Poucos dias após a publicação de sua Encíclica social Caritas in Veritate e da realização da Cúpula do G8 em L’Aquila, cidade italiana devastada pelo terremoto em abril, o Papa Bento XVI dedicou neste domingo, 12, seu discurso que precede a oração mariana do Ângelus aos temas da justiça e do amor.Definindo as questões da pauta do G8 como "dramaticamente urgentes", o Papa afirmou que "há no mundo desequilíbrios sociais e injustiças estruturais que já não se podem tolerar, e que exigem, além de imperiosas intervenções imediatas, uma estratégia coordenada para procurar soluções globais duradouras".Na conclusão do G8, os Chefes de Estado e de governo reafirmaram a necessidade de alcançar acordos comuns para assegurar um futuro à humanidade. A Igreja também tem uma palavra a dizer:"A Igreja não possui soluções técnicas a apresentar, mas, perita em humanidade, oferece a todos o ensinamento da Sagrada Escritura sobre a verdade do homem. A Igreja olha ao futuro com esperança e recorda aos cristãos que "o anúncio de Cristo é o primeiro e principal fator de desenvolvimento".
Questões sociais
Neste contexto, Bento XVI recordou uma passagem de sua nova Encíclica: "Ocorre uma nova projetualidade econômica que reelabore o desenvolvimento de maneira global, baseando no fundamento ético da responsabilidade diante de Deus e do ser humano como criatura de Deus. Isto porque numa sociedade em vias de globalização, o bem comum e o empenho a seu favor não podem deixar de assumir as dimensões de toda a família".Já o Papa Paulo VI, na Encíclica "Populorum progressio", reconhecia e indicava o horizonte mundial da questão social: "Também eu me senti na necessidade de dedicar a Caritas in veritate a esta questão, que no nosso tempo se tornou radicalmente questão antropológica, no sentido em que implica o próprio modo de conceber o ser humano que as novas tecnologias colocam cada vez mais nas mãos do próprio homem".Bento XVI denunciou o absolutismo da técnica, que encontra a sua expressão máxima em certas práticas contrárias à vida: "Os atos que não respeitam a verdadeira dignidade da pessoa, mesmo quando parecem motivados por uma opção de amor, na realidade são fruto de uma concepção material e mecanicista da vida humana que reduz o amor sem verdade a um espaço vazio a preencher arbitrariamente, com efeitos negativos para o desenvolvimento humano integral"”.O Papa concluiu dizendo que "Apesar da complexidade da situação que o mundo atravessa, a Igreja encara o futuro com esperança e recorda aos cristãos que o anúncio de Cristo é o primeiro e principal fator de desenvolvimento. Que a Virgem Maria nos obtenha a graça de caminhar pelo caminho do desenvolvimento com todo o nosso coração e a nossa inteligência, isto é, com o ardor da caridade e a sapiência da verdade".
Situação em Honduras
Após a oração do Ângelus, Bento XVI recordou com "viva preocupação" os acontecimentos em Honduras, pedindo orações por essa intenção:"Os responsáveis da Nação e todos os seus habitantes percorrem pacientemente a via do diálogo, da compreensão recíproca e da reconciliação. Tal será possível se, superando as tendências particularistas, cada um se esforçar por procurar a verdade e perseguir com tenacidade o bem comum: é esta a condição para assegurar uma convivência pacífica e uma autêntica vida democrática!"
Sentido do Domingo
Em seguida o Papa dirigiu sua saudação aos fiéis, em vários idiomas. Aos peregrinos de língua francesa, o Santo Padre refletiu sobre o sentido do domingo para os cristãos. "Este dia santo é para os cristãos um dia de oração que lhes permite retomar energias espirituais sustentando a sua vida com a escuta e a meditação da Palavra de Deus, e alimentando-se com o Corpo de Cristo. O domingo é também um dia de merecido repouso e descontração para uma pessoa se reencontrar com a família ou amigos. Encorajo cada um a viver este tempo de graça que é o repouso dominical!"
bom dia
ResponderExcluirvi o seu blog e achei muito bom, Sou teologo e gosto de escrever artigos, colocando um pouco de teologia.
Sou de Itajubá-MG meu email é jbscteologo@gmail.com e meu nome éJosé Benedito Schumann Cunha