quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dia da beatificação revela devoção de JPII à Divina Misericórdia


A Festa da Misericórdia de 2011 terá um aspecto todo especial, pois vai acontecer no mesmo dia da beatificação do Papa João Paulo II, em 1º de maio.

No dia 30 de abril de 2000, a partir das revelações de Jesus à Santa Faustina, João Paulo II, além de canonizá-la, instituiu a festa que, a partir de então, passou a ser celebrada no segundo Domingo da Páscoa, conforme consta no diário da santa, disseminado por todo mundo:

“Toda alma contemplará em relação a Mim [Jesus], por toda a eternidade, todo o Meu amor e a Minha misericórdia. A Festa da Misericórdia saiu das Minhas entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da Minha misericórdia” (Diário, nº 699).

Além de João Paulo II ter nascido no mesmo país que a religiosa, o futuro beato também se mostrou um legítimo "divulgador da misericórdia”. Na homilia de dedicação do Santuário da Divina Misericórdia, em Lagiewniki, na Cracóvia (Polônia), no dia 17 de agosto de 2002, o Santo Padre, ao repetir a conhecida jaculatória "Jesus, eu confio em vós", afirmou que, mediante o contexto atual de tantas "manifestações do mal", esta invocação da misericórdia de Deus deve ser um sinal de confiança e esperança de todos os homens.
Deste modo, ele destacou, durante a homilia, que a "graça da misericórdia" deve prevalecer no coração humano, na sociedade e para a concretização da paz:

"Quanta necessidade da misericórdia de Deus tem hoje o mundo! Em todos os continentes, do profundo do sofrimento humano, parece que se eleva a invocação da misericórdia. Onde predominam o ódio e a sede de vingança, onde a guerra causa o sofrimento e a morte dos inocentes, é necessária a graça da misericórdia para aplacar as mentes e os corações, e para fazer reinar a paz. Onde falta o respeito pela vida e pela dignidade do homem, é necessário o amor misericordioso de Deus, em cuja luz se manifesta o indescritível valor de cada ser humano. É necessária a misericórdia para fazer com que toda a injustiça no mundo encontre o seu fim no esplendor da verdade”.

"Papa da misericórdia"
O reitor do Santuário da Divina Misericórdia no Brasil, padre Ednilson de Jesus, que pertence à Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição*, destaca que este é um dos títulos que pode ser atribuído a João Paulo II, pois enquanto padre e bispo na Polônia, Karol Wojtyla já conhecia a devoção.

Arquivo Canção NovaPadre Ednilson enfatiza ainda que a devoção significou uma mensagem de esperança para o complexo século XX, em que predominaram regimes totalitários e a ocorrência de guerras mundiaisO sacerdote considera que a mensagem da Divina Misericórdia teria "passagem livre" na Igreja somente através de alguém que a conhecia na íntegra. "O Papa João Paulo II e a Divina e Misericórdia estão estritamente unidos". É assim que enfatiza padre Ednilson, ao falar também da alegria de sua congregação pela beatificação do Santo Padre acontecer no Domingo da Misericórdia.
"João Paulo II instituiu [a festa] não só para a Igreja, mas é perceptível na sua vida que ele também fazia uso da misericórdia. Ele mesmo sempre acreditava na devoção, mesmo no período em que ela foi suspensa", acrescenta.
O reitor explica que, assim que assumiu o pontificado, o Santo Padre retomou a devoção na Igreja, pois ele mesmo fez a experiência do amor misericordioso de Deus.
Ao ressaltar esta experiência do Sumo Pontífice com Jesus Misericordioso, através dos escritos da religiosa, padre Ednilson de Jesus recorda as palavras do Papa na homilia de canonização de Faustina:
"E tu, Faustina, dom de Deus ao nosso tempo, dádiva da terra da Polônia à Igreja inteira, obtém-nos a graça de perceber a profundidade da Misericórdia Divina, ajuda-nos a torná-la experiência viva e a testemunhá-la aos irmãos!".
Por fim, o sacerdote explica que, hoje, a Igreja endossa a seriedade da devoção e o fato da beatificação acontecer na Festa da Misericórdia confirma o trecho do diário de Santa Faustina que é associado ao antecessor de Bento XVI - "Amo a Polônia de maneira especial e, se ela for obediente à Minha vontade, Eu a elevarei em poder e santidade. Dela sairá a centelha que preparará o mundo para a Minha Vinda derradeira" (Diário, nº 1732).

"Essas palavras se dirigem à pessoa de João Paulo II, se referem direta e exclusivamente a [ele]", conclui padre Ednilson.
Fonte: Canção Nova

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