O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, falou a respeito do momento político nacional e do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) na coletiva de imprensa de hoje, 12, durante a 48ª Assembleia da CNBB, que termina amanhã, em Brasília.
“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) quis se pronunciar a respeito do momento político, principalmente por ser um ano eleitoral, por isso preparou uma declaração assinada pela Presidência e aprovada pelos bispos participantes da 48ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. Nesta declaração a Conferência destaca que o Brasil vive um momento importante da sua história, alcançou um reconhecimento significativo internacional, mas ainda existem sérios desafios internos, como por exemplo, a distribuição da renda que, embora tenha melhorado, mantém uma brutal distância entre os que têm mais e o que têm menos”, ressaltou o cardeal.
Dom Odilo destacou o fato político nacional e os recentes escândalos envolvendo políticos da Capital Federal, em pleno aniversário de 50 anos de sua inauguração. “Vivemos um momento diferente, que são os 50 anos da Capital Federal e da arquidiocese de Brasília. Esperamos conseguir projetar novamente, um dia, os sonhos daqueles que estiveram aqui [Brasília] no início da construção desta cidade e recuperar todo o seu simbolismo nacional de justiça e seriedade. Não podemos viver imersos em escândalos políticos, principalmente Brasília”.
O cardeal condenou também a chacina ocorrida na noite de ontem em São Paulo, causando a morte de seis pessoas. “Tivemos ontem a notícia de mais uma chacina, agora na zona norte da capital. Fato muito triste ocorrido menos de 48 horas de outra chacina semelhante, só que na zona sul. E vão acontecendo com certa frequência, morte em série, organizada por grupos armados, grupos de extermínio. Eu fiz um apelo às autoridades competentes para que procurem desvendar esses crimes e as responsabilidades das chacinas na cidade de São Paulo”.
PNDH-3
“A Igreja manifesta, por meio da CNBB, o seu inequívoco apoio à defesa da dignidade humana, dos Direitos Humanos, e quer continuar nesta linha; por outro lado, manifesta preocupações sobre vários pontos, chamados por nós, bispos, de ‘distorções inaceitáveis’ presentes no terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3)”, disse dom Odilo sobre o Programa proposto pelo Governo a respeito dos Direitos Humanos.
Dom Odilo acredita que ainda é possível estabelecer um amplo debate sobre o Programa. “Acho e espero que ainda seja possível este debate e que, de fato, as questões sejam avaliadas mais profundamente. Sei que há da parte do Governo interesse em retocar algum desses pontos mais polêmicos”, comentou.
“Gostaria de destacar um ponto que não pode ser esquecido, que é o da Igreja e da CNBB ser colocada contra os Direitos Humanos. A CNBB não está em oposição aos Direitos Humanos, pelo contrário, lembrem que em tempos de repressão, quando os Direitos Humanos eram sistematicamente negados e pisoteados aqui no Brasil, praticamente a única voz em defesa dos Direitos Humanos foi a CNBB. E muito do que existe na Constituição Nacional, garantindo os Direitos Humanos é mérito sim da participação da Igreja do Brasil e da CNBB”, lembrou dom Odilo ao final da coletiva
“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) quis se pronunciar a respeito do momento político, principalmente por ser um ano eleitoral, por isso preparou uma declaração assinada pela Presidência e aprovada pelos bispos participantes da 48ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. Nesta declaração a Conferência destaca que o Brasil vive um momento importante da sua história, alcançou um reconhecimento significativo internacional, mas ainda existem sérios desafios internos, como por exemplo, a distribuição da renda que, embora tenha melhorado, mantém uma brutal distância entre os que têm mais e o que têm menos”, ressaltou o cardeal.
Dom Odilo destacou o fato político nacional e os recentes escândalos envolvendo políticos da Capital Federal, em pleno aniversário de 50 anos de sua inauguração. “Vivemos um momento diferente, que são os 50 anos da Capital Federal e da arquidiocese de Brasília. Esperamos conseguir projetar novamente, um dia, os sonhos daqueles que estiveram aqui [Brasília] no início da construção desta cidade e recuperar todo o seu simbolismo nacional de justiça e seriedade. Não podemos viver imersos em escândalos políticos, principalmente Brasília”.
O cardeal condenou também a chacina ocorrida na noite de ontem em São Paulo, causando a morte de seis pessoas. “Tivemos ontem a notícia de mais uma chacina, agora na zona norte da capital. Fato muito triste ocorrido menos de 48 horas de outra chacina semelhante, só que na zona sul. E vão acontecendo com certa frequência, morte em série, organizada por grupos armados, grupos de extermínio. Eu fiz um apelo às autoridades competentes para que procurem desvendar esses crimes e as responsabilidades das chacinas na cidade de São Paulo”.
PNDH-3
“A Igreja manifesta, por meio da CNBB, o seu inequívoco apoio à defesa da dignidade humana, dos Direitos Humanos, e quer continuar nesta linha; por outro lado, manifesta preocupações sobre vários pontos, chamados por nós, bispos, de ‘distorções inaceitáveis’ presentes no terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3)”, disse dom Odilo sobre o Programa proposto pelo Governo a respeito dos Direitos Humanos.
Dom Odilo acredita que ainda é possível estabelecer um amplo debate sobre o Programa. “Acho e espero que ainda seja possível este debate e que, de fato, as questões sejam avaliadas mais profundamente. Sei que há da parte do Governo interesse em retocar algum desses pontos mais polêmicos”, comentou.
“Gostaria de destacar um ponto que não pode ser esquecido, que é o da Igreja e da CNBB ser colocada contra os Direitos Humanos. A CNBB não está em oposição aos Direitos Humanos, pelo contrário, lembrem que em tempos de repressão, quando os Direitos Humanos eram sistematicamente negados e pisoteados aqui no Brasil, praticamente a única voz em defesa dos Direitos Humanos foi a CNBB. E muito do que existe na Constituição Nacional, garantindo os Direitos Humanos é mérito sim da participação da Igreja do Brasil e da CNBB”, lembrou dom Odilo ao final da coletiva
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