Reunidos na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio), nos dias 08 e 09 de junho, o júri dos Prêmios de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) escolheu os vencedores dos trabalhos que concorreram aos prêmios Dom Helder Câmara de Imprensa, Clara de Assis (TV) e Margarida de Prata (Cinema) e escolheu os vencedores.
Concorreram ao prêmio Dom Helder Câmara de Imprensa 35 trabalhos e os vencedores na categoria reportagem foram os jornalistas: Letícia Alline Paris, com a reportagem “Adolfo Guidi, dedicação e luta pela vida de um filho”, publicada na Revista O Mensageiro de Santo Antônio, e Daniele Simões, Paulo Eduardo de Gois e Felipe Chicarino da Silva, com a reportagem “Força de Vontade”, do Jornal Santuário de Aparecida. Os outros vencedores foram Alexandre Lyrio, Jorge Gauthier e Victor Uchoa, com a série especial sobre a vida de Irmã Dulce, com o trabalho “Além do hábito”.
Segundo o assessor de imprensa da CNBB e jurado na categoria Dom Helder Câmara, padre Geraldo Martins, a matéria da Letícia Alline Paris chamou a atenção pela “singeleza e pela força” da história narrada. “Um texto muito bem construído, que prende e envolve o leitor do princípio ao fim. Além disso, a história é uma lição de vida que comove a todos. Os outros dois ganhadores também trazem fatos que desmentem os que identificam o jornalismo somente com anúncio de más notícias e tragédias”, disse.
O prêmio Clara de Assis de Televisão teve 24 concorrentes, e o vencedor na categoria reportagem foi Laerte José Cerqueira da Silva, da TV Cabo Branco (afiliada da Rede Globo na Paraíba), com a matéria “Caravana – JPB – Paraíba”. A matéria mostra os problemas, desafios e iniciativas individuais que mudaram a vida de boa parte dos paraibanos. “Esta matéria mostra o trabalho voluntário que ajuda salvar vidas no sertão, como a de um ex-jogador de futebol que tira crianças e jovens da criminalidade, ou o trabalho voluntário de professores que ajudam jovens carentes a ingressar numa universidade, ou de um professor que construiu um teatro nos fundos de sua casa. Essa reportagem rodou mais de cinco mil quilômetros dentro do estado da Paraíba”, disse a assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB e jurada na categoria, irmã Élide Maria Fogolari.
Na categoria documentário, o prêmio Clara de Assis teve dois vencedores: a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio), com o filme “Paternidade ausente, histórias incompletas”, que relata toda a dificuldade e desafios enfrentados pelo reconhecimento paterno, a investigação de paternidade e a relação entre pais e filhos, e Pedro Luiz Monteiro Teixeira, da Rede Canção Nova, com o filme “Irmã Dulce”, que fez um especial para TV sobre a vida e obra da irmã baiana, por ocasião de sua beatificação, ocorrida no dia 22 de maio deste ano.
Dos 30 filmes que concorreram ao Margarida de Prata, os jurados escolheram o longa-metragem de ficção “Aparecida, o milagre”, de Tizuka Yamasaki. O filme narra uma história de transformação, superação e reencontro de um homem e sua família através da fé em Nossa Senhora Aparecida. Na categoria documentário de longa-metragem o escolhido foi “Família Braz – Dois Tempos”, de Dorrit Harazim e Arthur Fontes, que retrata, dez anos depois de documentar o cotidiano de uma família do bairro popular de Brasilândia (SP), a dupla de cineastas voltou a mesmo lugar e personagens para entender o processo de transformação que ali se operou. Como resultado, elaborou um retrato dos anseios e das conquistas de um grupo social que foi construindo o seu modo de ser ao longo de uma década.
Na categoria documentário, o vencedor foi Zelito Viana, com o filme “Augusto Boal e o teatro do oprimido”. Segundo o professor da PUC Rio e jurado na categoria, Miguel Pereira, a importância política e existencial do Teatro do Oprimido de Augusto Boal aparece no documentário como um valor universal. “Preciosas imagens de seu método, aplicado em várias regiões do mundo, não apenas ilustram o conteúdo e a proposta do teatrólogo, mas revelam o sentido mais amplo dos resultados na vida e na consciência das pessoas e movimentos de libertação de si e das circunstâncias sócio-políticas do mundo em vivemos”, disse.
O filme “Esse homem vai morrer – Um Faroeste Caboclo”, de Emílio Gallo, recebeu a menção honrosa do júri, como documentário investigativo.
O Microfone de Prata, prêmio para o Rádio, ficou assim definido: vencedor na categoria religioso, “A caminho do Reino”, Rádio 9 de julho, arquidiocese de São Paulo (SP), apresentação padre José Renato; categoria jornalismo, “Jornal da Manhã”, Rádio Educadora AM, Coronel Fabriciano (MG), apresentação de Roberto Siqueira e categoria entretenimento, “Caminhos da Amazônia”, Rede de Notícias da Amazônia – Rádio Santarém (PA), apresentação Joelma Viana e Anderleia Oliveira.
“Ao anunciar os vencedores, queremos renovar nossos agradecimentos pela participação de todos. Chamou-nos atenção, mais uma vez, a qualidade dos trabalhos inscritos, prova do quanto há profissionais trabalhando sério por uma comunicação pautada nos valores humanos, cristãos e éticos, base de uma sociedade democrática e cidadã”, destacou o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, arcebispo de Campo Grande (MT), dom Dimas Lara Barbosa.
A entrega dos prêmios será no dia 20 de julho, por ocasião do Mutirão Brasileiro de Comunicação, no Rio de Janeiro (RJ).
Júri
Para julgar e escolher os trabalhos, foram constituídos três júri, um para cada categoria, sob a coordenação do presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, dom Dimas Lara Barbosa.
Para o Margarida de Prata o júri foi composto pelos professores da PUC-Rio, Angeluccia Bernardes Habert, Ney Costa Santos, Sérgio Bonato e Miguel Pereira, além do presidente da Comissão, dom Dimas.
Já o Clara de Assis foi julgado pela assessora da Comissão para Comunicação Social, irmã Élide Maria Fogolari, e pelos professores da PUC RJ, Viviane Medeiros Carmem Petit e César Romero Jacob.
O júri do Prêmio Dom Helder de Imprensa foi composto pelo assessor de imprensa da CNBB, padre Geraldo Martins Dias, e pelas jornalistas Lilian Saback de Sá Moraes e Marcylene Capper.
O Microfone de Prata é avaliado e julgado pela Assaciação Católica de Comunicação, a Signis Brasil.
Fonte: CNBB
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