domingo, 30 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012


2012 foi um ano importante para a vida da Igreja Católica, relembremos pois os fatos que marcaram esse ano em nível internacional, nacional e diocesano

Internacional:
 O Papa Bento XVI visitou o México, Cuba e o Líbano, convocou e realizou dois consistórios, criando no primeiro 22 novos cardeais, entre eles, o brasileiro Dom João Braz de Aviz, e no segundo consistório criou 6 novos cardeais, canonizou 13 novos santos, abriu o Ano da Fé e as comemorações dos 50 anos do Concílio Vaticano II, realizou o Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, escreveu o último livro da trilogia de Jesus de Nazaré sobre a Infância de Jesus, autorizou a Beatificação do Papa Paulo VI, entrou no Twitter, tendo mais de 2 milhões de seguidores;
 Também em 2012 houve a realização do Congresso Eucarístico Internacional na Irlanda, o Catecismo da Igreja Católica completou 20 anos, o mordomo do Papa foi denunciado por revelar documentos secretos.

Nacional: 
 O Papa Bento XVI nomeou novo Núncio Apostólico para o Brasil e nomeou 30 novos Bispos para o País, sendo divididos em bispos auxiliares, diocesanos e arcebispos;
 A CNBB realizou sua 50ª Assembleia Geral e comemorou 60 anos de criação;
 Foram escolhidos o Hino, Logo, Patronos e Intercessores da JMJ Rio 2013;
 Faleceram 17 bispos, entre eles o Cardeal Eugênio de Araújo Sales.

Diocesano:
 Dom Fernando ordenou dois novos sacerdotes, criou uma nova Paróquia, realizou Visita Pastoral nas Regiões de Santa Bárbara D'Oeste e Rio Claro;
 Lançado o Brasão Diocesano;
 Falecimento de Dom Eduardo Koaik - Bispo Emérito
 Dedicação da Matriz de São Joaquim
 Jubileu de Diamante Sacerdotal de Monsenhor Juliani
 Translado dos restos mortais de Monsenhor Rosa e de Dom Aniger da cripta para dentro da Catedral
 Translado dos restos mortais de Dom Ernesto da cripta da Catedral da Sé para a Catedral de Piracicaba.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Bento XVI abre caminho para a beatificação do Papa Paulo VI



Bento XVI aprovou a publicação do decreto que reconhece as ‘virtudes heroicas’ de Giovanni Battista Montini (1897-1978), Paulo VI, eleito Papa em junho de 1963 e o primeiro a visitar Portugal, em 1967.

Esta é uma etapa do processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, e permite que, após o reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão do Papa italiano, tenha lugar a sua beatificação, penúltima etapa para a declaração da santidade.

Entre os nove Papas que a Igreja Católica teve no século XX há, neste momento, um santo (Pio X) e dois beatos (João XXIII e João Paulo II).

A canonização, ato reservado ao Papa desde o século XIII, é a confirmação, por parte da Igreja Católica, que um fiel católico é digno de culto público universal e de ser apresentado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade. Nos primeiros séculos da Igreja, o reconhecimento da santidade acontecia em âmbito local, a partir da fama popular do santo e com a aprovação dos bispos.

Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini nasceu a 26 de setembro de 1897 na Lombardia, Itália, e foi ordenado padre em 1920, tendo entrado ao serviço diplomático da Santa Sé.Nomeado arcebispo de Milão em 1953, foi criado cardeal em dezembro de 1958, por João XXIII, a quem viria a suceder, cinco anos depois, já com o Concílio Vaticano II (1962-1965) em andamento, tendo-lhe dado continuidade.

Entre 1964 e 1970, Paulo VI fez nove viagens internacionais, as primeiras de um Papa moderno, incluindo a passagem por Fátima a 13 de maio de 1967.

O Papa italiano escreveu sete encíclicas, entre as quais a ‘Humanae vitae’ (1968), sobre a regulação da natalidade, e a ‘Populorum progressio’ (1967), sobre o desenvolvimento dos povos; assinou ainda a exortação apostólica ‘Evangelii nuntiandi’ (1975), sobre a evangelização no mundo contemporâneo, e discursou na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque, a 4 de outubro de 1965.

Paulo VI morreu no dia 6 de agosto de 1978.
Fonte: Canção Nova

Decretos referentes a novos santos para a Igreja são promulgados




Bento XVI autorizou nesta quinta-feira a Congregação das Causas dos Santos a promulgar os Decretos concernentes a numerosos novos Santos, entre os quais, Antonio Primaldo e companheiros, mais de 800, assassinados por ódio à fé durante o assédio turco de Otranto – sul da Itália – em 1480; concernentes também a 40 novos Beatos, entre os quais muitos mártires durante a guerra civil espanhola.
O Decreto também se refere a 10 novos Veneráveis, entre os quais o Papa Paulo VI, de quem foram reconhecidas as virtudes heróicas. A Rádio Vaticano entrevistou o Postulador da Causa de Beatificação de Paulo VI, Pe. Antonio Marrazzo, que nos disse como recebeu a notícia:

"Foi uma grande alegria, uma grande serenidade... Há uma devoção por parte de tantos fiéis praticamente no mundo inteiro, e verificamos isso com a documentação na positio. Ademais, o Papa Giovanni Battista Montini representa um período da Igreja de grande importância e nos fez redescobrir a parte fundamental do nosso ser cristão: um retorno a um Cristo mais autêntico, e também à humanidade de Cristo. Foi um homem de fé verdadeira: vimos isso em seus gestos. Hoje podemos falar e entender de paz, de dignidade humana, de respeito pela pessoa, de respeito pela vida, pela família, e em grande parte devemos a ele."

Entre os próximos novos Santos figura a Beata Laura de Santa Catarina de Sena (no século Maria Laura de Jesus Montoya y Upegui), fundadora da Congregação das Irmãs Missionárias da Beata Virgem Maria Imaculada e de Santa Catarina de Sena, nascida em Jericó (Colômbia) em 26 de maio de 1874, falecida em Belencito-Madellín (Colômbia) em 21 de outubro de 1949.

Figura também a Beata Maria Guadalupe (no século Anastácia Guadalupe García Zavala), co-fundadora das Servas de Santa Margarida Maria e dos Pobres, nascida em Zapoan (México) em 27 de abril de 1878, falecida em Guadalajara (México) em 24 de junho de 1963.
Fonte: Rádio Vaticano

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Bispo recebe proteção do Estado após ameaças de morte



Depois de receber o apoio do Conselho Indigenista Missionário, da Comissão Pastoral da Terra e de várias organizações, e sob recomendação do Governo Federal, o bispo emérito de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga, de 84 anos, encontra-se protegido pela Polícia.

Dom Pedro Casaldáliga é conhecido pelo trabalho em comunidades indígenas; recebeu diversas ameaças de morte por atuar em defesa dos índios da região e teve que ser retirado de sua casa para local desconhecido depois que uma decisão judicial a favor dos índios xavantes tornou o clima mais tenso no município matogrossense.

Em discurso durante a entrega do 18º Prêmio Direitos Humanos, nesta terça-feira, 17 de dezembro, no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF), a Presidente Dilma Rousseff declarou que a defesa dos direitos humanos é um assunto importante não apenas para seu governo, mas uma preocupação pessoal, pois pertenceu a uma geração que teve a liberdade restrita pelo Estado.

“O assunto, além de ser importante nacionalmente, me comove porque a minha geração sentiu na carne o abuso de poder, a truculência do Estado, e sabe como é importante, fundamental, o respeito pelos direitos humanos e, mais do que isso, sabe que esse é o pilar fundamental de uma sociedade” - disse Dilma.

Após entregar o prêmio a 17 personalidades e entidades homenageadas nesta edição, Dilma pediu que os premiados não se deixem abater e continuem lutando em defesa dos direitos humanos. Entre os premiados desta edição, estão os bispos Dom Pedro Casaldáliga e Dom Tomás Balduíno, reconhecidos com uma homenagem especial pela defesa de direitos dos índios.

Durante o discurso, a presidente disse que o governo está trabalhando para garantir a proteção do religioso. “Dom Pedro Casaldáliga e Dom Tomás Balduíno são dois homens que o Brasil aprendeu a admirar e dos quais eu me orgulho de ser contemporânea. Faço questão de informar que o Estado se manterá dedicado com todos os meios de forças policiais e civis disponíveis para garantir sua segurança e proteção” - declarou.
Fonte: Rádio Vaticano

Papa já tem mais de 2 milhões de seguidores no twitter



Cinco dias após ter enviado  seu primeiro tweet,a conta em oito línguas do Papa Bento XVI, a @Pontifex, superou dois milhões de seguidores. O Presidente da Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Arcebispo Cláudio Maria Celli conversou com a Rádio Vaticano sobre o ingresso de Bento XVI neste novo espaço de comunicação.
Dom Celli explicou que o Santo Padre quis entrar no twitter porque este também é um ambiente existencial para o homem de hoje. "As novas tecnologias deram origem a uma nova cultura: deixaram de ser um instrumento de comunicação para se tornar um lugar, um ambiente, onde o homem de hoje vive. O desejo do Santo Padre é de estar alí onde os homens habitam e estar ao lado deles com palavras de verdade, adaptando-se a esta linguagem criada pelo Twitter, em 140 caracteres”.
Referindo-se aos diferentes contextos e limites da cultura digital, como as redes sociais, o prelado observa que “se olharmos para o mapa de distribuição de tecnologias, nos damos conta que na África existe um vazio. Isto significa que faltam provedores, falta eletricidade, faltam tantas coisas. O mesmo vale para algumas regiões da América Latina e da Ásia. Isto representa para a Igreja, que também ela, que atua nestes contextos para anunciar o Evangelho, deve levar em consideração as diferentes velocidades com que são oferecidas estas novas possibilidades digitais.”
O Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais adverte para o risco de as notícias não serem avaliadas corretamente devido à quantidade e à velocidade com que chegam a nós: “Corremos o risco de perder a orientação. Somos inundados por tantas notícias, que não conseguimos descobrir onde está a Boa Nova, que é a resposta verdadeira aos problemas, da minha vida, do meu coração e isto, inegavelmente, é um desafio. Por esta razão temos necessidade não de fechar, mas de educar as pessoas neste contexto comunicativo, para descobrir o sentido de certas coisas”, conclui.  
Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Papa nomeia novo Arcebispo de Manaus




Dom Sérgio Castriani - Nomeado Arcebispo Metropolitano de Manaus - AM

O papa Bento XVI aceitou a renuncia, por motivo de idade - 75 anos, do arcebispo de Manaus (AM), dom Luiz Soares Vieira, e nomeou em seu lugar o bispo prelado de Tefé (AM), dom Sérgio Eduardo Castriani. 
Dom Luiz Soares Vieira, entre outras atividades, foi bispo de Macapá (AP), vice-presidente do Regional Norte 2 da CNBB (Amapá e Pará), presidente e vice do Regional Norte 1 da CNBB (Norte do Amazonas e Roraima), delegado na Conferência de Santo Domingo e vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de 2007 a 2011. Seu lema episcopal era: “Servir não ser servido”.

Dom Sérgio Castriani nasceu em 1954, em Regente Feijó (SP). Sua ordenação presbiteral foi em 1978, em São Paulo e ordenado bispo prelado de Tefé, em 1998. Dom Castriani estudou Filosofia na faculdade Nossa Senhora Medianeira (SP) e Teologia no Instituto Teológico Pio XI, também na capital paulista.
Dom Sérgio atuou como secretário do Regional Norte 1 da CNBB (Norte do Amazonas e Roraima) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial por dois mandatos (2003 a 2011). Seu lema episcopal é “Habitou entre nós”.
Fonte: CNBB

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Bento XVI envia seu primeiro tweet


O Papa Bento XVI fez sua primeira postagem no twitter nesta quarta-feira, 12, em sua conta @Pontifex . Em seu primeiro tweet, o Santo Padre disse que é um prazer estar em contato com os fiéis através desta rede social.

“Queridos amigos, é com alegria que entro em contato convosco via twitter. Obrigado pela resposta generosa. De coração vos abençoo a todos”, escreveu o Pontífice. 

A postagem foi feita após a bênção ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, na Sala Paulo VI. Cinco jovens, representando os cinco continentes, se aproximaram do Pontífice com um tablet. Deste tablet, o Papa enviou o seu primeiro tweet.

A conta oficial do Pontífice no microblog foi anunciada no dia 3 de dezembro, durante coletiva de imprensa no Vaticano. Na ocasião, uma nota ofcial da Santa Sé explicou que “a presença do Papa no Twitter é uma expressão concreta de sua convicção de que a Igreja deve estar presente no mundo digital".

Há um ano e meio, o Santo Padre enviou o seu primeiro tweet no @news_va por ocasião do lançamento do portal de notícias do Vaticano - www.news.va. Desta vez, Bento XVI criou sua própria conta. A princípio, os tweets serão publicados por ocasião das Catequeses, às quartas-feiras, mas, em seguida, poderá haver uma frequência maior, segundo informou a nota da Santa Sé.

Os tweets do Santo Padre serão publicados em vários idiomas: espanhol - @pontifex_es ; italiano - @pontifex_it; português - @pontifex_pt; alemão - @pontifex_de; polaco - @pontifex_pl; árabe - @pontifex_ar; francês - @pontifex_fr.

Primeira pergunta respondida no twitter

Na coletiva realizada no Vaticano, também foi anunciado que o Papa iria responder às perguntas dos fiéis relativas à vida de fé. As perguntas podiam ser enviadas até o dia do primeiro tweet (hoje) por meio da tag #askpontifex. Veja abaixo a primeira pergunta e a resposta dada pelo Santo Padre:

"Como podemos viver melhor o Ano da Fé no nosso dia a dia?"

"Dialoga com Jesus na oração, escuta Jesus que te fala no Evangelho, encontra Jesus que está presente nas pessoas que passam necessidade", escreveu Bento XVI via twitter.
Fonte: Canção Nova

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

UNESCO declara Igreja da Natividade como patrimônio da humanidade



A Igreja da Palestina da Natividade, em Belém, defendida por muitos como sendo o local onde Jesus Cristo nasceu, foi declarada pela UNESCO, braço das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura, como patrimônio da humanidade.

A concessão do título para a igreja partiu de uma proposta da Autoridade Nacional Palestina (ANP), sendo aprovada e anunciada durante um evento em São Petersburgo, na Rússia. Com esse título, a igreja e sua rota de peregrinação – um dos principais lugares sagrados para o Cristianismo – passam a ficar sob proteção e financiamento das Organizações das Nações Unidas (ONU).

Essa foi a primeira vez que um local pleiteado pelos palestinos recebeu o título de patrimônio da humanidade pela UNESCO.
Fonte: Canção Nova

Vida do Papa Bento XVI chegará ao cinema



A Odeon Film anunciou em Munich (Alemanha), que em 2014 iniciará a filmagem de um filme sobre a vida e a obra de Joseph Ratzinger, o Papa Bento XVI, e que terá como base a biografia escrita pelo jornalista Peter Seewald que será publicada esse ano.

Conforme se informou, Odeon Film assinou um acordo com o H&V Entertainment e com Peter Weckert para a realização do filme.

Seewald publicou vários livros de entrevistas com o então Cardeal Joseph Ratzinger, como "Sal da terra" e "Deus e o mundo". Posteriormente publicou em 2012, "Luz do mundo", livro traduzido a mais de 30 idiomas.

Segundo Odeon Film e H&V Entertainment, Peter Seewald será membro da equipe de produção como consultor do roteiro e da escritura. O filme partirá de 1927, ano do nascimento de Joseph Ratzinger, até seus primeiros anos como Papa.
Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Papa nomeia Mons. Gänswein Prefeito da Casa Pontifícia


O Papa nomeou Prefeito da Casa Pontifícia, Mons. Georg Gänswein, seu secretário particular, elevando-o à dignidade de arcebispo.

O comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé não fala de nomeação de um novo secretário do Papa, portanto, Mons. Gänswein continuará desempenhando essa função.

Mons. Gänswein nasceu 56 anos atrás em Waldshut (Baden-Württemberg, Alemanha). Foi ordenado sacerdote em 31 de maio de 1984 e incardinado na Arquidiocese de Freiburg im Breisgau.

Formou-se em Direito Canônico em 1993 na Katholisch-Theologische Fakultät da Ludwig-Maximilians - Universidade de Munique, depois de ser juiz do Tribunal Diocesano e assistente do Arcebispo de Freiburg im Breisgau.

Em 1995, entrou para a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Em 1996, foi transferido para a Congregação para a Doutrina da Fé onde mais tarde desempenhou o cargo de secretário pessoal do prefeito dessa congregação, o então Cardeal Joseph Ratzinger de quem se tornou secretário particular com a sua eleição à Cátedra de Pedro.

Além do alemão, Mons. Gänswein fala italiano, francês, inglês, espanhol e latim.
Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Bento XVI tem mais de 200 mil seguidores no Twitter



Em poucas horas no ar,o Twitter do Papa Bento XVI ultrapassou os 200 mil seguidores, nas setes páginas oficiais cadastradas, e mobilizou diversos meios de comunicação pelo mundo inteiro a noticiarem a presença do Pontífice, nas redes.

Além dos milhares de seguidores em poucas horas, a tag “Papa” está mantida nos Trends Topics como um dos assuntos mais comentados no Twitter, nesta tarde. Os twitteiros publicam mensagens de boas-vindas ao Santo Padre, demonstram expectativa pelo seu primeiro tweet e já fazem perguntas a ele por meio da tag #askpontifex.
As questões, relativas à vida de fé, serão respondidas pelo Papa, no Twitter, a partir do dia 12 de dezembro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe. 

O lançamento da conta de Bento XVI no Twitter aconteceu por volta das 8h30, horário de Brasília, e foi anunciada em coletiva de imprensa pelo presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom Cláudio Maria Celli.
Os tweets do Santo Padre serão publicados, a princípio, em sete idiomas: espanhol - @pontifex_es ; italiano - @pontifex_it; português - @pontifex_pt; alemão - @pontifex_de; polaco - @pontifex_pl; árabe - @pontifex_ar; francês - @pontifex_fr.
Fonte: Canção Nova

sábado, 24 de novembro de 2012

Cardeais eleitores em 24/11/2012


Com o Consistório deste sábado (24/11) o Colégio Cardinalício passa a ter 211 Cardeais. Destes, 91 têm mais de 80 anos e não são eleitores no Conclave. Outros 120, número máximo decretado por Paulo VI e reiterado por João Paulo II e Bento XVI, são eleitores no Conclave. 

Abaixo, a lista completa dos Cardeais eleitores em 24/11/12

1. SCHEID Eusébio Oscar *
2. LOZANO BARRAGÁN Javier
3. HUSAR Lubomyr
4. KASPER Walter
5. POLETTO Severino
6. SANDOVAL ÍÑIGUEZ Juan
7. DANNEELS Godfried
8. ERRÁZURIZ OSSA Francisco J.
9. FARINA Raffaele
10. AGNELO Geraldo Majella *
11. MEISNER Joachim
12. VELA CHIRIBOGA Raúl Eduardo
13. RE Giovanni Battista
14. TETTAMANZI Dionigi
15. MONTERISI Francesco
16. HUMMES Cláudio *
17. AMIGO VALLEJO Carlos
18. SARDI Paolo
19. CORDES Paul Josef
20. RODÉ Franc
21. BERTONE Tarcisio
22. DARMAATMADJA Julius Riyadi
23. PHAM MINH MÂN Jean-Baptiste
24. LAJOLO Giovanni
25. NAGUIB Antonios
26. RIGALI Justin Francis
27. DE PAOLIS Velasio
28. ABRIL y CASTELLÓ Santos
29. POLICARPO José DA CRUZ
30. MAHONY Roger Michael
31. TERRAZAS SANDOVAL Julio
32. DIAS Ivan
33. LEHMANN Karl
34. LEVADA William Joseph
35. OKOGIE Anthony Olubunmi
36. TURCOTTE Jean-Claude
37. ROUCO VARELA Antonio María
38. ORTEGA Y ALAMINO Jaime L.
39. LÓPEZ RODRÍGUEZ N. de Jesús
40. ANTONELLI Ennio
41. SARR Théodore-Adrien
42. BERGOGLIO Jorge Mario
43. GEORGE Francis Eugene
44. BAČKIS Audrys Juozas
45. ASSIS Raymundo DAMASCENO *
46. NICORA Attilio
47. MARTÍNEZ SISTACH Lluís
48. VEGLIÒ Antonio Maria
49. ROMEO Paolo
50. COCCOPALMERIO Francesco
51. O’BRIEN Keith Michael Patrick
52. MONTEIRO de CASTRO Manuel
53. CAFFARRA Carlo
54. AMATO Angelo
55. O’BRIEN Edwin Frederik
56. DZIWISZ Stanisław
57. TONG HON John
58. BRADY Seán Baptist
59. MONSENGWO Pasinya Laurent
60. GROCHOLEWSKI Zenon
61. TOPPO Telesphore Placidus
62. RAÏ Béchara Boutros
63. VALLINI Agostino
64. WUERL Donald William
65. ZUBEIR WAKO Gabriel
66. NAPIER Wilfrid Fox
67. PELL George
68. SCOLA Angelo
69. RIVERA CARRERA Norberto
70. UROSA SAVINO Jorge Liberato
71. SALAZAR GÓMEZ Rubén
72. BERTELLO Giuseppe
73. RAVASI Gianfranco
74. VINGT-TROIS André
75. RODRÍGUEZ MARADIAGA O.A.
76. BAGNASCO Angelo
77. CALCAGNO Domenico
78. DUKA Dominik
79. SEPE Crescenzio
80. TAURAN Jean-Louis
81. VERSALDI Giuseppe
82. COMASTRI Angelo
83. SANDRI Leonardo
84. CIPRIANI THORNE Juan Luis
85. ONAIYEKAN John Olorunfemi
86. OUELLET Marc
87. O'MALLEY Sean Patrick
88. PENGO Polycarp
89. PIACENZA Mauro
90. RICARD Jean-Pierre
91. GRACIAS Oswald
92. NJUE John
93. SCHÖNBORN Christoph
94. ALENCHERRY George
95. SARAH Robert
96. RYŁKO Stanisław
97. PULJIĆ Vinko
98. CAÑIZARES LLOVERA Antonio
99. FILONI Fernando
100. COLLINS Thomas Christopher
101. BETORI Giuseppe
102. AVIZ João BRAZ de *
103. PATABENDIGE DON Albert M. R.
104. BURKE Raymond Leo
105. TURKSON Peter Kodwo Appiah
106. ROBLES ORTEGA Francisco
107. BOZANIĆ Josip
108. DINARDO Daniel N.
109. SCHERER Odilo Pedro * 
110. HARVEY James Michael
111. NYCZ Kazimierz
112. DOLAN Timothy Michael
113. KOCH Kurt
114. BARBARIN Philippe
115. ERDŐ Péter
116. EIJK Willem Jacobus
117. MARX Reinhard
118. WOELKI Rainer Maria
119. TAGLE Luis Antonio
120. THOTTUNKAL Baselios Cleemis





*Cardeais Brasileiros

Fonte: Radio Vaticano

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Mensagem do Papa para a JMJ Rio2013 - 16/11/12


MENSAGEM
Para a XXVIII Jornada Mundial da Juventude
no Rio de Janeiro, em julho de 2013
16 de novembro de 2012



"Ide e fazei discípulos entre as nações!" (cf. Mt 28,19)

Queridos jovens,

Desejo fazer chegar a todos vós minha saudação cheia de alegria e afeto. Tenho a certeza que muitos de vós regressastes a casa da Jornada Mundial da Juventude em Madri mais «enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé» (cf. Col 2,7). Este ano, inspirados pelo tema: «Alegrai-vos sempre no Senhor» (Fil 4,4) celebramos a alegria de ser cristãos nas várias Dioceses. E agora estamo-nos preparando para a próxima Jornada Mundial, que será celebrada no Rio de Janeiro ,Brasil, em julho de 2013.

Desejo, em primeiro lugar, renovar a vós o convite para participardes nesse importante evento. A conhecida estátua do Cristo Redentor, que se eleva sobre àquela bela cidade brasileira, será o símbolo eloquente deste convite: seus braços abertos são o sinal da acolhida que o Senhor reservará a todos quantos vierem até Ele, e o seu coração retrata o imenso amor que Ele tem por cada um e cada uma de vós. Deixai-vos atrair por Ele! Vivei essa experiência de encontro com Cristo, junto com tantos outros jovens que se reunirão no Rio para o próximo encontro mundial! Deixai-vos amar por Ele e sereis as testemunhas de que o mundo precisa.

Convido a vos preparardes para a Jornada Mundial do Rio de Janeiro, meditando desde já sobre o tema do encontro: "Ide e fazei discípulos entre as nações" (cf. Mt 28,19). Trata-se da grande exortação missionária que Cristo deixou para toda a Igreja e que permanece atual ainda hoje, dois mil anos depois. Agora este mandato deve ressoar fortemente em vosso coração. O ano de preparação para o encontro do Rio coincide como Ano da Fé, no início do qual o Sínodo dos Bispos dedicou os seus trabalhos à «nova evangelização para a transmissão da fé cristã». Por isso me alegro que também vós, queridos jovens, sejais envolvidos neste impulso missionário de toda a Igreja: fazer conhecer Cristo é o dom mais precioso que podeis fazer aos outros.

1. Uma chamada urgente

A história mostra-nos muitos jovens que, através do dom generoso de si mesmos, contribuíram grandemente para o Reino de Deus e para o desenvolvimento deste mundo, anunciando o Evangelho. Com grande entusiasmo, levaram a Boa Nova do Amor de Deus manifestado em Cristo, com meios e possibilidades muito inferiores àqueles de que dispomos hoje em dia. Penso, por exemplo, no Beato José de Anchieta, jovem jesuíta espanhol do século XVI, que partiu em missão para o Brasil quando tinha menos de vinte anos e se tornou um grande apóstolo do Novo Mundo. Mas penso também em tantos de vós que se dedicam generosamente à missão da Igreja: disto mesmo tive um testemunho surpreendente na Jornada Mundial de Madri, em particular na reunião com os voluntários.

Hoje, não poucos jovens duvidam profundamente que a vida seja um bem, e não veem com clareza o próprio caminho. De um modo geral, diante das dificuldades do mundo contemporâneo, muitos se perguntam: E eu, que posso fazer? A luz da fé ilumina esta escuridão, nos fazendo compreender que toda existência tem um valor inestimável, porque é fruto do amor de Deus. Ele ama mesmo quem se distanciou ou esqueceu d’Ele: tem paciência e espera; mais que isso, deu o seu Filho, morto e ressuscitado, para nos libertar radicalmente do mal. E Cristo enviou os seus discípulos para levar a todos os povos este alegre anúncio de salvação e de vida nova.

A Igreja, para continuar esta missão de evangelização, conta também convosco. Queridos jovens, vós sois os primeiros missionários no meio dos jovens da vossa idade! No final do Concílio Ecumênico Vaticano II, cujo cinquentenário celebramos neste ano, o Servo de Deus Paulo VI entregou aos jovens e às jovens do mundo inteiro uma Mensagem que começava com estas palavras: «É a vós, rapazes e moças de todo o mundo, que o Concílio quer dirigir a sua última mensagem, pois sereis vós a recolher o facho das mãos dos vossos antepassados e a viver no mundo no momento das mais gigantescas transformações da sua história, sois vós quem, recolhendo o melhor do exemplo e do ensinamento dos vossos pais e mestres, ides constituir a sociedade de amanhã: salvar-vos-eis ou perecereis com ela». E concluía com um apelo: «Construí com entusiasmo um mundo melhor que o dos vossos antepassados!» (Mensagem aos jovens, 8 de dezembro de 1965).

Queridos amigos, este convite é extremamente atual. Estamos passando por um período histórico muito particular: o progresso técnico nos deu oportunidades inéditas de interação entre os homens e entre os povos, mas a globalização destas relações só será positiva e fará crescer o mundo em humanidade se estiver fundada não sobre o materialismo mas sobre o amor, a única realidade capaz de encher o coração de cada um e unir as pessoas. Deus é amor. O homem que esquece Deus fica sem esperança e se torna incapaz de amar seu semelhante. Por isso é urgente testemunhar a presença de Deus para que todos possam experimentá-la: está em jogo a salvação da humanidade, a salvação de cada um de nós. Qualquer pessoa que entenda essa necessidade, não poderá deixar de exclamar com São Paulo: «Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho» (1 Cor 9,16).

2. Tornai-vos discípulos de Cristo

Esta chamada missionária vos é dirigida também por outro motivo: é necessário para o nosso caminho de fé pessoal. O Beato João Paulo II escrevia: «É dando a fé que ela se fortalece» (Encíclica Redemptoris missio, 2). Ao anunciar o Evangelho, vós mesmos cresceis em um enraizamento cada vez mais profundo em Cristo, vos tornais cristãos maduros. O compromisso missionário é uma dimensão essencial da fé: não se crê verdadeiramente, se não se evangeliza. E o anúncio do Evangelho não pode ser senão consequência da alegria de ter encontrado Cristo e ter descoberto n’Ele a rocha sobre a qual construir a própria existência. Comprometendo-vos no serviço aos demais e no anúncio do Evangelho, a vossa vida, muitas vezes fragmentada entre tantas atividades diversas, encontrará no Senhor a sua unidade; construir-vos-eis também a vós mesmos; crescereis e amadurecereis em humanidade.

Mas, que significa ser missionário? Significa acima de tudo ser discípulo de Cristo e ouvir sem cessar o convite a segui-Lo, o convite a fixar o olhar n’Ele: «Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração» (Mt 11,29). O discípulo, de fato, é uma pessoa que se põe à escuta da Palavra de Jesus (cf. Lc 10,39), a quem reconhece como o Mestre que nos amou até o dom de sua vida. Trata-se, portanto, de cada um de vós deixar-se plasmar diariamente pela Palavra de Deus: ela vos transformará em amigos do Senhor Jesus, capazes de fazer outros jovens entrar nesta mesma amizade com Ele.

Aconselho-vos a guardar na memória os dons recebidos de Deus, para poder transmiti-los ao vosso redor.Aprendei a reler a vossa história pessoal, tomai consciência também do maravilhoso legado recebido das gerações que vos precederam: tantos cristãos nos transmitiram a fé com coragem, enfrentando obstáculos e incompreensões. Não o esqueçamos jamais! Fazemos parte de uma longa cadeia de homens e mulheres que nos transmitiram a verdade da fé e contam conosco para que outros a recebam. Ser missionário pressupõe o conhecimento deste patrimônio recebido que é a fé da Igreja: é necessário conhecer aquilo em que se crê, para podê-lo anunciar. Como escrevi na introdução do YouCat, o Catecismo para jovens que vos entreguei no Encontro Mundial de Madri, «tendes de conhecer a vossa fé como um especialista em informática domina o sistema operacional de um computador. Tendes de compreendê-la como um bom músico entende uma partitura. Sim, tendes de estar enraizados na fé ainda mais profundamente que a geração dos vossos pais, para enfrentar os desafios e as tentações deste tempo com força e determinação» (Prefácio).

3. Ide!

Jesus enviou os seus discípulos em missão com este mandato: «Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo» (Mc 16,15-16). Evangelizar significa levar aos outros a Boa Nova da salvação, e esta Boa Nova é uma pessoa: Jesus CristoQuando O encontro, quando descubro até que ponto sou amado por Deus e salvo por Ele, nasce em mim não apenas o desejo, mas a necessidade de fazê-lo conhecido pelos demais. No início do Evangelho de João, vemos como André, depois de ter encontrado Jesus, se apressa em conduzir a Ele seu irmão Simão (cf. 1,40-42). A evangelização sempre parte do encontro com o Senhor Jesus: quem se aproximou d’Ele e experimentou o seu amor, quer logo partilhar a beleza desse encontro e a alegria que nasce dessa amizade. Quanto mais conhecemos a Cristo, tanto mais queremos anunciá-lo. Quanto mais falamos com Ele, tanto mais queremos falar d’Ele. Quanto mais somos conquistados por Ele, tanto mais desejamos levar outras pessoas para Ele.

Pelo Batismo, que nos gera para a vida nova, o Espírito Santo vem habitar em nós e inflama a nossa mente e o nosso coração: é Ele que nos guia para conhecer a Deus e entrar em uma amizade sempre mais profunda com Cristo. É o Espírito que nos impulsiona a fazer o bem, servindo os outros com o dom de nós mesmos. Depois, através do sacramento da Confirmação, somos fortalecidos pelos seus dons, para testemunhar de modo sempre mais maduro o Evangelho. Assim, o Espírito de amor é a alma da missão: Ele nos impele a sair de nós mesmos para «ir» e evangelizar. Queridos jovens, deixai-vos conduzir pela força do amor de Deus, deixai que este amor vença a tendência de fechar-se no próprio mundo, nos próprios problemas, nos próprios hábitos; tende a coragem de «sair» de vós mesmos para «ir» ao encontro dos outros e guiá-los ao encontro de Deus.

4. Alcançai todos os povos


Cristo ressuscitado enviou os seus discípulos para dar testemunho de sua presença salvífica a todos os povos, porque Deus, no seu amor superabundante, quer que todos sejam salvos e ninguém se perca. Com o sacrifício de amor na Cruz, Jesus abriu o caminho para que todo homem e toda mulher possa conhecer a Deus e entrar em comunhão de amor com Ele. E constituiu uma comunidade de discípulos para levar o anúncio salvífico do Evangelho até os confins da terra, a fim de alcançar os homens e as mulheres de todos os lugares e de todos os tempos. Façamos nosso esse desejo de Deus!

Queridos amigos, estendei o olhar e vede ao vosso redor: tantos jovens perderam o sentido da sua existência. Ide! Cristo precisa de também de vós. Deixai-vos envolver pelo seu amor, sede instrumentos desse amor imenso, para que alcance a todos, especialmente aos «afastados». Alguns encontram-se geograficamente distantes, enquanto outros estão longe porque a sua cultura não dá espaço para Deus; alguns ainda não acolheram o Evangelho pessoalmente, enquanto outros, apesar de o terem recebido, vivem como se Deus não existisse. A todos abramos a porta do nosso coração; procuremos entrar em diálogo com simplicidade e respeito: este diálogo, se vivido com uma amizade verdadeira, dará seus frutos. Os «povos», aos quais somos enviados, não são apenas os outros Países do mundo, mas também os diversos âmbitos de vida: as famílias, os bairros, os ambientes de estudo ou de trabalho, os grupos de amigos e os locais de lazer. O jubiloso anúncio do Evangelho se destina a todos os âmbitos da nossa vida, sem exceção.

Gostaria de destacar dois campos, nos quais deve fazer-se ainda mais solícito o vosso empenho missionário. O primeiro é o das comunicações sociaisem particular o mundo da internet. Como tive já oportunidade de dizer-vos, queridos jovens, «senti-vos comprometidos a introduzir na cultura deste novo ambiente comunicador e informativo os valores sobre os quais assenta a vossa vida! [...] A vós, jovens, que vos encontrais quase espontaneamente em sintonia com estes novos meios de comunicação, compete de modo particular a tarefa da evangelização deste “continente digital”» (Mensagem para o XLIII Dia Mundial das Comunicações Sociais, 24 de maio de 2009). Aprendei, portanto, a usar com sabedoria este meio, levando em conta também os perigos que ele traz consigo, particularmente o risco da dependência, de confundir o mundo real com o virtual, de substituir o encontro e o diálogo direto com as pessoas por contatos na rede.

O segundo campo é o da mobilidade. Hoje são sempre mais numerosos os jovens que viajam, seja por motivos de estudo ou de trabalho, seja por diversão. Mas penso também em todos os movimentos migratórios, que levam milhões de pessoas, frequentemente jovens, a se transferir e mudar de Região ou País, por razões econômicas ou sociais. Também estes fenômenos podem se tornar ocasiões providenciais para a difusão do Evangelho.Queridos jovens, não tenhais medo de testemunhar a vossa fé também nesses contextos: para aqueles com quem vos deparareis, é um dom precioso a comunicação da alegria do encontro com Cristo.

5. Fazei discípulos!

Penso que já várias vezes experimentastes a dificuldade de envolver os jovens da vossa idade na experiência da fé. Frequentemente tereis constatado que em muitos deles, especialmente em certas fases do caminho da vida, existe o desejo de conhecer a Cristo e viver os valores do Evangelho, mas tal desejo é acompanhado pela sensação de ser inadequados e incapazes. Que fazer? Em primeiro lugar, a vossa solicitude e a simplicidade do vosso testemunho serão um canal através do qual Deus poderá tocar seu coração. 

O anúncio de Cristo não passa somente através das palavras, mas deve envolver toda a vida e traduzir-se em gestos de amor. A ação de evangelizar nasce do amor que Cristo infundiu em nós; por isso, o nosso amor deve conformar-se sempre mais ao d’Ele. Como o bom Samaritano, devemos manter-nos solidários com quem encontramos, sabendo escutar, compreender e ajudar, para conduzir, quem procura a verdade e o sentido da vida, à casa de Deus que é a Igreja, onde há esperança e salvação (cf. Lc 10,29-37). 

Queridos amigos, nunca esqueçais que o primeiro ato de amor que podeis fazer ao próximo é partilhar a fonte da nossa esperança: quem não dá Deus, dá muito pouco. Aos seus apóstolos, Jesus ordena: «Fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei» (Mt 28,19-20). Os meios que temos para «fazer discípulos» são principalmente o Batismo e a catequese. Isto significa que devemos conduzir as pessoas que estamos evangelizando ao encontro com Cristo vivo, particularmente na sua Palavra e nos Sacramentos: assim poderão crer n’Ele, conhecerão a Deus e viverão da sua graça. 

Gostaria que cada um de vós se perguntasse: Alguma vez tive a coragem de propor o Batismo a jovens que ainda não o receberam? Convidei alguém a seguir um caminho de descoberta da fé cristã? Queridos amigos, não tenhais medo de propor aos jovens da vossa idade o encontro com Cristo. Invocai o Espírito Santo: Ele vos guiará para entrardes sempre mais no conhecimento e no amor de Cristo, e vos tornará criativos na transmissão do Evangelho.

6. Firmes na fé

Diante das dificuldades na missão de evangelizar, às vezes sereis tentados a dizer como o profeta Jeremias: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo». Mas, também a vós, Deus responde: «Não digas que és muito novo; a todos a quem eu te enviar, irás» (Jr 1,6-7). Quando vos sentirdes inadequados, incapazes e frágeis para anunciar e testemunhar a fé, não tenhais medo. A evangelização não é uma iniciativa nossa nem depende primariamente dos nossos talentos, mas é uma resposta confiante e obediente à chamada de Deus, e portanto não se baseia sobre a nossa força, mas na d’Ele. Isso mesmo experimentou o apóstolo Paulo: «Trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós» (2 Cor 4,7).

Por isso convido-vos a enraizar-vos na oração e nos sacramentos. A evangelização autêntica nasce sempre da oração e é sustentada por esta: para poder falar de Deus, devemos primeiro falar com Deus. E, na oração, confiamos ao Senhor as pessoas às quais somos enviados, suplicando-Lhe que toque o seu coração; pedimos ao Espírito Santo que nos torne seus instrumentos para a salvação dessas pessoas; pedimos a Cristo que coloque as palavras nos nossos lábios e faça de nós sinais do seu amor. E, de modo mais geral, rezamos pela missão de toda a Igreja, de acordo com a ordem explícita de Jesus: «Pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!» (Mt 9,38). Sabei encontrar na Eucaristia a fonte da vossa vida de fé e do vosso testemunho cristão, participando com fidelidade na Missa ao domingo e sempre que possível também durante a semana. Recorrei frequentemente ao sacramento da Reconciliação: é um encontro precioso com a misericórdia de Deus que nos acolhe, perdoa e renova os nossos corações na caridade. E, se ainda não o recebestes, não hesiteis em receber o sacramento da Confirmação ou Crisma preparando-vos com cuidado e solicitude. Junto com a Eucaristia, esse é o sacramento da missão, porque nos dá a força e o amor do Espírito Santo para professar sem medo a fé. Encorajo-vos ainda à prática da adoração eucarística: permanecer à escuta e em diálogo com Jesus presente no Santíssimo Sacramento, torna-se ponto de partida para um renovado impulso missionário.

Se seguirdes este caminho, o próprio Cristo vos dará a capacidade de ser plenamente fiéis à sua Palavra e de testemunhá-Lo com lealdade e coragem. Algumas vezes sereis chamados a dar provas de perseverança, particularmente quando a Palavra de Deus suscitar reservas ou oposições. Em certas regiões do mundo, alguns de vós sofrem por não poder testemunhar publicamente a fé em Cristo, por falta de liberdade religiosa. E há quem já tenha pagado com a vida o preço da própria pertença à Igreja. Encorajo-vos a permanecer firmes na fé, certos de que Cristo está ao vosso lado em todas as provas. Ele vos repete: «Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus» (Mt 5,11-12).

7. Com toda a Igreja

Queridos jovens, para permanecer firmes na confissão da fé cristã nos vários lugares onde sois enviados, precisais da Igreja. Ninguém pode ser testemunha do Evangelho sozinho. Jesus enviou em missão os seus discípulos juntos: o mandato «fazei discípulos» é formulado no plural. Assim, é sempre como membros da comunidade cristã que prestamos o nosso testemunho, e a nossa missão torna-se fecunda pela comunhão que vivemos na Igreja: seremos reconhecidos como discípulos de Cristo pela unidade e o amor que tivermos uns com os outros (cf. Jo 13,35). Agradeço ao Senhor pela preciosa obra de evangelização que realizam as nossas comunidades cristãs, as nossas paróquias, os nossos movimentos eclesiais. Os frutos desta evangelização pertencem a toda a Igreja: «um é o que semeia e outro o que colhe», dizia Jesus (Jo 4,37).

A propósito, não posso deixar de dar graças pelo grande dom dos missionários, que dedicam toda a sua vida ao anúncio do Evangelho até os confins da terra. Do mesmo modo bendigo o Senhor pelos sacerdotes e os consagrados, que ofertam inteiramente as suas vidas para que Jesus Cristo seja anunciado e amado. Desejo aqui encorajar os jovens chamados por Deus a alguma dessas vocações, para que se comprometam com entusiasmo: «Há mais alegria em dar do que em receber!» (At 20,35). Àqueles que deixam tudo para segui-Lo, Jesus prometeu o cêntuplo e a vida eterna (cf. Mt 19,29).

Dou graças também por todos os fiéis leigos que se empenham por viver o seu dia-a-dia como missão, nos diversos lugares onde se encontram, tanto em família como no trabalho, para que Cristo seja amado e cresça o Reino de Deus. Penso particularmente em quantos atuam no campo da educação, da saúde, do mundo empresarial, da política e da economia, e em tantos outros âmbitos do apostolado dos leigos. Cristo precisa do vosso empenho e do vosso testemunho. Que nada – nem as dificuldades, nem as incompreensões – vos faça renunciar a levar o Evangelho de Cristo aos lugares onde vos encontrais: cada um de vós é precioso no grande mosaico da evangelização!

8. «Aqui estou, Senhor!»

Em suma, queridos jovens, queria vos convidar a escutar no íntimo de vós mesmos a chamada de Jesus para anunciar o seu Evangelho. Como mostra a grande estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o seu coração está aberto para amar a todos sem distinção, e seus braços estendidos para alcançar a cada um. Sede vós o coração e os braços de Jesus. Ide testemunhar o seu amor, sede os novos missionários animados pelo seu amor e acolhimento. Segui o exemplo dos grandes missionários da Igreja, como São Francisco Xavier e muitos outros.

No final da Jornada Mundial da Juventude em Madrid, dei a bênção a alguns jovens de diferentes continentes que partiam em missão. Representavam a multidão de jovens que, fazendo eco às palavras do profeta Isaías, diziam ao Senhor: «Aqui estou! Envia-me» (Is 6,8). A Igreja tem confiança em vós e vos está profundamente grata pela alegria e o dinamismo que trazeis: usai os vossos talentos generosamente ao serviço do anúncio do Evangelho. Sabemos que o Espírito Santo se dá a quantos, com humildade de coração, se tornam disponíveis para tal anúncio. E não tenhais medo! Jesus, Salvador do mundo, está conosco todos os dias, até o fim dos tempos (cf. Mt 28,20).

Dirigido aos jovens de toda a terra, este apelo assume uma importância particular para vós, queridos jovens da América Latina. De fato, na V Conferência do Episcopado Latino-Americano, realizada em Aparecida, no ano de 2007, os bispos lançaram uma «missão continental». E os jovens, que constituem a maioria da população naquele continente, representam uma força importante e preciosa para a Igreja e para a sociedade. Por isso sede vós os primeiros missionários. Agora que a Jornada Mundial da Juventude retorna à América Latina, exorto todos os jovens do continente: transmiti aos vossos coetâneos do mundo inteiro o entusiasmo da vossa fé.

A Virgem Maria, Estrela da Nova Evangelização, também invocada sob os títulos de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Guadalupe, acompanhe cada um de vós em vossa missão de testemunhas do amor de Deus. A todos, com especial carinho, concedo a minha Bênção Apostólica.

Vaticano, 18 de outubro de 2012. 


Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Papa nomeia Bispo Auxiliar para Aparecida



 Monsenhor Darci Nicioli - Nomeado Bispo Auxiliar de Aparecida - SP

A Nunciatura Apostólica informa que o Santo Padre, o papa Bento XVI, atendendo ao pedido do arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno, em contar com um bispo auxiliar, nomeou o atual reitor do Santuário Nacional de Aparecida, padre Darci José Nicioli, bispo auxiliar de Aparecida.
Monsenhor Darci Nicioli é natural de Jacutinga (MG). Fez Teologia no Instituto Teológico São Paulo (SP) e mestrado em Teologia, no Pontifício Ateneo Santo Anselmo, em Roma. Tem ainda, licenciatura em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (SP).
O novo bispo auxiliar de Aparecida já desempenhou as funções de reitor do Instituto Filosófico Redentorista; professor de Teologia no Instituto Teológico São Paulo e na Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Foi ainda superior da Comunidade Religiosa de Campinas; Superior da Casa Geral dos Missionários Redentoristas, em Roma; Superior e Reitor do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida (2009-2013) e vigário provincial da Província Redentorista de São Paulo (2010-2014), entre outros.
Fonte: CNBB