terça-feira, 10 de agosto de 2010

Diáconos Permanentes celebram seu dia


No dia 10 de agosto, comemora-se o Dia dos Diáconos, na data em que se celebra seu padroeiro, São Lourenço. Para celebrar seu dia, os diáconos permanentes de nossa diocese se reúnem a partir das 19h30 na matriz da Paróquia Bom Jesus, em Rio Claro, para a celebração de missa festiva, presidida pelo bispo Dom Fernando, seguida de confraternização.

Os diáconos permanentes são homens casados que receberam o Sacramento da Ordem, em seu primeiro grau. A eles compete administrar o Batismo, assistir ao Matrimônio, conservar e distribuir a Eucaristia, dirigir a comunidade, presidir o culto, pregar a Palavra de Deus, administrar os sacramentais (ritos, preces e bênçãos), oficiar exéquias, dedicar-se ao serviço aos pobres e realizar outras tarefas importantes. São membros do clero, pertencendo à hierarquia da Igreja, juntamente com o bispo e os padres.

Em nossa diocese, o Diaconato Permanente foi introduzido por Dom Eduardo Koaik, que acolheu recomendação da 2ª Assembleia Diocesana, realizada em 1981. O primeiro diácono permanente é Ângelo Freschi, ordenado em 12 de outubro de 1987, em Rio Claro.

IMPORTANTE MINISTÉRIO - Nossos diáconos têm enriquecido a diocese com seu trabalho e dedicação. Nas comunidades paroquiais, nas pastorais e em outros organismos eclesiais, eles desempenham um importante ministério. Hoje, a diocese conta com 30 diáconos permanentes, todos ordenados por Dom Eduardo. São homens casados que cuidam de suas famílias, exercem suas profissões e ainda dedicam-se à Igreja no exercício do sagrado ministério diaconal que lhes foi confiado.

A diocese mantém a Escola Diaconal “São Filipe” para preparar os futuros diáconos. A escola está em seu segundo ano de atividades e conta com 34 candidatos ao diaconato permanente.

Dois diáconos permanentes estão à frente de comunidades paroquiais: Luís Alberto Scarazzatti é o administrador pastoral da Quase-paróquia Santa Cruz, no bairro rural de Anhumas, em Piracicaba; Florivaldo Bertoletti, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Ipeúna. Florivaldo também é o coordenador diocesano dos Diáconos Permanentes.

Um diácono da nossa diocese é o presidente da Comissão Nacional dos Diáconos, organismo da CNBB: é o Diácono Odélcio Calligaris Gomes da Costa, eleito em 2007, cujo mandato estende-se até 2011.

Serviço à comunidade


O diaconato é o primeiro grau do Sacramento da Ordem. Diácono quer dizer “servidor”. Assim, a natureza do ministério diaconal é o serviço à comunidade. Como ensina o Papa João Paulo II, eles “apresentam um rosto característico da Igreja, a qual tem prazer de estar próxima do povo e de sua realidade cotidiana para arraigar em sua vida o anúncio da mensagem de Cristo.”

Na Igreja do Ocidente, o ministério dos diáconos floresceu até o século V. Por diferentes razões, declinou depois lentamente até o ponto de que este ministério chegou a ser só uma fase intermediária para os candidatos à ordenação sacerdotal. O Concílio Vaticano II abriu o caminho para restaurar este ministério como “grau próprio e permanente da hierarquia”, permitindo que possa ser conferido a homens em idade madura já casados. Com a carta apostólica “Sacrum diaconatus ordinem”, de 1967, o Papa Paulo VI estabeleceu as indicações conciliares, criando as regras gerais para a Igreja latina.

O diaconato é o primeiro grau da Ordem, o sacramento do serviço. Há duas modalidades de diaconato. A primeira é uma preparação para a ordenação sacerdotal; todo padre é, antes, um diácono. A outra modalidade é o chamado Diaconato Permanente, assumido por homens não destinados ao sacerdócio, mas chamados a uma missão especial na comunidade; na maioria, são casados, muitos ainda exercendo suas profissões.

Padroeiro dos diáconos


São Lourenço, padroeiro dos diáconos, viveu no século 3º e foi o primeiro dos sete diáconos a serviço da Igreja de Roma. Foi ordenado pelo Papa Sisto II, de quem era grande amigo e colaborador.

Entre as diversas tarefas que lhe cabiam, era o administrador dos bens eclesiásticos, cuidando das construções dos cemitérios, igrejas e da manutenção das obras assistenciais destinadas ao amparo dos pobres, órfãos, viúvas e doentes. Como diácono era encarregado da distribuição das esmolas entre os pobres que ele qualificava como verdadeiros tesouros da Igreja. Ele dizia que “a riqueza da Igreja são os pobres”.

A partir do ano 257, o imperador romano Valeriano ordenou uma feroz perseguição contra os cristãos, o que levou muitos à morte, entre eles o Papa . Sisto II que foi executado junto com os outros seis diáconos. Conta a tradição que, pouco antes de morrer, o papa pediu a Lourenço que distribuísse aos pobres todos os seus pertences e os da Igreja também, pois temia que caíssem nas mãos dos pagãos.

Lourenço foi preso e levado à presença do governador romano, Cornélio Secularos, justamente para entregar todos os bens que a Igreja possuía. O diácono pediu um prazo de três dias, pois precisava fazer um balanço completo deles. Assim, rapidamente distribuiu tudo aos pobres e, quanto aos livros e objetos sagrados, cuidou para que ficassem bem escondidos. Em seguida, reuniu um grupo de cegos, órfãos, mendigos, doentes e colocou-os na frente de Cornélio, dizendo: "Pronto, aqui estão os tesouros da Igreja."

Irritado, o governador mandou que o amarrassem sobre uma grelha, para ser assado vivo, e lentamente. O suplício cruel não demoveu Lourenço de sua fé. Segundo uma narrativa de santo Ambrósio, o santo encontrou disposição e coragem para dizer ao seu carrasco: "Vira-me, que já estou bem assado deste lado."

Quatro dias após o martírio do Papa Sisto II, o diácono Lourenço morreu no dia 10 de agosto de 258, rezando pela cidade de Roma. A população mostrou-se muito grata a ele, que foi chamado de "príncipe dos mártires", e dedicou-lhe 34 Igrejas, sendo a primeira no lugar do martírio.

De São Lourenço afirmou o Papa Bento XVI: “A solicitude pelos pobres, o generoso serviço prestado à Igreja de Roma no setor da assistência e da caridade, a fidelidade ao papa, levada ao ponto de querer segui-lo na prova suprema do martírio, e o heróico testemunho do sangue, prestado poucos dias depois, são fatos universalmente conhecidos.” (homilia na basílica de são Lourenço, em 30 de novembro de 2008)

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