Na coletiva de encerramento da 48ª Assembleia Geral da CNBB, a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil fez um pronunciamento oficial sobre abusos sexuais na Igreja. Antes, presidente da entidade, dom Geraldo Lyrio Rocha, destacou que a Assembleia foi caracterizada por assuntos que dizem “respeito à vida interna da Igreja”, mas também por temas ligados diretamente à sociedade brasileira, como exemplo a questão do “trabalho escravo” e a “questão agrária” no Brasil.
Sobre os abusos sexuais na Igreja, dom Geraldo disse que a CNBB vai criar uma comissão para elaborar um vademecum (manual de fundamentação e orientação), cujo objetivo é ser uma política oficial de ação da Igreja no Brasil sobre acasos de abusos sexuais praticados por seus membros. O manual deverá indicar os a medidas a serem adotada em casos de abusos sexuais praticados por membros da Igreja.
“Nós queremos mostrar que, quando se trata da questão do pecado, a atitude da Igreja deve ser de perdão e de misericórdia, mas diante do crime praticado é preciso que as penalidades sejam aplicadas. Sejam as canônicas, jurídicas, como as penalidades civis. A cartilha elaborada pela CNBB será uma espécie de roteiro que auxiliará os bispos a procederem quando houver um caso dessa natureza em sua diocese”, disse. “As patologias, por sua vez, devem passar por um tratamento”, completou dom Geraldo.
O presidente da CNBB também garantiu que os candidatos ao seminário deverão passar por um rigoroso critério de seleção antes de ingressar na vida religiosa. “Os casos que estão sendo analisados nos levam a refletir sobre a questão das exigências na admissão dos candidatos ao sacerdócio e na vigilância ao período formativo”. Ele também disse que a Igreja analisará cada candidato antes de conceder a ordenação sacerdotal. “Se o candidato apresentar qualquer desvio de conduta, ele será imediatamente suspenso da ordenação sacerdotal”.
Assistência às vítimas
De acordo com dom Geraldo, a partir da cartilha, a Igreja estará preparada também para garantir assistência às vítimas. “As vítimas terão assistência espiritual e psicológica. Entendemos que os abusos sexuais trazem complicações e consequências gravíssimas”.
Ainda segundo o presidente da CNBB, a questão (abusos sexuais na Igreja) foi colocada em Assembleia para que todos os bispos tivessem consciência das novas posições da Igreja com relação ao assunto. “A Igreja sempre se preocupou com esse problema, mas agora, com a cartilha que vamos elaborar, queremos ter mais clareza e precisão quanto aos passos concretos que devem ser dados em relação às vítimas e suas famílias”.
A Comissão a ser criada pela CNBB contará com especialistas de várias áreas do conhecimento, entre elas, do direito canônico, do direito civil e psicólogos. A meta da Conferência é elaborar o texto no prazo mais curto possível. Alguns elementos para a formação da equipe e da cartilha, segundo dom Geraldo, já no pronunciamento da Presidência entregue á imprensa
Ficha Limpa
“Parece-me que quanto ao Projeto Ficha Limpa a CNBB vai permanecer vigilante e procurar sempre trazer essa reflexão aos meios que ela alcança, mas eu diria que a agora nós teremos um papel muito importante, tanto da mídia, quanto da sociedade civil, que precisa se articular. Esperamos que o Projeto Ficha Limpa, no Senado, tenha o mesmo trâmite que teve na Câmara, e que não haja modificações, para que possamos vê-lo em atuação ainda nestas eleições”, disse dom Geraldo a respeito do Projeto Ficha Limpa.
“Acho ainda que o eleitor é quem precisa ficar vigilante, pois um senador que coloque dificuldades na aprovação deste projeto, se ele se candidata novamente, será que ele vai ter o apoio do eleitor? Alguém que se coloca contra o Projeto Ficha Limpa, será que não está confessando que tem a Ficha Suja?”, indagou o presidente da CNBB.
Para dom Geraldo, esta é uma questão que coloca em reflexão os próprios senadores. “Para mim, quem coloca empecilhos para a aprovação do Projeto Ficha Limpa é porque tem a Ficha Suja!” destacou.
O secretário geral, dom Dimas Lara Barbosa, mostrou otimismo quanto a aprovação do projeto no Senado. “Houve gente que dizia que era mais fácil ‘boi voar que o projeto ser aprovado na Câmara’. Após a derrubada dos 11 destaques e a aprovação pela Câmara, o comentário é que já estão vendo ‘boi voando’”, disse dom Dimas, arrancando risos dos jornalistas.
Congresso Eucarístico
Dom Geraldo Lyrio Rocha falou também sobre o 16º Congresso Eucarístico Nacional, que começa na noite de hoje, 13, e segue até o dia 16, em Brasília (DF).
“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está em espírito de grande expectativa e muita alegria. Vão chegando às notícias das delegações, das caravanas que chegam a Brasília de tantas partes do nosso país, e cada bispo que recebe a notícia da chegada das caravanas de sua região, se rejubilam com essa boa notícia. Temos certeza que com a organização, o ânimo da cidade pela manifestação de empenho extraordinário da própria arquidiocese de Brasília, tenho certeza que o Congresso Eucarístico Nacional será um grande momento, não só para o Distrito Federal, mas para todo o Brasil”.
Sobre os abusos sexuais na Igreja, dom Geraldo disse que a CNBB vai criar uma comissão para elaborar um vademecum (manual de fundamentação e orientação), cujo objetivo é ser uma política oficial de ação da Igreja no Brasil sobre acasos de abusos sexuais praticados por seus membros. O manual deverá indicar os a medidas a serem adotada em casos de abusos sexuais praticados por membros da Igreja.
“Nós queremos mostrar que, quando se trata da questão do pecado, a atitude da Igreja deve ser de perdão e de misericórdia, mas diante do crime praticado é preciso que as penalidades sejam aplicadas. Sejam as canônicas, jurídicas, como as penalidades civis. A cartilha elaborada pela CNBB será uma espécie de roteiro que auxiliará os bispos a procederem quando houver um caso dessa natureza em sua diocese”, disse. “As patologias, por sua vez, devem passar por um tratamento”, completou dom Geraldo.
O presidente da CNBB também garantiu que os candidatos ao seminário deverão passar por um rigoroso critério de seleção antes de ingressar na vida religiosa. “Os casos que estão sendo analisados nos levam a refletir sobre a questão das exigências na admissão dos candidatos ao sacerdócio e na vigilância ao período formativo”. Ele também disse que a Igreja analisará cada candidato antes de conceder a ordenação sacerdotal. “Se o candidato apresentar qualquer desvio de conduta, ele será imediatamente suspenso da ordenação sacerdotal”.
Assistência às vítimas
De acordo com dom Geraldo, a partir da cartilha, a Igreja estará preparada também para garantir assistência às vítimas. “As vítimas terão assistência espiritual e psicológica. Entendemos que os abusos sexuais trazem complicações e consequências gravíssimas”.
Ainda segundo o presidente da CNBB, a questão (abusos sexuais na Igreja) foi colocada em Assembleia para que todos os bispos tivessem consciência das novas posições da Igreja com relação ao assunto. “A Igreja sempre se preocupou com esse problema, mas agora, com a cartilha que vamos elaborar, queremos ter mais clareza e precisão quanto aos passos concretos que devem ser dados em relação às vítimas e suas famílias”.
A Comissão a ser criada pela CNBB contará com especialistas de várias áreas do conhecimento, entre elas, do direito canônico, do direito civil e psicólogos. A meta da Conferência é elaborar o texto no prazo mais curto possível. Alguns elementos para a formação da equipe e da cartilha, segundo dom Geraldo, já no pronunciamento da Presidência entregue á imprensa
Ficha Limpa
“Parece-me que quanto ao Projeto Ficha Limpa a CNBB vai permanecer vigilante e procurar sempre trazer essa reflexão aos meios que ela alcança, mas eu diria que a agora nós teremos um papel muito importante, tanto da mídia, quanto da sociedade civil, que precisa se articular. Esperamos que o Projeto Ficha Limpa, no Senado, tenha o mesmo trâmite que teve na Câmara, e que não haja modificações, para que possamos vê-lo em atuação ainda nestas eleições”, disse dom Geraldo a respeito do Projeto Ficha Limpa.
“Acho ainda que o eleitor é quem precisa ficar vigilante, pois um senador que coloque dificuldades na aprovação deste projeto, se ele se candidata novamente, será que ele vai ter o apoio do eleitor? Alguém que se coloca contra o Projeto Ficha Limpa, será que não está confessando que tem a Ficha Suja?”, indagou o presidente da CNBB.
Para dom Geraldo, esta é uma questão que coloca em reflexão os próprios senadores. “Para mim, quem coloca empecilhos para a aprovação do Projeto Ficha Limpa é porque tem a Ficha Suja!” destacou.
O secretário geral, dom Dimas Lara Barbosa, mostrou otimismo quanto a aprovação do projeto no Senado. “Houve gente que dizia que era mais fácil ‘boi voar que o projeto ser aprovado na Câmara’. Após a derrubada dos 11 destaques e a aprovação pela Câmara, o comentário é que já estão vendo ‘boi voando’”, disse dom Dimas, arrancando risos dos jornalistas.
Congresso Eucarístico
Dom Geraldo Lyrio Rocha falou também sobre o 16º Congresso Eucarístico Nacional, que começa na noite de hoje, 13, e segue até o dia 16, em Brasília (DF).
“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está em espírito de grande expectativa e muita alegria. Vão chegando às notícias das delegações, das caravanas que chegam a Brasília de tantas partes do nosso país, e cada bispo que recebe a notícia da chegada das caravanas de sua região, se rejubilam com essa boa notícia. Temos certeza que com a organização, o ânimo da cidade pela manifestação de empenho extraordinário da própria arquidiocese de Brasília, tenho certeza que o Congresso Eucarístico Nacional será um grande momento, não só para o Distrito Federal, mas para todo o Brasil”.
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