele povo, santo, sacerdotal, do povo de Deus”, destaca Dom Marini.

O Arcebispo ressalta a grande intimidade que João Paulo II tinha na oração e como ele amava os sacramentos. Era um homem que amava os sinais e não tinha vergonha de ajoelhar-se. Não se preocupava com o que os outros pudessem dizer. João Paulo II transformou a sacristia pontifícia em um lugar de oração, lá ele sempre se ajoelhava antes e depois da Missa.

Dom Marini conta que João Paulo II amava cantar e que ele o acompanhava na sacristia antes das celebrações. “Via-se também na celebração momentos de intimidade com o Senhor. Por exemplo, depois da comunhão, ele permanecia sempre absorto em oração, enquanto todos esperavam por ele”, conta.

Karol Wojtyla era um homem também de grande sensibilidade para a participação dos fiéis. Para ele, a participação dos fiéis na Missa era uma inculturação. “Era convicto, convencendo a mim também, que não era possível participar da Missa sem inculturar a liturgia, exprimindo-a em cada cultura. Assim, permanece para mim um exemplo desse Pastor sobre o qual falou o Concílio Vaticano II, que é o bispo o grande pastor do seu rebanho, sobretudo na celebração dos grandes mistérios. E ele fez todas essas viagens justamente para celebrar a Eucaristia. Era o coração de todas as viagens”, enfatiza Dom Marini.

Centenas de celebrações, dezenas de viagens apostólicas em todo o mundo. Para o Arcebispo, entre as celebrações que mais lhe marcaram está aquela realizada em Miami, quando um tornado se aproximava e eles tiveram que interromper a Missa e continuá-la num trailer.

“Lembro-me de uma Missa celebrada em Corrientes em meio a uma tempestade tropical e as pessoas estavam com água até os joelhos, tivemos que mudar o altar de lugar durante a Missa três ou quatro vezes buscando um lugar que não chovia”, conta ainda.

Outra celebração que ficou gravada na memória dele foi aquela realizada em Sarajevo, na Bósnia, onde era possível perceber o sofrimento do Papa durante a celebração. “Os tremores de frio se juntavam àqueles do mal de Parkinson”, lembra.

Dom Marini lembra ainda quando celebrou com o Papa João Paulo II no Hospital Gemelli, lugar onde ficou internado até pouco antes de sua morte. “Estava doente sob um leito. Vi, realmente, naquele momento, a participação no sacrifício de Cristo. Tenho esse momento no coração como uma das recordações mais belas”.

A grande vida de fé de Karol Wojtyla deixou para a Igreja muitas graças e dons. Para o presidente do Pontifício Comitê para os Congressos Eucarísticos Internacionais, o carisma da unidade e da comunhão da Igreja são os mais importantes.

“Aquilo que os papas nos primeiros séculos faziam em Roma, o Papa fez para toda Igreja e se tornou, realmente, o centro, o elemento da comunhão de toda Igreja. Colocou-se fisicamente à disposição da Igreja e de todas as pequenas comunidades para dizer 'somos uma só Igreja, somos um povo em caminho, devemos viver na comunhão, unidos pela mesma'. Eis para mim a interpretação das suas viagens que, ainda hoje, creio, seja necessário ter presente”, ressalta.

Dom Marini recorda ainda a última vez que se encontrou com João Paulo II, dois dias antes de sua partida para o Céu. “Uma lembrança que me comove foi quando o saudei pela última vez. Na quinta-feira, ao meio dia, fui saudá-lo e no sábado estava morto. Não podia falar e para me saudar me deu a sua mão, segurou minha mão e ficamos assim, apenas nos olhando nos olhos. Essa é a recordação mais bela que tenho dele, de suas mãos que se colocaram sobre a minha cabeça no dia da minha ordenação".

João Paulo II era um Papa próximo a todos, um Papa que queria abraçar todos, um Papa movido pelo amor ao homem, pelo amor ao Evangelho e pelo anúncio da Palavra de Deus.
Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Aberto túmulo de João Paulo II




ROMA, sexta-feira, 29 de abril de 2011 (ZENIT.org) - No início da manhã desta sexta-feira, diante de 12 pessoas, na cripta vaticana, o túmulo de João Paulo II foi aberto e retirado o caixão que abriga seu corpo.

A terceira, das três caixas que protegem o corpo do pontífice, surgiu aos olhos dos presentes. É de madeira clara. Ficou na memória de muitos através das imagens do funeral, com o Evangelho apoiado em cima, com as páginas ao vento.

O padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, explicou hoje, em uma concorrida coletiva de imprensa no Vaticano, que no caixão há uma inscrição em latim afirmando que se trata do corpo de João Paulo II, de 84 anos, 10 meses e 15 dias, cabeça da Igreja universal durante 26 anos, 5 meses e 17 dias; e a data: ‘Anno Domini 2005’.

Na abertura do túmulo, entre outros representantes eclesiais, estavam o cardeal Angelo Comastri, e os monsenhores Giuseppe D’Andrea e Vittorio Lanzani, pela Basílica e o Capítulo de São Pedro. Junto a eles, os cardeais Tarcisio Bertone – secretário de Estado –, Giovanni Lajolo – presidente do Governo do Estado da Cidade do Vaticano –, Stanislao Dziwisz – arcebispo de Cracóvia e ex-secretário pessoal de João Paulo II –.

O cardeal Comastri entoou o canto das ladainhas da Virgem, enquanto durante um breve percurso o caixão, coberto com um lençol branco, foi acompanhado pelos presentes até o túmulo de São Pedro, ainda na cripta vaticana.

O caixão permanecerá na cripta até a manhã de domingo, quando será levado à Basílica de São Pedro, ante o altar central. Ali Bento XVI e, em seguida, os fiéis poderão prestar homenagem ao falecido pontífice.

O cardeal Bertone recitou na manhã de hoje uma breve oração que concluiu a operação de abertura do túmulo de João Paulo II. A grande lápide sepulcral que fechava até agora o túmulo será enviada à Cracóvia, para uma igreja dedicada ao beato.

A colocação definitiva do corpo de João Paulo II sob o altar da capela de São Sebastião, dentro da Basílica de São Pedro, acontecerá no final da tarde de 2 de maio, após o fechamento da Basílica.

Fonte: ZENIT

Tudo pronto para a 49ª Assembleia Geral da CNBB

Começa, na próxima quarta-feira, 4, em Aparecida (SP), a 49ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Esta será a terceira vez que a CNBB faz sua Assembleia em Aparecida. As duas anteriores aconteceram em 1954 e 1967, respectivamente, 2ª e 8ª Assembleias.

Dois temas marcarão, de forma especial, a assembleia deste ano: as eleições e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Serão eleitos, para um mandato de quatro anos, o presidente, vice-presidente e secretário geral.

Além destes, os bispos elegerão, também para um mandato de quatro anos, os presidentes das Comissões Episcopais Pastorais, que atualmente são dez. Estes presidentes de Comissões com os três membros da Presidência formam o Conselho Episcopal Pastoral da CNBB (Consep).

O texto das novas Diretrizes, que também têm duração de um quadriênio, foi elaborado por uma Comissão de bispos, presidida pelo arcebispo de São Luís (MA), dom José Belisário da Silva, e assessorada por peritos. A base do texto são as atuais Diretrizes, aprovadas em 2008 incorporando o conteúdo do documento final da V Conferência do Episcopado da América Latina e Caribe, realizada em 2007, em Aparecida (SP), e outros documentos da Igreja publicados desde então, como a recente Exortação Apostólica Pós-Sinodal “Verbum Domini” do Papa Bento XVI.

Outros temas estarão na pauta dos bispos como as Diretrizes para o Diaconato Permanente, assuntos de liturgia, assuntos da Comissão Pastoral para a Doutrina da Fé, situação dos povos indígenas, análise da conjuntura eclesial e social, assuntos de Comunicação, Jornada Mundial da Juventude, 5ª Semana Social Brasileira.

A Igreja no Brasil tem 456 bispos, sendo 301 na ativa e 155 eméritos. Estão inscritos para a Assembleia 336 (296 da ativa e 40 eméritos). Outras 119 pessoas participam da Assembleia como assessores, peritos, convidados, colaboradores, prestadores de serviço, totalizando 455 pessoas.

Programação

Os trabalhos começarão todos os dias com a missa às 7h30, no Santuário Nacional de Aparecida, com transmissão pelas TVs e rádios de inspiração católica. No domingo, 8, a missa será ao meio dia. As demais atividades ocorrerão no Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho, no pátio do Santuário. Serão duas sessões de trabalho pela manhã, começando às 9h15, e duas à tarde, começando com a oração às 15h30 e terminando às 19h30.

No sábado, 7, só há trabalho pela manhã porque à tarde tem início o retiro espiritual dos bispos, que será orientado pelo prefeito da Congregação para os Bispos, cardeal Marc Ouellet. O retiro termina no domingo com a missa ao meio dia no Santuário.

Todos os dias (exceto sábado e domingo), às 15h, haverá Coletiva de Imprensa, na Sala de Imprensa da Assembleia. Serão designados três bispos para atender à imprensa. A coletiva será coordenada pelo porta-voz da Assembleia, dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro e presidente da Comissão Episcopal para a Educação, Cultura e Comunicação da CNBB.

Fonte: CNBB

Cardeais Odilo Scherer e Cláudio Hummes participarão da beatificação de João Paulo II

Os cardeais, dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo (SP), e dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação para o Clero no Vaticano, representarão oficialmente a Igreja Católica do Brasil na celebração da beatificação do papa João Paulo II, em 1º de maio.

A pedido da presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odilo Pedro Scherer representará a entidade, pois, dom Geraldo Lyrio Rocha (Presidente da CNBB), dom Luiz Soares Vieira (Vice-presidente) e dom Dimas Lara Barbosa (Secretário Geral) estarão envolvidos com a organização da 49ª Assembleia da CNBB, que começa no dia 4, em Aparecida (SP).

De acordo com dom Odilo, a beatificação de João Paulo II faz parte do processo de canonização do papa, mas não é a etapa mais importante, assim como a canonização também não é. “O mais importante é o reconhecimento de uma vida santa”, diz.

Dom Cláudio Hummes lembra por sua vez, que cada papa tem suas características: “Cada papa é diferente um do outro. Isso é bom porque enriquece a Igreja. Cada um traz um aspecto novo naquilo que é a missão da Igreja, que é levar a mensagem de Jesus Cristo; e cada um tem respostas diferentes para as novas situações”, destacou.

Fonte: CNBB

Michel Temer representará presidência na beatificação de JP II


Na cerimônia de beatificação do Papa João Paulo II, a presidenta Dilma Rousseff será representada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, e pelo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco, além do embaixador do Brasil na Santa Sé, Luiz Felipe de Seixas Correa.

São esperadas 87 delegações oficiais de diversos países, com 16 Chefes de Estado, entre os quais os da Itália e da Polônia, bem como representantes de cinco casas reais.

Durante seu pontificado, João Paulo II foi considerado uma das pessoas mais influentes do mundo. Além de visitar mais de 120 países, o Papa se reuniu com líderes de outras religiões e mediou impasses e divergências de fundo religioso; por isso, diversos representantes de outras religiões também são esperados para a beatificação.
Fonte: Agência Brasil

Imagem da Divina Misericórdia estará na beatificação de JPII


A Celebração Eucarística para a beatificação de João Paulo II está prevista para às 10h (horário de Roma, 5h pelo horário de Brasília) e será transmitida pela TV Canção Nova.

A procissão de entrada começará no Portão de Bronze, entrada principal da Residência Apostólica, e percorrerá o corredor central da Praça São Pedro.

Uma hora antes do início da celebração, a novena da Divina Misericórdia, tão apreciada pelo beato, será recitada junto à imagem da Divina Misericórdia trazida da Igreja Espírito Santo, em Sássia, Roma.

O coral da Diocese de Roma, com a regência do monsenhor Mons. Marco Frisina, animará a celebração acompanhado pela Orquestra de Santa Cecília. Os textos nas diversas línguas serão lidos por alguns membros da postulação que nestes anos trabalharam no processo de beatificação de João Paulo II.

“A celebração tem as características típicas das celebrações de beatificação, neste sentido, o rito está inserido dentro da Santa Missa e acontece logo depois dos ritos de introdução e o ato penitencial”, explica o mestre de Celebrações Litúrgicas Pontifícios, monsenhor Guido Marini.

O cálice, que será usado na celebração presidida pelo Papa Bento XVI, é aquele habitualmente usado por João Paulo II nos últimos anos de seu pontificado. A casula e a mitra que serão usadas por Bento XVI foram usadas também por João Paulo II durante seu pontificado.

O vigário geral do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, recordará alguns momentos da biografia de João Paulo II antes do pronunciamento oficial de beatificação que será feito pelo Papa Bento XVI.

Concelebrará junto ao Papa e aos outros cardeais, o segundo secretário de João Paulo II de 1995 a 2005, monsenhor Mieczyslaw Mokrzycki.

Exposição da relíquia

A fotografia de João Paulo II, feita em 1995, e a relíquia permanecerão na parte central da Basílica Vaticana e, no final da celebração, o Santo Padre e os cardeais concelebrantes farão reverência diante do corpo do novo beato, em seguida, as autoridades presentes e bispos, e, por fins, os outros fiéis poderão prestar reverência.

A relíquia que será exposta é uma pequena ampola de sangue colocada num reliquiário feito para a ocasião pelo Escritório de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.

Segundo monsenhor Guido Marini, esta relíquia será levada ao Altar por alguns jovens da Diocese de Roma e da diocese da irmã curada por intercessão de João Paulo II, Marie Simon Pierre, que também estará presente neste momento, e ainda por irmã Tobiana, que serviu o apartamento do Papa.
Fonte: Canção Nova

Bento XVI fala sobre sua amizade com João Paulo II


"Desde o início senti uma grande simpatia, e graças a Deus, sem eu merecer, o então cardeal me doou desde o início a sua amizade. Sou grato pela confiança que depositou em mim mesmo sem eu merecer. Sobretudo, vendo-o rezar, vi e não só compreendi, que era uma homem de Deus”, contou o Papa Bento XVI em entrevista a uma TV polonesa em 2005, relembrando como nasceu a amizade com o então Cardeal Karol Józef Wojtyla, no conclave de 1978.
Esta era a impressão fundamental de Bento XVI: Wojtyla era um homem que vivia, de fato, em Deus.
“Impressionou-me a cordialidade com a qual encontrou-se comigo. Sem muitas palavras nasceu assim uma amizade que vinha propriamente do coração e logo depois de sua eleição, o Papa me chamou diversas vezes em Roma para conversas e, por fim, me nomeou Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé”, conta o atual Pontífice.

Para Bento XVI o que mais chama a atenção no pontificado de João Paulo II é o respeito e admiração conquistados dentro e fora da Igreja Católica. “O Santo Padre com seus discursos, sua pessoa, sua presença, sua capacidade para convencer, criou uma nova sensibilidade para os valores morais, para a importância da religião no mundo”, destaca.
João Paulo II criou uma nova abertura e sensibilidade para os problemas da religião, para a necessidade da dimensão religiosa na vida do homem, e, para o atual Bento XVI, o Papa polonês sobretudo mostrou de novo a importância do Bispo de Roma.
“Todos os cristãos reconheceram – mesmo com as diferenças e mesmo não o reconhecendo como Sucessor de Pedro – que ele é o porta-voz do Cristianismo. Nenhum outro no mundo, a nível mundial, pode falar assim em nome da cristandade e dar voz e força, na atualidade do mundo, à realidade cristã.”, ressalta Bento XVI.
Mas mesmo para os não-cristãos e membros de outras religiões era ele o porta-voz dos grandes valores da humanidade. Segundo Bento XVI, é importante ressaltar que o saudoso Papa conseguiu criar um clima de diálogo entre as grandes religiões e um senso comum de responsabilidade mundial e, para João Paulo II, a violência e as religiões são incompatíveis, e que todos juntos devemos buscar o caminho da paz.

Amor pela juventude

"Antes de tudo, ele soube entusiasmar a juventude para Cristo. Isso é uma coisa nova, se pensamos na juventude de 1968 e dos anos 70. Somente uma personalidade com aquele carisma poderia conseguir que a juventude se entusiasmasse por Cristo e pela Igreja. Somente ele poderia, de tal modo, conseguir mobilizar a juventude do mundo para a causa de Deus e pelo amor a Cristo", afirmou Bento XVI.
João Paulo II criou na Igreja um novo amor pela Eucaristia, ressalta o Papa, criou um novo sentido pela grandeza da Divina Misericórdia; e também aprofundou muito o amor por Nossa Senhora e assim levou-nos a uma interiorização da fé e, ao mesmo tempo, a uma maior eficiência.
“Naturalmente, é preciso mencionar, como todos sabemos, também como foi essencial sua contribuição para as grandes mudanças do mundo, em 1989, com a queda do chamado socialismo real”, completa o atual pontífice.

Últimos encontros

O Santo Padre recorda seus últimos encontros com João Paulo II no Hospital Gemelli, poucos dias antes de sua morte, e conta que o que mais lhe impressionou foi a doação completa do futuro beato à vontade de Deus.
“No primeiro encontro, o Papa sofria visivelmente, mas estava completamente lúcido e muito presente. Eu fui até ali simplesmente para um encontro de trabalho, porque era preciso tomar algumas decisões. O Santo Padre, mesmo sofrendo, seguia com grande atenção aquilo que eu falava. Ele me disse, em poucas palavras, suas decisões, deu-me sua benção, saudou-me em alemão recordando-me sua confiança e amizade”.
Para o então cardeal Joseph Alois Ratzinger, aquele foi um momento comovente, como se o sofrimento de João Paulo II se unisse ao sofrimento de Deus, como se ele oferecesse o seu sofrimento à Deus e por Deus. Por outra parte, era possível ver como ele resplandecia uma serenidade interior e plena lucidez.
“O segundo encontro foi um dia antes de sua morte: estava obviamente sofrendo, rodeado por médicos e amigos. Ainda muito lúcido, deu-me sua benção. Não podia falar muito. Para mim, esta paciência no sofrimento foi um grande ensinamento, sobretudo consegui ver e sentir como se estivesse nas mãos de Deus e como se ele se abandonasse à vontade de Dele. Apesar das dores visíveis, estava sereno, porque estava nas mãos do Amor Divino”, recorda Bento XVI.
Fonte: Rádio Vaticano

João Paulo II entendia os diversos carismas doados por Deus


Com grande sensibilidade para ver os dons de Deus nos diversos carismas, João Paulo II cultivava também amizades pessoais e profundas com grandes homens e mulheres que trouxeram à Igreja grandes contribuições como Padre Pio de Pietrelcina, Madre Teresa de Calcutá e Chiara Lubich.
João Paulo II via o carisma do Movimento dos Focolares, fundado pela italiana Chiara Lubich em 1943, como um dom de Deus para a Igreja de hoje. Em 1993, durante um grande evento para o setor chamado Humanidade Nova, deixando o discurso de lado, disse: “As vezes, quando estou triste, penso nos focolarinos e encontro uma grande consolação”.
Durante um encontro com as famílias do Movimento dos Focolares ele definiu a espiritualidade dos focolares como “aberta, positiva, otimista, serena, conquistadora”. “Vocês conquistaram também o Papa. Desejo que vocês sejam Igreja e desejo também que a Igreja seja vocês”, acrescentou.
Foram muitos os encontros entre Chiara e João Paulo II. O Papa polonês esteve presente em todos os grandes eventos dos focolares, como por exemplo nos Gen Fest de 80 e 90, encontro que em cada edição reuniu cerca de 20 mil jovens em Roma.
“Ele vinha e participava com discursos muito fervorosos e interessantes para os jovens. Ele tinha um fascínio particular pelos jovens”, conta Eli Folonari, secretária pessoal e uma das primeiras companheiras de Chiara na fundação dos Movimento dos Focolares.

Amizade profunda em Cristo

Eli Folonari conta que Chiara foi convidada pelo menos 10 vezes para almoçar com o Papa João Paulo II e ele telefonava a Chiara todos os anos no dia de Santa Clara. Nos últimos anos, Chiara sempre esperava pela ligação do Santo Padre, pois tinha certeza que ele ligaria.
“Eu estive com Chiara em praticamente todos os encontros com João Paulo II, inclusive nos almoços, e eu posso dizer que existia um relacionamento em Cristo, quase fraternal, simples, espontâneo. O Santo Padre via em Chiara uma expressão da Igreja carismática, um dom de Deus para a Igreja de hoje”, destaca Eli.
Em 1998, num encontro que reuniu 300 mil pessoas de diversos carismas na Praça São Pedro, João Paulo II enfatizou que “a Igreja não é composta pelo aspecto institucional, que deve conservar os dogmas, mas também pelo aspecto carismático, esses dons que Deus manda segundo as necessidades da Igreja em cada época”. Tal visão, Eli ressalta, era algo novo para a Igreja Católica.
Relacionamento profundo em Cristo, uma amizade sobrenatural e uma grande sensibilidade para compreender o amor particular de Deus em cada carisma. Quando João Paulo II faleceu, Chiara disse numa entrevista que “aquilo que parecia impossível aos canônicos, o Santo Padre tornou possível. Como, por exemplo, uma obra católica com membros de outras Igrejas, outras religiões, que não possuem uma fé religiosa, e que sempre tem uma mulher como guia desta obra que ainda há bispos, sacerdotes e religiosas, abrindo, assim, uma nova perspectiva da participação da mulher na Igreja”.
O centro mundial do Movimento dos Focolares recolheu cerca de 30 cartas assinadas por João Paulo II destinadas diretamente a Chiara Lubich, uma demostração de como o relacionamento deles era pessoal e direto. Em 1971, depois da inauguração da Sala Paulo VI no Vaticano, o Papa doou uma sala de convenções em Castel Gandolfo para este movimento, bem perto do Palácio Apostólico

Embaixadora do Papa

“João Paulo II entendia muito bem o carisma de Madre Teresa e toda vez que se encontravam era uma festa”, destaca a religiosa da Congregação Missionárias da Caridade, Irmã Luiza.
Em 1979, mesmo ano que Madre Teresa de Calcutá é agraciada com o Prêmio Nobel da Paz, João Paulo II recebe-a em audiência privada e intitula-a "embaixadora" do Papa em todas as nações, fóruns e assembleias. “Você pode ir aonde eu não posso. Vá e fale em meu nome”, disse o Papa à religiosa.
A santidade da Madre Teresa foi logo reconhecida por João Paulo II após sua morte, em 1997. Foi beatificada pelo Pontífice em uma cerimônia no Vaticano, no dia 19 de outubro de 2003, após uma mulher do norte de Bengala, na Índia, ser curada de um tumor no estômago, por sua intercessão.
"Estou pessoalmente agradecido por esta valorosa mulher, a quem sempre senti próxima de mim. Imagem do Bom Samaritano, ela se acercava a qualquer lugar para servir a Cristo nos mais pobres entre os pobres. Nem os conflitos nem as guerras conseguiram detê-la", disse João Paulo II durante sua homilia na Missa de beatificação de Madre Teresa.
Para o Papa polonês, o testemunho de vida desta religiosa recordava a todos que a missão evangelizadora da Igreja era vivida por meio da caridade, alimentada na oração e na escuta da palavra de Deus. "A emblemática deste estilo missionário é a imagem que reflete a nova Beata enquanto sustenta, com uma mão, a de uma criança e, com a outra, percorre a coroa do Rosário", afirmou.
João Paulo II enfatizava sempre que Madre Teresa proclamava o Evangelho com sua vida entregue por inteiro aos pobres, mas, ao mesmo tempo, envolvida na oração.
"Sua vida é um testemunho da dignidade e do privilégio do serviço humilde. Elegeu ser não só a última, mas a serva dos últimos. Como uma verdadeira mãe dos pobres, inclinou-se aos que sofriam diferentes formas de pobreza. Sua grandeza reside em sua capacidade de dar sem importar o custo, dar "até que doa". Sua vida foi uma vida radical e uma valente proclamação do Evangelho", ressaltou o Pontífice.
Madre Teresa "levando as almas a Deus e Deus às almas" buscando saciar a sede dos homens por Cristo, principalmente a dos mais necessitados, aqueles cuja visão de Deus ficava obscurecida pelo sofrimento e a dor.
"Nossa admiração a esta pequena mulher enamorada de Deus, humilde mensageira do Evangelho e infatigável bem feitora da humanidade. Honremos nela a uma das personalidades mais relevantes de nossa época. Acolhamos sua mensagem e sigamos seu exemplo", definiu João Paulo II.

Amigos na oração e na fé

Ainda quando era sacerdote, Karol Wojtyla viajou até San Giovanni Rotondo, Itália, para conhecer Padre Pio de Pietrelcina. Os dois passaram a noite em oração e ao longo de suas vidas mantiveram uma profunda amizade edificada na fé.
Em 1962, a amiga pessoal de Wojtyla, Wanda Póltawska, sofria com um tumor e corria risco de vida. O então jovem Bispo Wojtyla, ao saber da doença, escreveu imediatamente uma carta a Padre Pio, pedindo-lhe que rezasse por sua amiga. Ao ler a carta, o padre logo disse que “a isso não se pode dizer que não”.
Onze dias depois, no dia 28 de novembro, chega uma nova carta de Wojtyla a Padre Pio dizendo que “a senhora de Cracóvia, Polônia, mãe de quatro filhas, no dia 21 de novembro, antes mesmo do procedimento cirúrgico, inesperadamente recobrou a saúde. Demos graças a Deus. De coração agradeço também a ti, Reverendíssimo Padre, em nome dela, do seu marido e de toda a sua família”.
Depois de se despedirem em uma dessas visitas, Padre Pio disse: “Ainda serás Papa” e continuou: “Também vejo sangue e martírio em sua vida”.
Em 13 de maio de 1981, o Papa João Paulo II sofreu um atentado. A profecia de Padre Pio coincide com a mensagem da terceira parte do Segredo de Fátima, revelada somente depois do atentado.
"Padre Pio foi um generoso dispensador da misericórdia divina, estando sempre disponível para todos através do acolhimento, da direção espiritual, e sobretudo da administração do sacramento da Penitência", disse João Paulo II durante a homilia na Missa de canonização em 2002.
João Paulo II destacou que o ministério do confessionário, que constitui uma das numerosas características do apostolado de Padre Pio, atraía multidões de fiéis ao Convento de San Giovanni Rotondo. "Mesmo quando aquele singular confessor tratava os peregrinos com severidade aparente, eles, tomando consciência da gravidade do pecado e arrependendo-se sinceramente, voltavam quase sempre atrás para o abraço pacificador do perdão sacramental", relembrou.
Fonte: Canção Nova

Amigo inseparável de JPII fala sobre os 40 anos ao lado do Papa


Foram quase 40 anos de estreita convivência com João Paulo II (Karol Wojtyla) - 12 em Cracóvia, na Polônia, e mais 27 em Roma, na Itália.
Stanislaw Dziwisz queria que os últimos momentos ao lado do Papa durassem até o infinito: "Era a última vez que eu via seu rosto... Sim, é claro, depois eu o reveria tantas outras vezes, a cada hora, cada dia. Eu o reveria com os olhos da fé. E naturalmente o reveria com os olhos do coração, da memória. Assim como continuaria a sentir sua presença, mesmo se de uma maneira diferente daquela à qual estava habituado. Por sorte, me vieram ajudar aquelas palavras: 'Meu Deus, que o rosto dele veja agora Teu rosto paterno, que o rosto dele que nos foi subtraído contemple a Tua beleza'".
Dziwisz foi nada mais, nada menos que o secretário particular do Bispo de Roma durante seus quase 27 anos de pontificado. Mais que assessorar a agenda e compromissos, Dziwisz teve a chance de partilhar a vida com seu conterrâneo polonês, que deu nova envergadura ao papel da Igreja no alvorecer do terceiro milênio. Hoje, Dziwisz é o Cardeal Arcebispo de Cracóvia, ocupando a sede que já foi de responsabilidade do amigo Wojtyla.
A amizade entre os dois é relatada no livro Uma vida com Karol, que recolhe as memórias do secretário e foi lançado no Brasil pela Editora Objetiva. Uma comunhão de almas que começou muitos anos atrás, em terras polonesas, mais precisamente em 8 de outubro de 1966.
Naquela data, o então Arcebispo de Cracóvia, Dom Wojtyla, convocou o jovem sacerdote Stanislaw para ir até o Arcebispado. Com 27 anos, Dziwisz ouviu da boca do pastor da Arquidiocese o convite para ser seu secretário particular:
"Logo que cheguei à sua presença, o arcebispo me olhou fixamente e me disse: 'Virá ficar comigo. Aqui poderá prosseguir os estudos e me ajudará'. Perguntei: 'Quando?'. Respondeu-me: 'Pode vir hoje'. Virou-se na direção da janela e se deu conta de que já era noite: 'Vá até o conselheiro para que ele lhe mostre as acomodações'. E eu: 'Venho amanhã'. Olhou-me sair um pouco curioso, mas percebi que sorria".

A vida com Karol

Stanislaw recorda que o Bispo Wojtyla nunca perdia tempo quando saía para uma visita pastoral em alguma paróquia ou celebração em alguma igreja. No caminho, sempre rezava e meditava. Durante as celebrações das Santas Missas, também procurava evitar ao máximo celebrar sozinho: "Queria ser fiel ao princípio de que a Eucaristia não é celebrada exclusivamente pelo sacerdote, mas junto com o povo de Deus que dela participa: por Cristo e com Cristo", narra o Cardeal Dziwisz.
Ainda quando padre, em meados dos anos 1950, Wojtyla reunia um grupo de universitários do qual era chefe e guia espiritual, mesmo com todos os riscos implicados pelo rígido controle e espionagem comunista. "Era o famoso 'apostolado da excursão', e para não ser notado pela Segurança, vestia roupas civis, e os jovens o chamavam de 'Wujek', tio", conta Stanislaw.
Também durante o período do Concílio Vaticano II o então padre Dziwisz esteve próximo de Wojtyla, que teve especial participação na estruturação da Constituição Pastoral Gaudium et Spes - sobre a Igreja no mundo atual.
À frente da Arquidiocese de Cracóvia, Wojtyla não se poupou a comprar briga com os comunistas. Esses acusaram-no de antipatriótico, devido ao respaldo que deu a uma carta enviada pelo episcopado polonês aos bispos alemães, pedindo o perdão recíproco para se curarem as feridas ainda oriundas da II Guerra Mundial.
Em 1966, durante as cerimônias da grande festa do Milênio, que celebraram o milenar aniversário do "batismo" da Polônia - na pessoa do rei Mieszko I - e da fundação do Estado Nacional, os comunistas também não cederam: buscaram atrapalhar de todas as formas possíveis as celebrações e ofuscar a data através da implantação de outras comemorações.
Também houve a tentativa de implantar intrigas entre Wojtyla e o Primaz da Polônia, o Arcebispo de Varsóvia, Cardeal Stefan Wyszyński, apesar de ambos serem grandes amigos e parceiros na luta por ressaltar as raízes cristãs daquele país europeu.

Dia da Morte

Para além de todos os acontecimentos históricos, Dziwisz revela um coração agradecido a Deus pela graça de ter podido conviver com uma das maiores personalidades de todos os tempos. É com emoção que relembra a noite de 2 de abril de 2005, quando João Paulo II morreu:
Chorávamos. Como se podia não chorar? Eram, ao mesmo tempo, lágrimas de dor e de alegria. E foi então que se acenderam todas as luzes da casa... Depois não lembro mais. Era como se tivesse descido repentinamente a escuridão. A escuridão acima de mim, dentro de mim.
Sabia bem o que acontecera, mas era como se, depois, não conseguisse aceitar. Ou não conseguisse entender. Colocava-me nas mãos do Senhor, mas quando pensava ter acalmado o coração, voltava a escuridão. Até que chegou o momento da despedida.
Havia toda aquela gente. Todas aquelas pessoas importantes vindas de longe. Mas, principalmente, havia o seu povo. Havia os seus jovens. Havia aquelas escritas, tão significativas e tão impacientes. Na Praça de São Pedro havia uma grande luz. E agora também havia luz dentro de mim.
Concluindo a homilia, o Cardeal Ratzinger fez aquela referência à janela e disse que com certeza ele estava lá, nos vendo, nos abençoando. Eu também me virei, não pude evitar, mas não consegui olhar para cima
No final, quando chegaram à entrada da basílica, os que carregavam o caixão o giraram lentamente. Como se para lhe permitir um último olhar em direção à sua praça. A despedida definitiva dos homens, do mundo.
Mas também de mim? Não, de mim não. Naquele momento, não pensei em mim. Vivi-o junto com todos os outros. E todos estavam abalados, perturbados. Mas, para mim, foi algo que nunca poderei esquecer.
Nesse ínterim, o cortejo estava entrando na basílica, tinham de levar o caixão até a tumba. E então, justamente então, comecei a pensar...
Agora, na hora da morte, ele foi sozinho. Sempre o acompanhei, mas daqui ele partiu sozinho. E o fato de não poder acompanhá-lo me tocou muito. Sem dúvida, ele não nos abandonou. Sentimos sua presença, e também as tantas graças conseguidas através dele. E, afinal, eu o acompanhei até este ponto da Igreja.
Mas, a partir daqui, foi sozinho.

Quem é Stanislaw?

Stanislaw nasceu no ano de 1939, em Raba Wyzna, um vilarejo aos pés da grande cadeia montanhosa da Polônia, chamada Tatra. Foi o quinto de sete filhos, cinco homens e duas mulheres. O pai, de quem herdou o nome, trabalhava como operário nas ferrovias. A mãe, Zofia, cuidava da casa e da criação dos filhos. O pai morreu quando Stanislaw não tinha ainda nove anos.
A família manteve na própria casa um judeu escondido durante a II Guerra, sob o constante risco de serem descobertos pelos alemães. A encarnação da caridade evangélica, ensinada no dia a dia da família.
Após concluir o ensino médio, entrou no seminário. O ano era 1957. E foi então que encontrou pela primeira vez o padre Karol Wojtyla, que era professor de moral. "Impressionou-me logo, acima de tudo por sua grande piedade, por sua sabedoria, pelas magníficas aulas que nos dava, mas também pela facilidade com que estabelecia contatos pessoais", testemunha Dziwisz.
Em 1958, Wojtyla é nomeado Bispo auxiliar de Cracóvia. Em 1963, o Papa Paulo VI nomeia-o Arcebispo da mesma Arquidiocese. Foi exatamente neste ano, em 23 de junho, que Stanislaw foi ordenado sacerdote pelo seu ex-professor de moral.
Em 1985, o Papa João Paulo II conferiu-lhe o título de Prelado de Sua Santidade e, em 1996, o encargo de Protonotário Apostólico. Em 7 de fevereiro de 1998, o Santo Padre nomeia-o Bispo Titular de San Leone e Prefeito Adjunto da Casa Pontifícia - foi sagrado Bispo pelo Papa em 19 de março do mesmo ano. Escolheu como lema de vida episcopal: Sursum corda! (Corações ao alto!). Em 29 de setembro de 2003 foi elevado à dignidade de Arcebispo.
Em 3 de junho de 2005, o Papa Bento XVI nomeou-o como Arcebispo Metropolitano de Cracóvia, da qual tomou posse no dia 27 de agosto de 2005, com entrada solene na Catedral de Wawel e celebrando Missa na praça central. Aos 4 de novembro de 2005, inicia em Cracóvia o processo rogatório sobre as heroicidades e sobre as virtudes do Servo de Deus João Paulo II (Karol Wojtyła). Uma das importantes decisões do novo arcebispo é a fundação em Cracóvia do Centro João Paulo II - Non abbiate paura (Não tenhais medo), que funciona junto ao Santuário da Divina Misericórdia, em Łagiewniki, na Polônia.
Foi criado cardeal por Bento XVI aos 24 de março de 2006, com o título da Igreja de Sancta Maria del Popolo. No Vaticano, é membro da Congregação para a Educação Católica e do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais.
Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Jovens se reúnem, a partir de hoje, em três dias de oração por JPII


Na expectativa da beatificação de João Paulo II, neste domingo, 1° de maio, na Praça São Pedro, o Centro São Lourenço, em Roma, convida os jovens a participarem de três dias de oração pelo Papa Wojtyla.

Fundado por João Paulo II, o centro hospeda a cruz original das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), além de ser um lugar de interesse para os cidadãos da capital italiana e peregrinos.

Os três dias de oração terão início nesta quinta-feira, 28, e se concluirão no sábado. Nesses dias será possível se confessar e adorar o Santíssimo Sacramento. O centro fará a projeção, em seis línguas, do documentário intitulado "A força da Cruz", proposto nos três dias de oração.

Além disso, serão celebradas três missas, na quinta, sexta e sábado pela manhã. Está prevista a participação de peregrinos provenientes de várias partes do mundo, com uma forte presença de jovens da Polônia.

Cerca de trinta jovens voluntários de vários países acolherão os peregrinos e vários sacerdotes estarão disponíveis para confissões.
Fonte: Rádio Vaticano

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Bento XVI nomeia novo Bispo para o Brasil



Dom Dario Campos - Nomeado Bispo Diocesano de Cachoeiro do Itapemirim - ES

O Papa Bento XVI nomeou nesta quarta-feira, 27, Dom Dario Campos, OFM, de 62 anos, como novo bispo da vacante diocese de Cachoeiro de Itapemirim (ES). O bispo foi transferido da diocese de Leopoldina (MG) onde estava desde junho de 2004.

Dom Dario Campos é natural de Castelo (ES). Nasceu em 9 de junho de 1948 e fez sua profissão religiosa em 10 de janeiro de 1975. A ordenação presbiteral ocorreu em dezembro de 1977 e a episcopal em 26 de setembro de 2000, quando foi designado para assumir a diocese de Leopoldina.

O novo bispo de Cachoeiro de Itapemirim estudou filosofia e teologia no Instituto Filosófico-Teológico Franciscano de Petrópolis (RJ) e se especializou em filosofia e pedagogia na Faculdade Dom Bosco de São João del-Rei (MG).

Como bispo, Dom Dario já foi coadjutor de Araçuaí (MG) (2000 – 2001); e titular entre (2001 – 2004). Foi membro do Conselho Episcopal de Pastoral do Regional Leste 2 (Espírito Santo e Minas Gerais); responsável pelo Setor Vocações e Ministérios (2002 – 2006); e responsável pelos padres do Regional Leste 2 e Serviço de Animação Vocacional entre 2006 e 2010. Seu lema episcopal é “Nas tuas Mãos”.

Dom Dario sucede Dom Célio de Oliveira Goulart, 66, que desde 17 de julho de 2010 é bispo diocesano de São João del-Rei (MG). Dom Célio foi bispo de Cachoeiro de Itapemirim entre julho de 2003 e maio de 2010. Após sua transferência assumiu a administração diocesana de Cachoeiro o padre Antônio Tatagiba Vimercat. A decisão foi tomada pelo Colégio de Consultores Diocesano que, após cinco dias da transferência elegeu o administrador.
Fonte: CNBB

Dia da beatificação revela devoção de JPII à Divina Misericórdia


A Festa da Misericórdia de 2011 terá um aspecto todo especial, pois vai acontecer no mesmo dia da beatificação do Papa João Paulo II, em 1º de maio.

No dia 30 de abril de 2000, a partir das revelações de Jesus à Santa Faustina, João Paulo II, além de canonizá-la, instituiu a festa que, a partir de então, passou a ser celebrada no segundo Domingo da Páscoa, conforme consta no diário da santa, disseminado por todo mundo:

“Toda alma contemplará em relação a Mim [Jesus], por toda a eternidade, todo o Meu amor e a Minha misericórdia. A Festa da Misericórdia saiu das Minhas entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da Minha misericórdia” (Diário, nº 699).

Além de João Paulo II ter nascido no mesmo país que a religiosa, o futuro beato também se mostrou um legítimo "divulgador da misericórdia”. Na homilia de dedicação do Santuário da Divina Misericórdia, em Lagiewniki, na Cracóvia (Polônia), no dia 17 de agosto de 2002, o Santo Padre, ao repetir a conhecida jaculatória "Jesus, eu confio em vós", afirmou que, mediante o contexto atual de tantas "manifestações do mal", esta invocação da misericórdia de Deus deve ser um sinal de confiança e esperança de todos os homens.
Deste modo, ele destacou, durante a homilia, que a "graça da misericórdia" deve prevalecer no coração humano, na sociedade e para a concretização da paz:

"Quanta necessidade da misericórdia de Deus tem hoje o mundo! Em todos os continentes, do profundo do sofrimento humano, parece que se eleva a invocação da misericórdia. Onde predominam o ódio e a sede de vingança, onde a guerra causa o sofrimento e a morte dos inocentes, é necessária a graça da misericórdia para aplacar as mentes e os corações, e para fazer reinar a paz. Onde falta o respeito pela vida e pela dignidade do homem, é necessário o amor misericordioso de Deus, em cuja luz se manifesta o indescritível valor de cada ser humano. É necessária a misericórdia para fazer com que toda a injustiça no mundo encontre o seu fim no esplendor da verdade”.

"Papa da misericórdia"
O reitor do Santuário da Divina Misericórdia no Brasil, padre Ednilson de Jesus, que pertence à Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição*, destaca que este é um dos títulos que pode ser atribuído a João Paulo II, pois enquanto padre e bispo na Polônia, Karol Wojtyla já conhecia a devoção.

Arquivo Canção NovaPadre Ednilson enfatiza ainda que a devoção significou uma mensagem de esperança para o complexo século XX, em que predominaram regimes totalitários e a ocorrência de guerras mundiaisO sacerdote considera que a mensagem da Divina Misericórdia teria "passagem livre" na Igreja somente através de alguém que a conhecia na íntegra. "O Papa João Paulo II e a Divina e Misericórdia estão estritamente unidos". É assim que enfatiza padre Ednilson, ao falar também da alegria de sua congregação pela beatificação do Santo Padre acontecer no Domingo da Misericórdia.
"João Paulo II instituiu [a festa] não só para a Igreja, mas é perceptível na sua vida que ele também fazia uso da misericórdia. Ele mesmo sempre acreditava na devoção, mesmo no período em que ela foi suspensa", acrescenta.
O reitor explica que, assim que assumiu o pontificado, o Santo Padre retomou a devoção na Igreja, pois ele mesmo fez a experiência do amor misericordioso de Deus.
Ao ressaltar esta experiência do Sumo Pontífice com Jesus Misericordioso, através dos escritos da religiosa, padre Ednilson de Jesus recorda as palavras do Papa na homilia de canonização de Faustina:
"E tu, Faustina, dom de Deus ao nosso tempo, dádiva da terra da Polônia à Igreja inteira, obtém-nos a graça de perceber a profundidade da Misericórdia Divina, ajuda-nos a torná-la experiência viva e a testemunhá-la aos irmãos!".
Por fim, o sacerdote explica que, hoje, a Igreja endossa a seriedade da devoção e o fato da beatificação acontecer na Festa da Misericórdia confirma o trecho do diário de Santa Faustina que é associado ao antecessor de Bento XVI - "Amo a Polônia de maneira especial e, se ela for obediente à Minha vontade, Eu a elevarei em poder e santidade. Dela sairá a centelha que preparará o mundo para a Minha Vinda derradeira" (Diário, nº 1732).

"Essas palavras se dirigem à pessoa de João Paulo II, se referem direta e exclusivamente a [ele]", conclui padre Ednilson.
Fonte: Canção Nova

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sangue de João Paulo II será apresentado para veneração


A relíquia que será exposta para veneração dos fiéis em ocasião da Beatificação do Papa João Paulo II é uma pequena ampola com sangue colocada num relicário feito especialmente pelo Escritório de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.

Segundo informações divulgadas nesta terça-feira, 26, pelo Boletim da Santa Sé, “nos últimos dias de doença do Santo Padre, o médico pessoal realizou a coleta de sangue para colocar a disposição do Centro de Transfusão de Sangue do Hospital Menino Jesus, em vista de uma eventual transfusão”.

Porém, não houve nenhuma transfusão e o sangue permaneceu conservado em quatro pequenos recipientes. “Dois desses permaneceram à disposição do secretário particular do Papa João Paulo II, Cardeal [Stanisław] Dziwisz [atual Arcebispo de Cracóvia]. E os outros dois permaneceram no Hospital Menino Jesus, devotamente mantido pelas irmãs do hospital”, esclarece a Santa Sé.

Com a beatificação, duas dessas mostras de sangue foram colocadas em dois relicários: a primeira será preservada para veneração dos fiéis durante a cerimônia de beatificação, neste domingo, 1º de maio, e depois será conservada numa pequena urna aos cuidados do Escritório de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice junto a outras importantes relíquias.

Já a segunda ampola de sangue, segundo o Vaticano, será concedida ao Hospital Menino Jesus sob os cuidados das religiosas que já durante estes anos preservam a relíquia.

“O sangue se encontra no estado líquido, circunstância que se explica pela presença de substâncias anticoagulantes que estavam presentes nos tubos no momento da coleta”, explica o Boletim da Santa Sé.
Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Entenda o significado do beijo na Cruz na Sexta-feira Santa



Em todo o ano, existe somente um dia em que não se celebra a Santa Missa: a Sexta -feira Santa. Ao invés da Missa temos uma celebração que se chama Funções da Sexta-feira da Paixão, que tem origem em uma tradição muito antiga da Igreja que já ocorria nos primeiros séculos, especialmente depois da inauguração da Basílica do Santo Sepulcro e do reencontro da Santa Cruz por parte de Santa Helena (ano 335 d.C.).

Esta celebração é dividida em três partes: a primeira é a leitura da Sagrada Escritura e a oração universal feita por todas as pessoas de todos os tempos; a segunda é a adoração da Santa Cruz e a terceira é a Comunhão Eucarística, juntas formam o memorial da Paixão e Morte de Nosso Senhor. Memorial não é apenas relembrar ou fazer memória dos fatos, é realmente celebrar agora, buscando fazer presente, atual, tudo aquilo que Deus realizou em outros tempos.Mergulhamos no tempo para nos encontrarmos com a graça de Deus no momento que operou a salvação e, ao retornarmos deste mergulho, a trazemos em nós.

Os cristãos peregrinos dos primeiros séculos a Jerusalém nos descrevem, através de seus diários que, em um certo momento desta celebração, a relíquia da Santa Cruz era exposta para adoração diante do Santo Sepulcro. Os cristãos, um a um, passavam diante dela reverenciando e beijando-a. Este momento é chamado de Adoração à Santa Cruz, que significa adorar a Jesus que foi pregado na cruz através do toque concreto que faziam naquele madeiro onde Jesus foi estendido e que foi banhado com seu sangue.

Em nosso mundo de hoje, falar da Adoração à Santa Cruz pode gerar confusão de significado, mas o que nós fazemos é venerar a Cruz e, enquanto a veneramos, temos nosso coração e nossa mente que ultrapassa aquele madeiro, ultrapassa o crufixo, ultrapassa mesmo o local onde estamos, até encontrar-se com Nosso Senhor pregado naquela cruz, dando a vida para nos salvar. Quando beijamos a cruz, não a beijamos por si mesma, a beijamos como quem beija o próprio rosto de Jesus, é a gratidão por tudo que Nosso Senhor realizou através da cruz. O mesmo gesto o padre realiza no início de cada Missa ao beijar o Altar. É um beijo que não pára ali, é beijar a face de Jesus. Por isso, não se adora o objeto. O objeto é um símbolo, ao reverênciá-lo mergulhamos em seu significado mais profundo, o fato que foi através da Cruz que fomos salvos.

Nós cristãos temos a consciência que Jesus não é apenas um personagem da história ou alguém enclausurado no passado acessível através da história somente. "Jesus está vivo!" Era o que gritava Pedro na manhã de Pentecostes e esse era o primeiro anúncio da Igreja. Jesus está vivo e atuante em nosso meio, a morte não O prendeu. A alegria de sabermos que, para além da dolorosa e pesada cruz colocada sobre os ombros de Jesus, arrastada por Ele em Jerusalém, na qual foi crucificado, que se torna o simbolo de sua presença e do amor de Deus, existe Vida, existe Ressurreição. Nossa vida pode se confundir com a cruz de Jesus em muitos momentos, mas diante dela temos a certeza que não estamos sós, que Jesus caminha conosco em nossa via sacra pessoal e, para além da dor, existe a salvação.

Ao beijar a Santa Cruz, podemos ter a plena certeza: Jesus não é simplesmente um mestre de como viver bem esta vida, como muitos se propõem, mas o Deus vivo e operante em nosso meio.
Fonte: Canção Nova

terça-feira, 19 de abril de 2011

"Vivas tanto ou mais que Pedro" - 6 anos de Pontificado



Há exatos 6 anos os olhares do mundo voltavam para a Basílica de São Pedro, pois o Sucessor de João Paulo II havia sido eleito. Ás 17h43 de Roma do dia 19 de abril de 2005, saiu fumaça branca da chaminé da Capela Sistina, em seguida os sinos da Basílica de São Pedro repicaram anunciando a eleição do Novo Pontifíce. Por volta das 18h40 de Roma, o Cardeal Protodiácono Jorge Arturo Medina Estévez, apareceu na sacada da Basílica de São Pedro e fez o tão esperado: "Habemus Papam". E eis que vem o nome do eleito: Joseph Ratzinger, o teólogo cardeal alemão, braço direito de João Paulo II. Antes do anúncio do nome escolhido, o mundo imaginava que ele escolheria João Paulo III, mas eis que vem o anuncio: Bento XVI, que quer dizer: Abençoado por Deus.
Dentro de alguns minutos, o Novo Pontifice aparece e faz seu primeiro pronunciamento: “Queridos irmãos e irmãs! Depois do grande Papa João Paulo II, os senhores cardeais elegeram a mim, um simples, humilde trabalhador da vinha do Senhor. Consola-me o fato de que o Senhor sabe trabalhar e atuar com instrumentos insuficientes e, sobretudo, confio em vossas orações. Na alegria do Senhor Ressuscitado, confiados em sua ajuda permanente, sigamos adiante. O Senhor nos ajudará. Maria, sua santíssima Mãe, está do nosso lado."
Números do Pontificado de Bento XVI: Proclamou 28 Santos e quase 600 Beatos. realizou 3 Consistórios para a Criação de Novos Cardeais, fez 21 viagens apostólicas dentro da Itália, e 18 fora da Itália, entre elas o Brasil em 2007. Escreveu 2 exortações apostólicas, 3 encíclicas, mais de 12 cartas apostólicas em forma de Motu Próprio, convocou o Ano Paulino e o Ano Sacerdotal, participou de 2 JMJ, instituiu o Dia de Oração pela China, entre tantas outras coisas boas que realizou em favor da Santa Mãe Igreja.
A equipe do "Regina Coeli" deseja ao Santo Padre as mais sinceras manifestações de carinho, obediência, respeito, fidelidade ao Sucessor de Pedroe deseja que tenha vários anos como Chefe de Toda Igreja. "Vivas tanto ou mais que Pedro"

sábado, 16 de abril de 2011

"Longa vida ao Papa". Parabéns Bento XVI


Hoje é um dia festivo e alegre para nós Católicos Apostólicos Romanos, pois nosso Pastor Bento XVI, completa 84 anos de vida.
Sua Santidade nasceu em 16 de abril de 1927 em Marktl am Inn na Alemanha em um Sábado Santo e Batizado no dia seguinte, ou seja, em um Domingo de Páscoa. Filho de Joseph e Maria Ratzinger.
Foi ordenado sacerdote junto com o irmão Georg em 1951. Foi uma peça importante ao Sagrado Concílio Ecumênico Vaticano II (1962 - 1965 ) assistiu como peritus.
Sua Santidade foi nomeado Arcebispo de Munique e Freising em 1977 pelo Venerável Paulo VI, no Consistório de 1977 foi elevado á Dignidade Cardinalícia, com o título de Santa Maria Consolata em Tiburtino.
Em 1981 o Saudoso João Paulo II, chamou o então Cardeal Ratzinger para ser Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cargo que exerceu até Sua Eleição como Pontifíce Máximo em 19 de abril de 2005.
Toda equipe do "Regina Coeli" saúda e parabeniza Sua Santidade Bento XVI, pelos 84 anos de vida. Parabéns Santo Pai. "Vivat Papa"

Dom Odilo vai representar CNBB na beatificação de João Paulo II


O Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, representará a Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), na cerimônia de beatificação do Papa João Paulo II, no dia 1º de maio, conforme divulgado pelo organismo, na tarde desta sexta-feira, 15.

Segundo o cardeal, a beatificação de João Paulo II representa uma confirmação da Igreja da santidade deste "grande pastor". "Ele foi um grande pai para toda a humanidade. Suas referências são para toda a humanidade", ressalta.

Dom Odilo destaca ainda que João Paulo II inaugurou linhas importantes na vida da Igreja, como a firmeza na fé, a retomada da dimensão missionária, a atenção aos jovens, doentes e pobres, além da promoção da dignidade humana e da justiça social.
Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Igreja no Brasil ganha três novas Arquidioceses


A Igreja no Brasil amanheceu nesta quarta-feira, 13, com três importantes novidades. O Papa Bento XVI erigiu as Províncias Eclesiásticas de Pelotas, Santa Maria e Passo Fundo, todas no Rio Grande do Sul. A mudança faz com que todas passem a ser Arquidioceses, cada uma com suas respectivas dioceses sufragâneas (subordinadas). Até então, o estado contava apenas com a Arquidiocese de Porto Alegre, à qual estavam ligadas todas as dioceses gaúchas.

A Província Eclesiática de Porto Alegre conserva as dioceses sufragâneas de Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Osório e Montenegro.


Catedral de Pelotas e Dom Jacinto Bergmann

- Província Eclesiástica de Pelotas
Elevada a Igreja Metropolitana a sede bispal de Pelotas. As dioceses sufragâneas são Bagé e Rio Grande. O primeiro Arcebispo Metropolitano é Dom Jacinto Bergmann, até então Bispo de Pelotas;

Catedral de Santa Maria e Dom Hélio Adelar Rubert

- Província Eclesiástica de Santa Maria
Elevada a Igreja Metropolitana a sede bispal de Santa Maria. As dioceses sufragâneas são Uruguaiana, Cruz Alta, Santo Ângelo, Santa Cruz do Sul e Cachoeira do Sul. O primeiro Arcebispo Metropolitano é Dom Hélio Adelar Rubert, até então Bispo de Santa Maria;

Catedral de Passo Fundo e Dom Pedro Ercílio Simon

- Província Eclesiástica de Passo Fundo
Elevada a Igreja Metropolitana a sede bispal de Passo Fundo. As dioceses sufragâneas são Vacaria, Frederico Westphalen e Erexim. O primeiro Arcebispo Metropolitano é Dom Pedro Ercílio Simon, até então Bispo de Passo Fundo.
Fonte: Canção Nova