quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Bento XVI nomeia novos Bispos para o Brasil


Mons. Paulo César Costa - Eleito Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro - RJ

Mons. Nelson Francelino Ferreira - Eleito Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro - RJ

Mons. Pedro Cunha Cruz - Eleito Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro - RJ

Dom João Mamede Filho - Eleito Bispo Diocesano de Umuarama-PR

Dom Luiz Carlos Eccel - Renúncia aceita pelo Papa, por motivo de saúde


O Papa Bento XVI anunciou, nesta quarta-feira, 24, a nomeação de três bispos auxiliares para a Arquidiocese do Rio de Janeiro e a transferência do Bispo auxiliar de São Paulo, Dom João Mamede Filho, para a vacante diocese de Umuarama, no Paraná. Ainda nesta quarta-feira, foi aceita a renúncia do bispo de Caçador (SC), Dom Luiz Carlos Eccel.

Para bispos auxiliares da Arquidiocese do Rio de Janeiro, foram nomeados os padres Pedro Cunha Cruz, Nelson Francelino Ferreira e Paulo Cezar Costa. Os dois primeiros são do clero da arquidiocese do Rio de Janeiro e o último da diocese de Valença (RJ).

Padre Pedro

Padre Pedro tem 46 anos e é natural do Rio de Janeiro. Fez seus estudos de filosofia na Faculdade de Filosofia João Paulo II e de teologia no Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do Rio. Ordenado sacerdote no dia 4 de agosto de 1990, fez mestrado e doutorado em filosofia na Pontifícia Università Santa Croce, em Roma. Tem mestrado também em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana.

Atual pároco da paróquia Santa Rita e Diretor da Faculdade Eclesiástica de Filosofia do Rio de Janeiro, padre Pedro foi pároco também da paróquia Santa Teresa de Jesus.

Padre Nelson

Paraibano de Sapé, padre Nelson, 45, mora no Rio desde os cinco anos. Ordenado padre no dia 4 de outubro de 1990, padre Nelson fez seus estudos de filosofia e teologia, respectivamente, na Faculdade Eclesiástica de Filosofia João Paulo II e no Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do Rio. Na Pontifícia Universidade Católica do Rio, fez mestrado e doutorado em teologia sistemática.

Professor em vários estabelecimentos, padre Nelson foi também vigário paroquial da paróquia Nossa Senhora da Conceição, no Realengo (RJ), e pároco nas paróquias cariocas de São Luiz Rei de França, São Marcos e Nossa Senhora da Glória. Foi ainda diretor espiritual do Seminário São José, assessor eclesiástico das Pastorais Universitária e da Juventude e membro do Conselho Presbiteral da arquidiocese do Rio.

Padre Paulo

Padre Paulo Cezar, 43, cursou filosofia no Seminário Nossa Senhora do Amor Divino, em Petrópolis, e teologia no Seminário São José, da arquidiocese do Rio de Janeiro. Tem mestrado e doutorado em Teologia Sistemática pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.

Ordenado padre em 1992, foi vigário da paróquia da paróquia São Pedro e São Paulo de Paraíba do Sul (RJ) e pároco das paróquias Nossa Senhora da Conceição, em Vassouras (RJ), e Santa Rosa de Lima.

A sagração episcopal dos três padres nomeados será no dia 05 de fevereiro de 2011, às 9h na Catedral de São Sebastião, no Rio de Janeiro.

Bispo transferido

O novo bispo de Umuarama (PR), Dom Mamede, anunciado nesta quarta-feira é da Ordem dos Frades Menores Conventuais (OFMConv) e tem 59 anos. Natural de Caçapava (SP), foi ordenado bispo em 2006. Seu lema episcopal é “no Evangelho, força de Deus”.

Antes de ser ordenado bispo, Dom Mamede exerceu as seguintes atividades: Diretor da obra social Cidade dos Meninos, em Santo André, SP (1978); Vigário da Paróquia Exaltação da Santa Cruz, em Ubatuba, SP (1979); Vigário da Paróquia N.S. Aparecida e N.S. Navegantes, em Guaira, PR (1980-1981); Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Guaira, PR (1982); 1983 a 1985 – Reitor da Casa Dom Romero de Fromação para Vocações Adultas, na cidade de Santo André (SP) e vigário da Paróquia Santa Gema Galgani, na mesma cidade; 1986 a 1988 – Reitor do Seminário Casa São Francisco em Curitiba; 1989 a 1998 – Diretor e Redator da revista O Mensageiro de Santo Antônio na cidade de Santo André (SP);

A partir de 1992, por 14 anos seguidos, foi Ecônomo da Província São Francisco de Assis do Brasil, da OFMConv; Em 1999 organizou a peregrinação das Relíquias de Santo Antônio de Pádua por quase todos os estados do Brasil; 2000 a 2005 – Vigário da Paróquia territorial São Maximiliano Kolbe, de Mogi das Cruzes (SP), e da Paróquia Pessoal para os Japoneses daquela diocese, que também leva o nome de São Maximiliano Kolbe; Reitor do Seminário Casa São Francisco e Guardião da Fraternidade Franciscana Conventual em Curitiba.

Renúncia

Foi aceito hoje, também, pelo Papa, o pedido de renúncia ao governo pastoral da diocese de Caçador feito pelo bispo Dom Luiz Carlos Eccel, 59, de acordo com o cânon 401 § 2º do Código de Direito Canônico. Desde que foi ordenado bispo, em fevereiro de 1999, Dom Luiz, estava na diocese de Caçador. Seu lema episcopal é “Amar e servir”.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Papa reafirma sua confiança nos novos Cardeais


Um cardeal não deve preocupar-se somente com sua Igreja particular, mas deve saber ampliar seu olhar a toda a Igreja universal. Foi a recomendação do Papa Bento XVI aos novos cardeais, recebidos em audiência ontem, junto com seus familiares e acompanhantes na Sala Paulo VI.

Numa mostra de afeto e apoio, Bento XVI quis saudar os 24 novos purpurados em seus respectivos idiomas, afirmando sua confiança neles e no trabalho que desempenharão a partir de agora.

“Confio muito em vocês, na sua oração e na sua preciosa ajuda”, disse o Papa, animando-os a seguir o “exemplo luminoso dos santos cardeais, intrépidos servidores da Igreja que, ao longo dos séculos, deram glória a Deus com o exercício heróico das virtudes e a tenaz fidelidade ao Evangelho”.

Invocando sobre eles a mártir Santa Cecília, cuja festa se celebrava ontem, relembrou seu compromisso “de ser atentos ouvintes das diversas vozes da Igreja, para tornar mais profunda a unidade dos corações”.

Aos cardeais italianos, cuja maioria já é membro da Cúria Romana, exortou a “perseverar fielmente em suas respectivas tarefas pelo bem do Evangelho e de todo o povo cristão”.

Aos de língua francesa, como o patriarca de Alexandria do Coptas, Antonios Naguib, e dos africanos, fez o convite a “estender o olhar às dimensões da Igreja universal” e a ser “testemunhas ardentes do Evangelho para voltar a dar ao mundo a esperança que necessita e para contribuir para o estabelecimento da paz e da fraternidade”.

Dirigindo-se aos cardeais de língua inglesa, disse que “os cardeais estão chamados a participar de uma forma especial da solicitude do Papa pela Igreja universal”.

Ao cumprimentar os de fala alemã, saudou especialmente o novo cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, salientando sua “importante tarefa ao serviço da Igreja Universal e do Papa na unidade dos cristãos”.

Em espanhol, o Papa felicitou os novos cardeais pedindo que “movidos por um amor intenso a Cristo e unidos em estreita comunhão com o Sucessor de Pedro, continuem servindo com fidelidade à Igreja”.

Relembrando a visita ao Brasil, Bento XVI dirigiu-se a Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, afirmando que a viagem ao país lhe concedeu “horas de íntima alegria e grande esperança eclesial”.

Ao cumprimentar o cardeal polonês Kazimierz Nycz, lembrou que a nomeação cardinalícia “obriga à solicitude já não só pela Igreja local, mas por toda a Igreja universal além da estreita colaboração com o Papa em seu ministério”.

sábado, 20 de novembro de 2010

Solenidade de Cristo Rei do Universo!

Salve Jesus Cristo, Rei de nossos corações e Rei do Universo!
Por Jonas Cunha y Silva











Hoje, é dia de festa em toda comunidade Católica espalhada pelo mundo, celebramos Cristo que é Rei soberano de nossos corações e de todo universo. Esta solenidade foi instaurada pelo Papa Pio XI em 1925, com o fim de trazer consolo as desordens que afligiam o mundo na época e que continuam até os nossos tempos, o Santo Padre acreditava que a instauração de uma solenidade produziria mais frutos aos fiéis do que um documento ou uma encíclica, pois deste modo os fiéis participariam ativamente da solenidade, de corpo, alma e coração.


Basta ligar a TV, o rádio, ler as revistas e jornais diários, catástrofes, violências, drogas, iniqüidades etc. tudo isso infelizmente passou a serem coisas rotineiras, coisas do dia-a-dia de todas as cidades, estados e países de todo globo terrestre. Será que existe uma solução para tudo isso? Sim, existe, tudo isso terá fim, quando enfim Cristo for o Rei definitivo e soberano de nossos corações, de nossas cidades, de nossos países, enfim, de todo o universo. Porque a solenidade de Cristo Rei traz as respostas para a resolução dos problemas de toda a humanidade? O próprio Santo Padre (PIO XI) responde: “Em primeiro lugar porque toda essa profusão de males provém do homem, e por terem afastado Jesus Cristo e sua lei perfeitíssima do convívio familiar e da vida pública, e porque, para restaurar e consolidar a paz, não há meio mais eficaz do que restaurar a soberania de Nosso Senhor.”

Atualmente tudo está andando rumo à decadência, leis contra a dignidade humana são aprovadas por políticos: aborto, casamento homossexual, eutanásia etc. Tantos sintomas não enganam: são o sinal certo de uma doença chamada laicismo (a peste de nossos tempos segundo PIO XI). “Deus e Jesus Cristo tendo sido excluídos da legislação e dos assuntos públicos, a autoridade já não recebendo a sua origem de Deus mas dos homens, aconteceu que… o próprio fundamento da autoridade foi abolido enquanto suprimiam o motivo essencial do direito de mandar e de obedecer. Fatalmente o resultado foi o abalo da sociedade humana toda, já privada de sustentáculo e de apoio firmes (Pio XI, Ubi arcano, 23/12/1922)”. Porque será que atualmente, tantos rejeitam o Reino de Cristo? Do que têm medo? Cristo não teve soldados para libertá-lo dos judeus, e, quando queriam fazer D’Ele um Rei, ele próprio fugiu. Ao mesmo tempo diante de Pilatos ele afirma: “Meu Reino não é deste mundo.” “Não rouba coroas efêmeras, aquele que distribui as coroas do Céu.”

Nesta grande solenidade de nossa Santa Igreja, acordemos! Sejamos soldados fiéis deste Grande Rei que é Jesus Cristo, sejamos fiéis soldados! Soldados que dão a vida pelos ideais de seu Rei e por todo o Reino dele. Analisemos neste fim de ciclo litúrgico, nossas ações em benefício da instauração do Reino, será que combati o bom combate? Será que fui um bom soldado? Será que vivi como deveria viver o ano litúrgico?

Termino este post com frases de mártires dos primeiros séculos da nossa Igreja, aprendamos deles, os grandes Soldados da Fé!

O martírio é o testemunho supremo dado à verdade da fé: ele manifesta um testemunho que vai até a morte. O mártir dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, a quem fica unido pela caridade. Dá testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã. Aguenta a morte graças a um ato de força « Deixai que seja a comida das feras. É por elas que poderei chegar a Deus » (S Inácio de Antioche, Rom.4,01).

«De nada me servirão os encantos do mundo nem dos reinos deste século. É melhor para mim morrer (para me unir) a Cristo Jesus do que reinar sobre as extremidades da terra. É Ele que procuro, que morreu por nós ; Ele que quero, que ressuscitou por nós. O meu parto está próximo… » (S.Inácio de Antioche, Rom. 6, 1-2).

« Eu bendigo-Te por me ter julgado digno deste dia e desta hora, digno de ser contado entre os teus mártires… Cumpriste a tua promessa, Deus da fidelidade e da verdade. Por essa graça e por todas as coisas, eu louvo-te, bendigo-te pelo eterno e celeste Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, o teu Filho muito amado. Por ele, que está contigo, glória te seja dada, agora e nos séculos. Amem » (S.Polycarpe, matr. 14, 2-3).

Cristo Rei Nosso: Venha a nós o Vosso Reino!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Aumenta a Confiança na Igreja Católica


Uma pesquisa divulgada nessa quarta-feira no Brasil mostra que a Igreja Católica saltou do sétimo para o segundo lugar no ranking de confiança da população nas instituições.

A pesquisa, realizada pela Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas em São Paulo, tinha como objetivo primeiro medir o Índice de Confiança na Justiça (ICJ Brasil).

De acordo com os dados, o Judiciário ficou em oitavo lugar, empatado com a polícia e à frente apenas do Congresso e dos partidos políticos.

Já a confiança na Igreja aumentou 60% do segundo para o terceiro trimestre deste ano, passado de 34% para 54%.

Luciana Gross Cunha, professora da Direito GV e coordenadora do ICJ Brasil, considera que a controvérsia sobre o aborto nas eleições presidenciais pesou para o aumento do índice de confiança na Igreja.

"A Igreja estava em um grau baixo de avaliação quando foi feita a apuração no segundo trimestre, muito perto da crise envolvendo a instituição com denúncias de pedofilia", disse Luciana ao jornal O Estado de S. Paulo.

"A última fase da coleta coincidiu com a discussão sobre o aborto nas eleições presidenciais. Isso fez a diferença", afirmou.

"A Igreja só perde para as Forças Armadas e ganha de longe do governo federal e, inclusive, das emissoras de TV, que normalmente são instituições consideradas confiáveis pela população", disse a pesquisadora.

O Dom da Palavra


O mundo contemporâneo é marcado, de modo especial, pela palavra. A técnica da comunicação permite uma circulação indescritível, em volume e rapidez, da informação. A palavra é o insubstituível amálgama das relações na definição das estratégias de programas governamentais e privados, nas configurações institucionais. É a palavra também que configura, concretamente, o amor que se experimenta e faz desabrochar nos corações entendimentos e sentidos que sustentam a vida a cada dia.
A singularidade e a importância da palavra que compõe esses discursos todos é ciência própria, complexa e vasta. Exigem hermenêuticas para lidar com os desafios incontáveis das interpretações e dos sentidos que alavancam o amor, a superação do ódio, o entusiasmo pela paz e a convicção de que é preciso lutar incansavelmente pela justiça e a concórdia entre todos. Nessa avalanche tsunâmica, em se pensando que em cada cabeça há uma sentença, em cada coração um mundo e em toda inteligência infinitas possibilidades de leituras e entendimentos, fala-se muito e, muitas vezes, de forma irrefletida.
A palavra causa também descompassos, fere, destrói, prejudica, atrasa, inviabiliza. Exige ciência e amor. O amor é a fonte da verdadeira palavra. Não existe outra fonte inesgotável do amor a não ser Deus. Todo amor vem de Deus. Nenhum outro, por si e em si, é fonte do amor. Deus é amor que fala. A palavra de Deus é dom, dom de si mesmo, total e pleno. É Jesus Cristo, o Filho unigênito que se encarnou.
As páginas do Evangelho perenizam esta verdade e apontam o caminho duradouro para o amor. Dá ao amor experimentado nos corações pela força de sentimentos, a purificação e a consistência que produz vida e ilumina inteligências nos diferentes campos do saber, nas decisões importantes para a sociedade, na vida familiar e no recôndito das consciências. É preciso, pois, pensando o quanto cada qual usa a palavra, por direito e por necessidade, a cada instante da vida, voltar-se permanentemente para a fonte desta palavra que é Deus. A Palavra de Deus é esta fonte, por ser amor é ciência insuperável.
Essa reflexão integrou o amplo horizonte motivacional que levou a Igreja Católica, no Concílio Vaticano II, 1962/65, a retomar, com a Constituição Dei Verbum, a Palavra de Deus, esta fonte para revitalizar sua vida secular. Esta retomada periódica necessária se deu em outubro de 2008, durante o XI Sínodo Ordinário, em Roma, presidido pelo Papa Bento XVI, congregando bispos delegados, religiosos, leigos, peritos, observadores e convidados do mundo inteiro. As proposições oferecidas ao Papa inspiraram em seu coração de pastor, a exortação pós-sinodal A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja.
A riqueza da palavra do Papa Bento XVI remete a todos, como convocação especial à Igreja Católica, à fonte do amor, Deus. Esse precioso documento indica caminhos de conhecimento, atenções e horizontes bem delineados para qualificar a palavra de todo aquele que crê. A Igreja Católica no Brasil recebe, portanto, uma fecundação particular, já trilhando, com mais audácia missionária, os caminhos de sua missão desde a 5ª Conferência dos Bispos da América Latina e do Caribe, em Aparecida, ao retomar a força espiritual do discipulado no seguimento de Jesus Cristo.
A Palavra de Deus em primeiro lugar é o compromisso para dar às responsabilidades, aos entendimentos e às decisões, a força que só vem de quem escuta o amor, Deus. Vale debruçar sobre a Palavra de Deus, ainda que inicialmente por razões poéticas, literárias, hermenêuticas e culturais. O resultado será o encontro mais precioso que se pode ter na vida - com Jesus Cristo. Encontro que qualifica todos os outros. A vida que vale ser vivida é duradoura, mesmo para além do tempo, quando é amor - amor que é Deus, aquele que se revela em Cristo, o Dom da Palavra.


Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Bento XVI nomeia novo Bispo para o Brasil



O papa Bento XVI nomeou o frei Jaime Spengler, da Ordem dos Frades Menores (OFM), bispo auxiliar da arquidiocese de Porto Alegre (RS). O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 10, e a nomeação atende ao pedido do arcebispo de Porto Alegre, dom Dadeus Grings.

Atual pároco da paróquia Bom Jesus dos Perdões e Guardião da Fraternidade Franciscana Bom Jesus em Curitiba (PR), frei Jaime nasceu em Gaspar, Santa Catarina, em 6 de setembro de 1960. Ingressou no seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP) em 1980 e emitiu seus primeiros votos em 1983.

Frei Jaime fez os cursos de filosofia e teologia em Petrópolis (RJ) e foi ordenado padre em 17 de novembro de 1990. De 1991 a 1995 foi mestre dos postulantes e professor no Seminário Frei Galvão. Em Roma, fez o doutorado de filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum. Foi vice-reitor e professor do Instituto Filosófico São Boaventura, em Campo Largo (PR).

Em 2002 é nomeado Guardião da Fraternidade de Campo Largo e, em 2003, é transferido para o Convento Bom Jesus dos Perdões, em Curitiba, como Guardião, vigário paroquial e professor de filosofia no Centro Universitário Franciscano do Paraná.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dom Eugênio 90 anos
















D.Orani João Tempesta*
A Igreja Particular de São Sebastião do Rio de Janeiro, unida à Igreja que peregrina no Brasil e à universalidade de toda a Igreja Católica no mundo, rendem uníssona um hino de ação de graças a Deus pelos 90 anos da abençoada existência de Sua Eminência Reverendíssima o Cardeal Eugênio de Araújo Sales, quinto Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Dom Eugênio, nascido a 08 de novembro de 1920, em Acari, no Rio Grande do Norte, da família abençoada de Josefa de Araújo Sales e do desembargador Celso Dantas Sales, constituiu uma vida e uma longa folha de serviços eclesiásticos prestados, com humildade, perseverança e dedicação, desde os tempos de jovem padre ordenado na Arquidiocese de Natal, em 21 de novembro de 1943, pela imposição das mãos de Dom Marcolino Esmeraldo de Souza Dantas, bispo de Natal.

Como bispo, nomeado a 1º de junho de 1954, com apenas trinta e três anos, para Bispo Auxiliar de Natal. Em 1962 foi nomeado Administrador Apostólico de Natal. Foi Administrador Apostólico de São Salvador da Bahia em 1964, sendo nomeado Arcebispo Primaz do Brasil em 29 de outubro de 1968. O Papa Paulo VI inscreveu Dom Eugênio no Sacro Colégio dos Cardeais no consistório de 28 de abril de 1969, com o título de São Gregório VII. Em 13 de março de 1971, o Papa Paulo VI transferiu o Cardeal Sales para Arcebispo do Rio de Janeiro. Por fecundos trinta anos, a Igreja do Rio foi guiada por Dom Eugênio até a sua renúncia ter sido aceita pelo Papa, aos oitenta anos, em 25 de julho de 2001.

Desde jovem sacerdote em Natal, Dom Eugênio foi preocupado com a formação do clero e com os meios necessários para anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Depois de ser nomeado bispo, Dom Eugênio, em Natal, foi pioneiro em ações pastorais para a Igreja no Brasil, como a idealização da Campanha da Fraternidade, a criação das comunidades eclesiais como forma pastoral, a entrega de paróquias às religiosas, a motorização do clero, as escolas radiofônicas, os sindicatos rurais. Ações estas que foram feitas com grande entusiasmo, muita discrição e colocando sempre em primeiro lugar a necessidade de que a Igreja usasse todos os meios necessários, particularmente os meios de comunicação social, para anunciar o Evangelho, para dar dignidade aos mais pobres, dando-lhes condições de trabalho digno, de renda e de organização para lutar pelos seus direitos.

A fecundidade das múltiplas ações pastorais, sociais e caritativos de Dom Eugênio, em Natal, fizeram com que o seu amigo Dom Helder Câmara, ao fundar a CNBB junto com os Cardeais Motta e Câmara, colocasse em prática as inovações pastorais criadas por Dom Eugênio, sendo que a Campanha da Fraternidade, nascida em Natal sob a guia do jovem Bispo potiguar, assumida pelo Episcopado, logo se espalhasse para todo o Brasil, numa capilaridade pastoral perfeita em que assuntos prementes da vida eclesial sejam discutidos e trabalhados sempre na busca de soluções melhores para a vida do nosso povo.

O Cardeal Dom Jaime, antes de morrer, já começava a aplicar na Arquidiocese do Rio as mudanças propostas pelo Concílio Vaticano II. Dom Eugênio, ao chegar ao Rio de Janeiro, implementou imediatamente as ações evangelizadoras do Concílio Vaticano II, mesmo com as normais dificuldades. Manteve firme a sua confiança inabalável em Deus e governou esta Igreja como sua esposa, sendo o Bom Pastor que conhecia as suas ovelhas, que as chamava pelos nomes e que as confirmava na irrestrita fidelidade a Deus, à Igreja, à Sé de Pedro e ao Papa.

A Igreja do Rio viveu esta comunhão e esta unidade pastoral na fidelidade e no silêncio da ajuda caritativa que sempre chegou aos mais pobres e mais desvalidados, principalmente com a Cruzada de São Sebastião, o Banco da Providência, com a sua Feira da Providência, a Pastoral do Menor, a Pastoral da Criança, entre outras muitas atividades sociais. Muitas ações de Dom Eugênio foram consideradas fundamentais na vida da cidade do Rio, como aquela ação em favor dos mais pobres, como no caso em que os moradores da favela do Vidigal não foram removidos graças à sua intervenção através da pastoral das favelas. Dom Eugênio subia e descia as favelas, morros e bairros de nossa cidade sempre dialogando e levando a Palavra de Deus aos mais pobres e desvalidos, cuidando de seus direitos, sem se esquecer de dialogar com todos os demais habitantes, principalmente com os construtores da sociedade.

A preocupação permanente da formação do clero foi uma das marcas de Dom Eugênio, que renovou o Seminário São José, incentivando as vocações, ordenando muitos presbíteros (215 durante o seu episcopado) e dando uma assistência especial, por si ou por seus bispos auxiliares, aos padres de sua Arquidiocese.

Bendizemos a Deus pelas vocações sacerdotais e o seu incremento no governo de Dom Eugênio, com muitas ordenações e o seu carinho pelo clero. Para com os bispos do Brasil, organizou anualmente o curso dos Bispos no Sumaré, em que teve a alegria de hospedar em sua primeira edição o então Cardeal Joseph Ratzinger, que veio falar ao episcopado e, depois do mesmo, falou para leigos e religiosos. Estes encontros, dos quais eu mesmo participei em seu governo, eram e ainda são momentos de oração, de renovação espiritual e de atualização nas várias áreas da teologia e dos assuntos eclesiais.


Não podemos deixar de dizer da ampla e silenciosa rede de assistência aos mais pobres que foi idealizada, levada a efeito e protegida por Dom Eugênio em seu longo governo de trinta anos em nossa Arquidiocese. Não era apenas um discurso a defesa dos pobres, mas na prática, no dia a dia, no socorro de suas necessidades e na sua colocação profissional, ou seja, a sua promoção. O Cardeal Sales, silenciosamente, como ele mesmo gosta de dizer, protegeu os presos políticos, ajudou-os materialmente e foi a sua voz junto aos militares, e sempre foi ouvido pelo respeito de suas posições sempre claras, não se comprometendo nem com os militares e nem com a luta armada. Todos conhecem histórias de como ele mesmo levava pessoas que necessitavam sair do país, com o seu veículo, até o Aeroporto. Dom Eugênio é também referência para os refugiados na América Latina e a sua ação, silenciosa e persistente, deu asilo e proteção a muitas pessoas perseguidas em seus países. Muitos hoje retornam e fazem questão de dizer como o Arcebispo do Rio agia com energia e ajudava os que mais precisavam.

No mundo da cultura, o episcopado de Dom Eugênio foi admirável, não só no diálogo com o vasto mundo intelectual do Rio de Janeiro, mas nas parcerias entre a Arquidiocese e a intelectualidade. Homem da boa imprensa, sempre manteve colunas semanais nos jornais Diário de Notícias, O Dia, Jornal do Commercio e O Jornal. Atualmente escreve no jornal O Globo e no Jornal Testemunho de Fé, este da Arquidiocese do Rio.

Desde o início no Rio de Janeiro até recentemente tinha programas semanais nas TVs Tupi, Rio, Globo, Educativa, RedeVida, Canção Nova e Rádios, entre elas Nacional, Vera Cruz, Roquete Pinto, Jornal do Brasil, Carioca, Catedral e Canção Nova. Um homem admirável, que unia doutrina com a ortopraxis, sendo fidelíssimo a Deus, à Igreja e aos Romanos Pontífices.

Homem da Igreja, homem de oração, homem de fé! Dom Eugênio enfrentou as alegrias e as tristezas, enfrentou os trabalhos e as adversidades com a serenidade de um homem de fé, que tendo como exército o breviário, o rosário, a confiança em Deus e a promessa de Cristo a Pedro que de as “portas do inferno jamais sucumbirão a Igreja”, passou por tudo com a serenidade dos justos. Tudo isso foi possível porque invocou sempre a proteção de São Sebastião e de Santana, Padroeiros do Rio de Janeiro, e sempre contemplou e orou diante do Cristo Redentor, que, protegendo a sua vida e o seu ministério, o inspirou muito em fazer, de sua maneira, o melhor bem espiritual para o Rio de Janeiro.

A Igreja do Rio se reúne solenemente neste dia 06 para dizer que tem muito a agradecer a Deus pelo grande Patriarca que ela respeita e agradecer o seu ministério, a sua vida, a sua fidelidade, o seu exemplo. A síntese da vida de meu predecessor se traduz no seu lema – “Impendam et superimpendar”, fundamenta-se na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios (2Cor 12, 15): “Quanto a mim, de muita boa vontade gastarei o que for preciso e me gastarei inteiramente por vós.”

Assim, nós que temos o peso e tremor de suceder ao querido Cardeal Sales, podemos resumir a sua vida da seguinte forma: Um homem que se consagrou a Deus, cujas promessas da ordenação sacerdotal foram vividas rigorosamente no exercício do seu ministério através da fidelidade ao Papa e à Igreja, e no serviço em prol dos mais necessitados. Não lhe importava, ou não importa agradar, mas ser fiel a Cristo sendo, por isso, Sua testemunha. A sua vida de oração, os seus sentimentos, os seus pensamentos, sua conduta, seus afazeres têm uma meta: a causa do Reino.

E a causa do Reino consumiu a sua fidelidade, e nós dizemos: Muito obrigado, Cardeal Sales, pelo exemplo que edificou, pela Palavra que santificou, pela Igreja que uniu, pela fidelidade ao Magistério que ensinou e, ainda mais, sua missão para que aparecesse sempre mais o Cristo que, visibilizado na imagem do Cristo Redentor, fosse Ele a iluminar e abençoar, através de sua ação ministerial a Igreja do Rio e a Igreja Católica.
*+Dom Orani João Tempesta é Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro-RJ

O Papa na Espanha

















O Santo Padre Bento XVI, realizou nos dias 06 e 07 de novembro do corrente, sua 18ª Viagem Apostólica fora da Itália. O País que recebeu o Pontifíce essa vez foi a Espanha, na ocasião o Romano Pontifíce visitou Santiago de Compostela e Barcelona, onde esteve na Catedral de Santiago e celebrou Missa por ocasião do Ano Jubilar Compostelano; em Barcelona o Santo Padre dedicou o Altar da Igreja Sagrada Família.O Santo Padre foi acolhido pela Família Real Espanhola. A Espanha terá a honra de receber o Papa novamente em agosto de 2011, na Jornada Mundial da Juventude

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Bento XVI parabeniza Dom Eugênio de Araújo Cardeal Sales




Na tarde desta quarta-feira, 3, o Arcebispo Emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro Cardeal, Dom Eugênio de Araújo Sales, recebeu do Papa Bento XVI uma carta de felicitações pelo seu 90º aniversário natalício, a ser celebrado na segunda-feira, 8.

O Arcebispo Metropolitano, Dom Orani João Tempesta, fez a entrega do texto assinado pelo Sumo Pontífice a Dom Eugênio, no Palácio São Joaquim, na Glória. "Eu acabo de receber uma carta altamente elogiosa do Santo Padre, eu não atribuo a mim, mas ao conjunto da diocese, disse Dom Eugênio.

O cardeal, assim como "as pessoas que lhe são queridas, as Comunidades diocesanas pastoreadas e particularmente o povo carioca" receberam, assim, por meio da mensagem enviada pelo Santo Padre, "uma particular bênção apostólica".