No início da noite desta quinta-feira, 19/04, os participantes da Assembleia Geral dos bispos do Brasil realizaram uma sessão solene para marcar a 50ª edição do evento, realizada em Aparecida/SP, e os 60 anos de criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A cerimônia foi aberta à imprensa e reuniu colaboradores históricos da entidade.
No palco, estava presente a atual presidência da CNBB, com alguns bispos membros de diretorias anteriores. Em seu pronunciamento, o arcebispo de Aparecida e atual presidente da entidade, Cardeal Raymundo Damasceno Assis fez a memória histórica da construção e ação Conferência Episcopal. “Estamos vivendo um tempo de jubileu, de alegria, de agradecer a Deus e a todos os que colaboraram com a nossa história”, declarou.
Avaliação
Para Dom Damasceno, a colegialidade episcopal foi o eixo fundamental do Concílio Vaticano II, e iluminou a caminhada da CNBB desde então. Com base nos estatutos, recordou a missão da entidade, e presenteou a todos os presentes com o opúsculo “CNBB: 60 Anos e 50 Assembleias Gerais – Memória, Ação de Graças e Compromisso”. A publicação traz a reprodução da ata de criação da entidade, e dados históricos importantes.
“Ao longo destes anos, a evangélica opção pelos pobres exigiu uma maior maturidade da Igreja”, avaliou o cardeal. Para ele, a criação dos Regionais foi uma forma positiva de colaborar para a aplicação do plano de pastoral de conjunto, depois amadurecido na forma de Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora. “As Diretrizes, elaboradas a cada quatro anos, são o apoio para a criação de planos específicos nas dioceses”.
Memória
A pedido da comissão organizadora da solenidade o bispo emérito de Catanduva (SP), Dom Antônio Celso de Queirós, deixou um depoimento emocionante sobre a entidade. Antes de ser bispo, ele já atuava na CNBB como assessor e posteriormente subsecretário. “O que falar de uma irmã querida? A Igreja no Brasil deve erguer as mãos para o céu, pois nos caminhos e dificuldades que nosso país conheceu nestes últimos 60 anos, a CNBB ajudou os bispos a manter-se em diálogo e em comunhão”, avaliou.
Dom Celso recordou momentos fortes da CNBB, como a primeira Assembleia Geral em Itaici, em 1974. Recordou também o forte documento em que os bispos condenaram, em plena ditadura militar, a tortura e o terrorismo. “Eu ainda era assessor. Por causa da declaração, o Ministro da Justiça veio negar que havia a tortura no regime. Nós, assessores, fomos para capela e de joelhos rezamos para que os bispos não voltassem atrás no que haviam dito. E graças a Deus, não voltaram!”.
Quanto à repercussão das Assembleias Gerais, o bispo emérito afirmou que este encontro chamava a atenção da sociedade especialmente durante o regime militar, por ser um espaço importante de reflexão das exigências da democracia. “Quem quer conhecer a vida da CNBB, deve conhecer seus documentos, as suas diretrizes”. E falou ainda do trabalho silencioso dos assessores da entidade, entre os quais destacou o padre Antoniazzi. “A CNBB sempre se pronunciou sobre todas as urgências da sociedade brasileira”, concluiu dom Celso, que destacou três nomes importantes na construção da entidade. “Dom Hélder, Dom Luciano e Dom Ivo: santos! Agradeço a Deus a graça de ter convivido com eles”.
Influência
Entre um discurso e outro, a orquestra do projeto PEMSA - Projeto de Educação Musical do Santuário Nacional, sob a regência do maestro Altair de Oliveira, executou canções ao público presente. Os telões exibiam um painel de fotográfico dos 60 anos da CNBB.
Também se pronunciaram na solenidade um representante dos presbíteros e dos leigos. Em nome dos bispos jovens, o bispo auxiliar de Belo Horizonte dom Joaquim Giovani Mol falou de forma afetiva da entidade, a qual influenciou em sua formação. “Não dá para imaginar a Igreja e mesmo a sociedade brasileira sem a CNBB. A palavra da entidade é esperada, por ser uma reserva ética e moral da mais alta qualidade”, declarou.
Avaliação
Para Dom Damasceno, a colegialidade episcopal foi o eixo fundamental do Concílio Vaticano II, e iluminou a caminhada da CNBB desde então. Com base nos estatutos, recordou a missão da entidade, e presenteou a todos os presentes com o opúsculo “CNBB: 60 Anos e 50 Assembleias Gerais – Memória, Ação de Graças e Compromisso”. A publicação traz a reprodução da ata de criação da entidade, e dados históricos importantes.
“Ao longo destes anos, a evangélica opção pelos pobres exigiu uma maior maturidade da Igreja”, avaliou o cardeal. Para ele, a criação dos Regionais foi uma forma positiva de colaborar para a aplicação do plano de pastoral de conjunto, depois amadurecido na forma de Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora. “As Diretrizes, elaboradas a cada quatro anos, são o apoio para a criação de planos específicos nas dioceses”.
Memória
A pedido da comissão organizadora da solenidade o bispo emérito de Catanduva (SP), Dom Antônio Celso de Queirós, deixou um depoimento emocionante sobre a entidade. Antes de ser bispo, ele já atuava na CNBB como assessor e posteriormente subsecretário. “O que falar de uma irmã querida? A Igreja no Brasil deve erguer as mãos para o céu, pois nos caminhos e dificuldades que nosso país conheceu nestes últimos 60 anos, a CNBB ajudou os bispos a manter-se em diálogo e em comunhão”, avaliou.
Dom Celso recordou momentos fortes da CNBB, como a primeira Assembleia Geral em Itaici, em 1974. Recordou também o forte documento em que os bispos condenaram, em plena ditadura militar, a tortura e o terrorismo. “Eu ainda era assessor. Por causa da declaração, o Ministro da Justiça veio negar que havia a tortura no regime. Nós, assessores, fomos para capela e de joelhos rezamos para que os bispos não voltassem atrás no que haviam dito. E graças a Deus, não voltaram!”.
Quanto à repercussão das Assembleias Gerais, o bispo emérito afirmou que este encontro chamava a atenção da sociedade especialmente durante o regime militar, por ser um espaço importante de reflexão das exigências da democracia. “Quem quer conhecer a vida da CNBB, deve conhecer seus documentos, as suas diretrizes”. E falou ainda do trabalho silencioso dos assessores da entidade, entre os quais destacou o padre Antoniazzi. “A CNBB sempre se pronunciou sobre todas as urgências da sociedade brasileira”, concluiu dom Celso, que destacou três nomes importantes na construção da entidade. “Dom Hélder, Dom Luciano e Dom Ivo: santos! Agradeço a Deus a graça de ter convivido com eles”.
Influência
Entre um discurso e outro, a orquestra do projeto PEMSA - Projeto de Educação Musical do Santuário Nacional, sob a regência do maestro Altair de Oliveira, executou canções ao público presente. Os telões exibiam um painel de fotográfico dos 60 anos da CNBB.
Também se pronunciaram na solenidade um representante dos presbíteros e dos leigos. Em nome dos bispos jovens, o bispo auxiliar de Belo Horizonte dom Joaquim Giovani Mol falou de forma afetiva da entidade, a qual influenciou em sua formação. “Não dá para imaginar a Igreja e mesmo a sociedade brasileira sem a CNBB. A palavra da entidade é esperada, por ser uma reserva ética e moral da mais alta qualidade”, declarou.
Fonte: CNBB
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