Em entrevista concedida ao jornal vaticano L’Osservatore Romano, o Prefeito Emérito da Congregação para as Causas dos Santos, o Cardeal português José Saraiva Martins, divulgou uma série de detalhes até agora desconhecidos sobre a beatificação dos dois pastorinhos de Fátima, Jacinta e Francisco Marto.
Um dos fatos foi a criação de uma comissão desejada pelo Papa João Paulo II que chegou à conclusão de que as crianças efetivamente podem viver as virtudes cristãs em grau heróico.
O cardeal explicou que a beatificação dos pastorinhos é “um evento histórico porque são as primeiras crianças não mártires a serem elevadas às honras dos altares”.
“Antes deles, de fato, não era praxe da Igreja a canonização de crianças: pensava-se, em consideração de sua idade, que não tinham a capacidade de praticar em grau heróico as virtudes cristãs, primeira condição para a beatificação. Lembro-me que, em seu caso, - continuou o purpurado - verificou-se uma coisa muito interessante: chegaram a Roma milhares de cartas de todo o mundo, não só da parte de fiéis leigos mas também de bispos e cardeais que solicitavam a beatificação dos pastorzinhos”, confidenciou o Cardeal.
Esta grande quantidade de solicitudes, destacou ainda o cardeal, “gerou uma reflexão dentro da Congregação das Causas dos Santos. João Paulo II nomeou uma comissão de peritos – teólogos, psicólogos, pedagogos – para examinar o problema. Logo depois de um estudo profundo, chegou-se a uma conclusão: as crianças são capazes de praticar as virtudes cristãs, naturalmente no modo possível para elas. Graças a esta conclusão foi possível proceder à beatificação”.
Sobre o processo de beatificação da Irmã Lúcia, a terceira vidente que faleceu há poucos anos atrás, o Cardeal recordou que este ainda está na fase diocesana dispensada dos cinco anos que se deve esperar em todos os casos para o começo do mesmo depois da morte.
Um dos fatos foi a criação de uma comissão desejada pelo Papa João Paulo II que chegou à conclusão de que as crianças efetivamente podem viver as virtudes cristãs em grau heróico.
O cardeal explicou que a beatificação dos pastorinhos é “um evento histórico porque são as primeiras crianças não mártires a serem elevadas às honras dos altares”.
“Antes deles, de fato, não era praxe da Igreja a canonização de crianças: pensava-se, em consideração de sua idade, que não tinham a capacidade de praticar em grau heróico as virtudes cristãs, primeira condição para a beatificação. Lembro-me que, em seu caso, - continuou o purpurado - verificou-se uma coisa muito interessante: chegaram a Roma milhares de cartas de todo o mundo, não só da parte de fiéis leigos mas também de bispos e cardeais que solicitavam a beatificação dos pastorzinhos”, confidenciou o Cardeal.
Esta grande quantidade de solicitudes, destacou ainda o cardeal, “gerou uma reflexão dentro da Congregação das Causas dos Santos. João Paulo II nomeou uma comissão de peritos – teólogos, psicólogos, pedagogos – para examinar o problema. Logo depois de um estudo profundo, chegou-se a uma conclusão: as crianças são capazes de praticar as virtudes cristãs, naturalmente no modo possível para elas. Graças a esta conclusão foi possível proceder à beatificação”.
Sobre o processo de beatificação da Irmã Lúcia, a terceira vidente que faleceu há poucos anos atrás, o Cardeal recordou que este ainda está na fase diocesana dispensada dos cinco anos que se deve esperar em todos os casos para o começo do mesmo depois da morte.
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