sexta-feira, 26 de junho de 2009

Celebrando o Dia do Papa



No domingo, dia 28, quando se celebra a solenidade dos apóstolos São Pedro e São Paulo, comemora-se o Dia do Papa, quando somos convidados a rezar pelo Papa Bento XVI, para que “seja bem firme na fé e na caridade” para governar o rebanho de Cristo a ele confiado. Também somos convidados a renovar nossa profissão de fé, vendo no papa o sucessor de Pedro, a quem Cristo colocou como chefe de sua Igreja.O papa é o sinal concreto da unidade da Igreja, o sumo pastor do rebanho de Cristo. É conhecido como Santo Padre, vigário de Cristo (que está no lugar de Cristo), sucessor de Pedro, servo dos servos de Deus, Sumo Pontífice e outros títulos, que, mais que honrosos, carregam um significado espiritual profundo. Nosso papa atual é o 265º papa da história, eleito no dia 19 de abril de 2005.

A missão do Papa

“Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja.” Assim o Salvador se expressou a Pedro, depois da profissão de fé que ele fizera, proclamando que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus vivo. Jesus constituiu São Pedro como o chefe do grupo apostólico, o primeiro papa. E essa missão vai confirmar depois da ressurreição. Perguntando a Pedro se ele o amava, o apóstolo respondeu com convicção: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo.” E o Divino Mestre lhe ordena: “Apascenta minhas ovelhas.”Essa missão que Jesus confiou a Pedro continua sendo exercida pelos seus sucessores, os papas. Até nossos dias, o poder de Pedro foi se transmitindo sucessivamente, numa corrente ininterrupta. Por isso, nós católicos, temos um profundo respeito pelo papa, pois vemos nele o pastor a quem Jesus confiou o governo de sua Igreja.

Igreja divina e humana

Professamos que a Igreja foi fundada por Jesus para continuar sua missão. A obra de Cristo não se limitou a uma época mas se perpetua até o fim dos tempos e abrange todos os povos. Para tanto o Divino Salvador quis fundar a Igreja, como sinal visível do Reino de Deus a se manifestar na história. Mas essa Igreja é divina e humana. Divina nela é a sua instituição, a Palavra de Deus, os sacramentos; guiada e assistida pelo Espírito Santo, ela se manifesta na história, como sinal de salvação. Ela também é humana, formada por pessoas frágeis, que possuem virtudes e defeitos, por isso sua história vem marcada por atos de santidade e por pecados. Apesar dessas limitações, já são mais de dois mil anos, um sinal claro da presença de Deus a dirigi-la. Outro aspecto dessa humanidade é a organização e os diversos serviços que a ajudam em sua caminhada. Formada por pessoas, quis Jesus escolher algumas para ficarem à sua frente e, como pastores, conduzirem os fiéis – o rebanho de Cristo – pelos caminhos do Evangelho.Entre esses pastores do povo de Deus estão os bispos, sucessores do apóstolos. Presididos pelo papa, bispo de Roma, são os primeiros responsáveis pela evangelização, obedientes ao mandato do Senhor: “Ide por todo o mundo, anunciai o Evangelho a todas as criaturas.” O Concílio Vaticano II, no decreto “Christus Dominus”, ensina que “os bispos, postos pelo Espírito Santo, sucedem aos apóstolos como pastores das almas. Juntamente como o Sumo Pontífice (o papa) e sob sua autoridade, receberam a missão de tornar perene a obra de Cristo, o Pastor eterno.” (CD, 2)

Princípio e fundamento da unidade

O papa é o chefe desse colégio apostólico, o ponto concreto de unidade da Igreja, o pastor maior de todo o povo católico. Novamente recorremos ao ensinamento do Concílio Vaticano II, agora na constituição “Lumen gentium”, sobre a Igreja: “Jesus quis que os sucessores dos apóstolos, isto é, os bispos, fossem em sua Igreja pastores até a consumação dos séculos. E para que o próprio episcopado fosse uno e indiviso, colocou à frente dos demais apóstolos o bem-aventurado Pedro e nele instituiu o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade de fé e comunhão.” (LG, 18) A missão do papa é a continuação da missão de Pedro, por isso em outra passagem afirma o documento conciliar: “O Romano Pontífice, como sucessor de Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade quer dos bispos quer da multidão dos fiéis.” (LG, 23). Todo esse fundamento bíblico e teológico revela que o papa é o grande líder que Deus colocou à frente da Igreja, com a missão de governar, ensinar e santificar. Além de suas características humanas, de sua mentalidade, de suas virtudes e limitações, vemos o Santo Padre como aquele que está no lugar de Cristo, como um guia visível do rebanho do Senhor. Ele é a suprema autoridade, entendida não como poder mas como serviço. Tudo na Igreja emana dessa autoridade: a nomeação de bispos, a criação de dioceses, a proclamação de beatos e santos, a publicação de documentos e outros atos importantes para a vida eclesial, tudo deve ter a aprovação e a assinatura do papa. Isso garante a unidade da Igreja na fé e na moral.

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