A partir do dia 19 de junho, a Igreja celebra o Ano Sacerdotal que se estende até junho do próximo ano. Convocado pelo Papa Bento XVI, tem como tema “Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote”. Este Ano Jubilar comemora o 150º aniversário da morte do padre francês, São João Maria Vianney, conhecido como Cura D’Ars, hoje padroeiro dos párocos e, a partir do dia 19, proclamado pelo papa, padroeiro de todos os sacerdotes. Segundo expressou Bento XVI, o objetivo deste ano é “ajudar a perceber cada vez mais a importância do papel e da missão do sacerdote na Igreja e na sociedade contemporânea”. Para a abertura, no dia 19, acontece uma celebração, em Roma, presidida pelo papa. Neste dia a Igreja comemora a solenidade do Sagrado Coração de Jesus e o Dia de Oração pela Santificação Sacerdotal.
Coração de Jesus e Ano Sacerdotal - Padre Marcelo Sales
Dia 19 de junho, a Igreja celebra a solenidade do Sagrado Coração de Jesus em todo o mundo. Em Roma, celebrando as Vésperas na Basílica de São Pedro, no Vaticano, Sua Santidade, o Papa Bento XVI, dá abertura ao Ano Sacerdotal, que se encerrará com um grande congresso internacional para sacerdotes, na mesma festa do Coração de Jesus em 2010. Uma feliz coincidência? Claro que não. Uma necessidade real dos sacerdotes e dos fiéis.A Igreja, como mãe e mestra em questões de fé, exorta os seus fiéis a perceber que o nosso Deus tem coração, tem sensibilidade para com aquilo que vivem os homens e mulheres do nosso tempo. Tempo em que as pessoas já não sabem mais os verdadeiros valores, em que a indiferença e a individualidade dominam as relações. Voltemos o olhar ao Coração de Jesus, aquele que por obra do Espírito Santo começou a ser humano no seio da Virgem Maria. Um coração que pulsou no ritmo de sua época e que hoje continua a fazer pulsar o coração dos que sofrem. Um coração que ainda pulsa no coração de cada um de nossos sacerdotes, que agem na pessoa do Cristo. Mas um coração que às vezes se sente cansado e abatido; por isso convidado a renovar as suas forças, não em si mesmo, mas forças que provêm do Coração de Jesus.Falar em coração é falar de algo primordial, cujas funções físicas de sístole e diástole agem como uma bomba a irrigar todos os vasos sanguíneos do nosso corpo. Assim são nossos sacerdotes em cada uma das paróquias e comunidades de nossas dioceses, unidos aos seus bispos, sucessores dos apóstolos. A Igreja é um grande coração sacerdotal e por isso um grande coração eucarístico. Na autoridade que lhe deu Jesus na última Ceia – “Isto é o meu Corpo e o meu Sangue ... Fazei isto em memória de Mim” – faz-nos entender que todo o nosso agir é em Cristo, por Cristo e com Cristo, e que a Eucaristia é o sangue da nova e eterna aliança que precisa correr na veia dos nossos fiéis. Para isso precisamos dos nossos sacerdotes e, como diz o Santo Padre o Papa Bento XVI , é preciso “fazer coincidir pessoa e missão”.A pessoa do padre não pode ser diferente da sua missão. Por isso a Igreja recorre ao exemplo de pároco, nos 150 anos de sua morte (1859), a São João Maria Vianey, que na sua simplicidade, pobreza, obediência e castidade transformou com sangue novo as pessoas e os lugares por onde passou. Que fazer quando um coração não funciona bem? Mais que recorrer a um especialista, é preciso recorrer ao “cura de almas”, aquele que é capaz de curar as feridas mais profundas. O Cura d´Ars, como era chamado São João Maria Vianey, sabia que, curando o coração, as pessoas seriam outras. Por isso atendia por mais de dezesseis horas as confissões, pois sabia que só o perdão é capaz de curar corações. Celebrava a Eucaristia todos os dias, educava o povo para a presença real de Jesus na Eucaristia e para a comunhão com Ele, pois sabia que só o Corpo e o Sangue de Cristo poderiam transformar o coração de seus fiéis. Pessoa e missão, assim devem ser os sacerdotes. Pessoas fiéis àquele que os sustenta e fiéis à missão que é dele e da qual apenas participam.“O sacerdócio é o amor do coração de Jesus” – já dizia São João Maria Vianey e dizia mais do sacerdote: “Deus obedece-lhe: ele pronuncia duas palavras, e à sua voz Nosso Senhor desce do céu e encerra-se numa pequena hóstia”. Milagre de amor, milagre que une o coração dos sacerdotes, dos fiéis, num único coração, no Coração Eucarístico de Jesus, manso e humilde. A Igreja precisa de jovens e de pessoas que tenham verdadeira vocação para serem amigos de Cristo, pois o amigo sabe aquilo que se passa no coração do outro amigo. Na amizade de fé, sabendo o que se passa no coração de nossos fiéis e de nossos sacerdotes, a Igreja nos convida, neste Ano Sacerdotal, a renovar e curar os corações, fazendo os nossos corações semelhantes ao Coração de Jesus. Voltando o nosso olhar ao Coração de Jesus, enxerguemos de fato a importância do sacerdote, da Eucaristia e do Cristo na vida da Igreja. Olhando para Ele, renovemos os nossos corações, para que tenhamos vida em plenitude.
Padre Marcelo Sales, doutorando em Filosofia,é sacerdote da Diocese de Piracicaba
Coração de Jesus e Ano Sacerdotal - Padre Marcelo Sales
Dia 19 de junho, a Igreja celebra a solenidade do Sagrado Coração de Jesus em todo o mundo. Em Roma, celebrando as Vésperas na Basílica de São Pedro, no Vaticano, Sua Santidade, o Papa Bento XVI, dá abertura ao Ano Sacerdotal, que se encerrará com um grande congresso internacional para sacerdotes, na mesma festa do Coração de Jesus em 2010. Uma feliz coincidência? Claro que não. Uma necessidade real dos sacerdotes e dos fiéis.A Igreja, como mãe e mestra em questões de fé, exorta os seus fiéis a perceber que o nosso Deus tem coração, tem sensibilidade para com aquilo que vivem os homens e mulheres do nosso tempo. Tempo em que as pessoas já não sabem mais os verdadeiros valores, em que a indiferença e a individualidade dominam as relações. Voltemos o olhar ao Coração de Jesus, aquele que por obra do Espírito Santo começou a ser humano no seio da Virgem Maria. Um coração que pulsou no ritmo de sua época e que hoje continua a fazer pulsar o coração dos que sofrem. Um coração que ainda pulsa no coração de cada um de nossos sacerdotes, que agem na pessoa do Cristo. Mas um coração que às vezes se sente cansado e abatido; por isso convidado a renovar as suas forças, não em si mesmo, mas forças que provêm do Coração de Jesus.Falar em coração é falar de algo primordial, cujas funções físicas de sístole e diástole agem como uma bomba a irrigar todos os vasos sanguíneos do nosso corpo. Assim são nossos sacerdotes em cada uma das paróquias e comunidades de nossas dioceses, unidos aos seus bispos, sucessores dos apóstolos. A Igreja é um grande coração sacerdotal e por isso um grande coração eucarístico. Na autoridade que lhe deu Jesus na última Ceia – “Isto é o meu Corpo e o meu Sangue ... Fazei isto em memória de Mim” – faz-nos entender que todo o nosso agir é em Cristo, por Cristo e com Cristo, e que a Eucaristia é o sangue da nova e eterna aliança que precisa correr na veia dos nossos fiéis. Para isso precisamos dos nossos sacerdotes e, como diz o Santo Padre o Papa Bento XVI , é preciso “fazer coincidir pessoa e missão”.A pessoa do padre não pode ser diferente da sua missão. Por isso a Igreja recorre ao exemplo de pároco, nos 150 anos de sua morte (1859), a São João Maria Vianey, que na sua simplicidade, pobreza, obediência e castidade transformou com sangue novo as pessoas e os lugares por onde passou. Que fazer quando um coração não funciona bem? Mais que recorrer a um especialista, é preciso recorrer ao “cura de almas”, aquele que é capaz de curar as feridas mais profundas. O Cura d´Ars, como era chamado São João Maria Vianey, sabia que, curando o coração, as pessoas seriam outras. Por isso atendia por mais de dezesseis horas as confissões, pois sabia que só o perdão é capaz de curar corações. Celebrava a Eucaristia todos os dias, educava o povo para a presença real de Jesus na Eucaristia e para a comunhão com Ele, pois sabia que só o Corpo e o Sangue de Cristo poderiam transformar o coração de seus fiéis. Pessoa e missão, assim devem ser os sacerdotes. Pessoas fiéis àquele que os sustenta e fiéis à missão que é dele e da qual apenas participam.“O sacerdócio é o amor do coração de Jesus” – já dizia São João Maria Vianey e dizia mais do sacerdote: “Deus obedece-lhe: ele pronuncia duas palavras, e à sua voz Nosso Senhor desce do céu e encerra-se numa pequena hóstia”. Milagre de amor, milagre que une o coração dos sacerdotes, dos fiéis, num único coração, no Coração Eucarístico de Jesus, manso e humilde. A Igreja precisa de jovens e de pessoas que tenham verdadeira vocação para serem amigos de Cristo, pois o amigo sabe aquilo que se passa no coração do outro amigo. Na amizade de fé, sabendo o que se passa no coração de nossos fiéis e de nossos sacerdotes, a Igreja nos convida, neste Ano Sacerdotal, a renovar e curar os corações, fazendo os nossos corações semelhantes ao Coração de Jesus. Voltando o nosso olhar ao Coração de Jesus, enxerguemos de fato a importância do sacerdote, da Eucaristia e do Cristo na vida da Igreja. Olhando para Ele, renovemos os nossos corações, para que tenhamos vida em plenitude.
Padre Marcelo Sales, doutorando em Filosofia,é sacerdote da Diocese de Piracicaba
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